Aeroporto.Depois de Thiago e João desembarcarem, eles ligaram seus celulares e perceberam que cada um tinha uma chamada não atendida. Era um número desconhecido, com a localização na Cidade J.Thiago ligou de volta.Quando a ligação foi atendida, ele disse: - Alô, no meu celular consta uma chamada não atendida sua, você é quem?- Thiago, sou eu. - A voz de Inês veio do outro lado da linha.- Inês, tudo bem com você? - Thiago levantou uma sobrancelha desconfiado. - Sim. - A voz de Inês estava sem energia, difícil de acreditar que ela estava realmente bem.- Acabamos de chegar na Cidade J, onde você está? Vamos te buscar. - Ele disse. - Vocês estão na Cidade J? - Inês hesitou por um momento e continuou. - Espere por mim no aeroporto. Preciso confirmar algo agora. Assim que eu resolver, entro em contato com vocês.- O que você precisa confirmar? - Thiago perguntou enquanto encarava João ao seu lado. Antes que ele pudesse obter uma resposta, a ligação já tinha sido desligada.- O que
Emanuel permanecia tenso parado à porta, escutando o lamento de Inês, com o coração apertado a ponto de quase sufocar. No final, ele não conseguiu esconder dela.Emanuel apertou os punhos com força e deu passos difíceis para entrar.No salão, Inês estava de joelhos ao lado do corpo do Sr. Gustavo, e Túlio estava atrás dela, com a cabeça baixa e os olhos levemente vermelhos. Ao ouvir passos, Túlio se virou e viu Emanuel se aproximando, vestindo um terno preto. Ele olhou para Inês e depois para Emanuel, recuando para o lado.Inês segurava a mão fria e magra do avô, com o rosto pálido cheio de lágrimas.- Vovô, vovô... Desculpe, vovô... - Inês havia perdido o seu único parente vivo. Ela simplesmente não conseguia aceitar essa realidade, tomada pela dor. No seu interior, ela acreditava que tudo era sua culpa. Se ela tivesse ouvido o avô e deixado Emanuel, nada disso teria acontecido. Para ela, a sua teimosia havia resultado na morte de seu avô. Nesse momento, ela se arrependia profundament
Thiago descobriu que a localização do celular da Inês estava na Funerária Paz Celestial. Ao chegar lá, ele avistou duas ambulâncias saindo da funerária, seguidas por três ou quatro carros.Thiago correu em direção ao tumulto para obter informações e, ao retornar, sua expressão se tornou séria. Ele olhou para João e disse: - O avô da Inês faleceu, o corpo está lá dentro.O rosto de João ficou instantaneamente sombrio, e ele saiu do carro. Ao entrar na sala mortuária, João dirigiu seu olhar para os funcionários que limpavam manchas de sangue no chão e franziu a testa.- O que aconteceu aqui? Por que há tanto sangue no chão? - Ele perguntou. - Deve ser do Emanuel. Ouvi dizer que a Inês o esfaqueou no coração. - Thiago respondeu.João semicerrou os olhos, seu olhar era feroz. Era algo que deveria ter sido feito há muito tempo!Inês havia esfaqueado Emanuel na sala mortuária do avô dela. Isso indicava que o avô dela provavelmente havia sido morto por Emanuel. João encarou a foto do Sr. Gu
UTI era para ser um lugar tranquilo, mas agora havia se tornado um campo de batalha sem fumaça.- Vocês não precisam ficar tão nervosos, só estou passando para dar uma olhada. - João olhava para as pessoas em sua frente com desdém.- Eu acho que você veio aqui só para fazer piadas, não é? - Matheus resmungou.- Piadas? Que engraçado. - João o encarou e disse. Ele perguntou ao médico de Emanuel sobre os ferimentos dele, e aquela facada... Se a Inês tivesse avançado mais um centímetro, o Emanuel estaria agora deitado em um caixão. Ela era médica, conhecia cada parte do corpo como a palma da mão. Mesmo de olhos fechados, poderia enfiar a faca no coração de Emanuel. Mas, Inês, no final, poupou sua vida. Isso era completamente uma piada. - Diga a Emanuel que no futuro, eu, João, usarei todo o poder da Seita Invisível para tornar a vida dele um verdadeiro inferno! Se Inês escolheu deixar ele vivo, então ele seguirá a vontade dela do pior jeito possível. - Que grande bravata! - Bryan, com o
