Mesmo sem conseguir ver, Inês percebeu rapidamente o que estava amarrado em sua cintura. Sem dúvida, era uma bomba. Ela segurou a respiração e não ousou se mover. Ela não imaginava que os assaltantes teriam uma bomba.O carro corria pela estrada e, após cerca de uma hora, finalmente parou. Os assaltantes desceram do carro, e em pouco tempo, mais algumas pessoas se juntaram a eles.- Chefe, não há polícia por perto, vamos embora.- Vamos!O som do motor do carro voltou a ecoar. Inês pensou que eles provavelmente haviam trocado de veículo. Com cuidado, ela mexeu os pulsos até conseguir desamarrar a corda.Inês tirou a venda dos olhos e viu outras pessoas no carro, todos amarrados. Quanto aos assaltantes, haviam desaparecido sem deixar rastro.Ela olhou para o objeto amarrado em sua cintura e confirmou que era, de fato, uma bomba. A bomba não estava ativada, ela precisava apenas ser removida.Inês respirou aliviada e disse aos reféns ao seu lado: - Os assaltantes foram embora. Vire um p
- Emanuel, não se aproxime! - Inês gritou.Ele deu uma pausa, olhando através da janela aberta do carro, e avistou a bomba na cintura de Inês. Ele prendeu a respiração por um momento, e sem hesitar, avançou rapidamente em direção ao carro.- Emanuel, você quer morrer, é isso? Eu tenho uma bomba em mim, fique longe! - Os olhos dela se encheram de lágrimas.- Sr. Emanuel, por favor, se retire. Os especialistas em desarmamento já estão a caminho. Deixe isso conosco! - Disse um policial que chegou.- Todos se afastem, ninguém se aproxime! - Emanuel fechou a porta do carro com determinação. Seu olhar era firme.- Emanuel, o que você vai fazer? Você não valoriza sua vida? - Inês, rígida, encarava Emanuel com raiva e desespero.- Relaxe, Inês, me dê a tesoura. - Emanuel olhou para a bomba na cintura dela, e segurou a mão dela com firmeza.- O que você vai fazer? Emanuel, isso é uma bomba, não é hora para brincadeiras! - Disse Inês com raiva.Se ela fosse morrer, que fosse apenas ela, não havi
Emanuel acariciou suavemente o rosto de Inês, usando as pontas dos dedos para secar as lágrimas que escorriam dos cantos dos olhos dela. - Inês, estou aqui para te pedir em casamento. - Disse ele com ternura.Ele estava disposto a oferecer sua própria vida como dote para pedir em casamento a mulher que amava.- Inês, está tudo bem? - Emanuel fixou os olhos nos olhos dela.- Sim, está tudo bem! Eu concordo. - Ela assentiu com firmeza.Se conseguissem escapar daquela situação perigosa, ela estaria disposta a se casar com Emanuel. Ela não queria mais fugir. Ninguém sabia se o amanhã ou o inesperado chegaria primeiro, e ela não queria viver com arrependimentos.Com a resposta que queria, Emanuel suspirou aliviado e disse: - Inês, se você me enganar novamente, mesmo que tenha que te amarrar à força, vou te manter ao meu lado.Depois de dizer isso, ele então baixou o olhar para o fio branco que conectava a bomba, e sem hesitar, o cortou.Um som agudo e arrastado ecoou do cronômetro da bomb
- Por que ir ao Registro Civil? - Inês olhou para Emanuel, visivelmente confusa. - Você já concordou em se casar comigo. - Emanuel manteve um rosto sério.- E daí? - Inês franziu os lábios.- E daí que vamos fazer isso agora! - Respondeu Emanuel, determinado.Inês ficou surpresa. Ele estava com tanta pressa!- Você se arrependeu? - Emanuel encarou Inês, e ao perceber a relutância dela, seus olhos escureceram. - Arrependimento não adianta. Eu disse, não importa o que aconteça, não vou deixar você escapar de novo!- Não é isso, eu não estou arrependida. - Inês olhou para Emanuel, sem saber se ria ou se chorava. - Mas para registrar, não precisamos levar os documentos? Você trouxe os seus? Só para deixar claro, eu não trouxe meu RG nem minha certidão de nascimento.Emanuel ficou surpreso. Ele só pensava em se casar com Inês o mais rápido possível e nem havia considerado os detalhes.- Bem, podemos voltar para pegar. - Disse Emanuel, com uma expressão indecisa.- Mas aí o Registro Civil j
Valentina e Matheus seguiram o carro de Emanuel. Os três voltaram para a casa juntos, um na cola do outro.Depois de estacionar, Inês tentou acordar Emanuel, mas, para sua surpresa, ele não reagiu. Valentina correu até lá e viu Emanuel dormindo apoiado no ombro dela. Suspirando, ela comentou: - Deve ser o efeito do tranquilizante.- Tranquilizante? - Inês olhou perplexa para Valentina. Eles tinham injetado tranquilizante em Emanuel? Por quê?Valentina coçou a cabeça, sem saber como explicar o estado dele na noite anterior.Ao meio-dia, quando souberam que Inês havia sido feita de refém por assaltantes, Emanuel ficou tenso e quis ir imediatamente ao banco. Preocupados com suas emoções instáveis, deram uma injeção de tranquilizante a ele para que descansasse um pouco. No entanto, surpreendentemente, a força de vontade dele resistiu ao efeito da droga. No final, ele ainda foi para o banco.- Bem, eu vou explicar melhor depois. - Valentina chamou Matheus e Bryan para ajudarem a levar Ema
- O que houve? Está machucada? - João franziu a testa.- Não, os assaltantes pegaram vários reféns. Eu não podia fazer nada, pretendia lidar com eles na hora da fuga, mas os caras tinham bombas, e adivinha? Eles amarraram em mim. - Contou Inês.Um brilho de raiva passou pelos olhos de João. Ele sabia, Inês sabia fazer de tudo, exceto desarmar bombas. Luís, sentado ali, ouvindo a mãe falar sobre assaltantes colocando bombas nela, e apertou os punhos com raiva.Malditos assaltantes! Ele não podia deixar que eles saíssem impunes!- E depois? - Perguntou João.- Depois, Emanuel apareceu. Ele desarmou a bomba e me salvou.João ficou em silêncio por alguns segundos, e depois riu friamente. - Você está devendo a sua vida a ele de novo! - Disse ele.Inês não disse nada.João olhou para a noite pela janela, e de repente teve uma ideia. Ele queria ir para o País A. Assim, se algo assim acontecesse novamente, ele estaria lá para salvar Inês primeiro, não aquele idiota do Emanuel.João ficou em
Na Cidade J.Quando Emanuel acordou, já era noite.Um abajur iluminava o quarto, espalhando uma luz suave.Emanuel sentia sua cabeça confusa. Ele instintivamente tentou levantar a mão para massagear as têmporas, mas percebeu que seu braço estava sendo abraçado por alguém.Ele ficou surpreso ao baixar o olhar e ver a pequena mulher adormecida em seu braço.Era a Inês.Emanuel se lembrou do que havia acontecido, e apertou o braço com um arrepio na espinha.Felizmente, ela não havia se machucado.Seu movimento despertou a mulher adormecida em seus braços. Inês murmurou, abrindo os olhos.- Acordou. - Você acordou.Ambos falaram ao mesmo tempo.- Eu estava um pouco cansada, então