Um estrondo ecoou quando a porta do quarto foi chutada pelo lado de fora. Vários homens totalmente armados invadiram, e logo em seguida, um homem de sobretudo preto e botas de montaria entrou, dando passos largos.As enfermeiras e médicos no quarto se assustaram e se encolheram, com medo de fazer qualquer movimento. “Como essas pessoas conseguiram entrar com tantos seguranças do lado de fora? Poderia ser...” Antes que Nina pudesse concluir seu pensamento, João abriu o cobertor que estava na cama e retirou o sobretudo para envolver Inês, levantando ela horizontalmente.João olhava fixamente para Inês, seus olhos cheios de complexidade. Que estupidez! Conhecia ela há tantos anos, nunca a tinha visto tão desarrumada. Sempre foi ela quem causava sofrimento aos outros, agora havia chegado a vez de alguém a fazer sofrer, mas ele não ia deixar barato. - Inês, estou levando você para casa. - Disse João suavemente, abraçando Inês e se preparando para sair.- Ei, para onde vocês estão levando
João havia sequestrado Inês da Mansão em Monte Vista e, ao invés de devolver ela imediatamente ao País F, a trouxe de volta para a mansão da família Ribeiro na Cidade P.O corpo do Sr. Gustavo também foi trazido de volta e colocado na entrada da Mansão da família Ribeiro. Na tarde daquele dia, a mansão foi iluminada com velas em homenagem ao Sr. Gustavo.Ao acordar, Inês se vestiu de preto e ajoelhou ao lado do avô, chorando enquanto acendia velas. João e Thiago, assumindo o papel de anfitriões, organizavam o funeral do Sr. Gustavo. Gustavo era uma figura importante na Cidade P, e assim que a notícia de sua morte se espalhou, as pessoas vieram em massa para prestar condolências.Contando os dias, o funeral do Sr. Gustavo aconteceria em três dias. À medida que a noite avançava, a mansão ficava tão silenciosa quanto um túmulo. Inês permanecia silenciosamente ajoelhada diante do avô, observando as velas que queimavam, quase como uma estátua. Thiago entrou vindo de fora e se aproximou par
Na Cidade J.Emanuel acordou após três dias de coma no hospital.Ao ver ele abrir os olhos, Valentina se inclinou na beira da cama, chorando copiosamente. - Mano, você finalmente acordou! - Nos últimos dias, Valentina tinha estado nervosa o tempo todo, com medo de que a condição de Emanuel se agravasse e algo inesperado acontecesse novamente. Dessa vez, Emanuel realmente havia enfrentado momentos difíceis. Ao acordar, seu corpo estava tão debilitado que ele mal conseguia mexer um dedo. Ao observar Bryan e Matheus ao seu lado na cama, seus lábios pálidos se moveram ligeiramente. - Mano, o que você quer dizer? - Valentina se aproximou para ouvir sua mensagem, mas conseguiu discernir apenas uma palavra: Inês. - Valentina enxugou as lágrimas e disse ainda soluçando. - Mano, primeiro se recupere bem. Se houver algo, pode esperar até você melhorar.Se ele soubesse que Inês havia sido levada, certamente ignoraria sua condição para ir atrás dela. Valentina pensou nisso, mas não esperava que
Eles haviam acabado de sair do quarto do doente quando avistaram Noemia se aproximando deles vestindo um traje hospitalar.- Ouvi dizer que o Sr. Emanuel acordou. Posso entrar e dar uma olhada nele? - Indagou Noemia. - Srta. Noemia, o Sr. Emanuel acabou de acordar e precisa descansar. - Disse Fabiano. Valentina ergueu as sobrancelhas, avaliando a mulher à sua frente. Essa mulher...Noemia, Dora... Não parecia grande coisa, toda delicada e falsa.- Eu só vou dar uma olhada nele... - Noemia disse enquanto se preparava para abrir a porta.Valentina estendeu a perna e bloqueou a porta diretamente. - O médico disse que meu irmão precisa descansar, ninguém pode incomodar ele. - Afirmou Valentina. - Srta. Valentina, eu prometo que não vou atrapalhar o descanso do Sr. Emanuel, só quero dar uma olhada nele, está bem? - Noemia encarava Valentina, suplicando.- Não, de jeito nenhum! - Valentina respondeu com uma expressão séria.Noemia ficou com uma expressão de desamparo.- Srta. Noemia, é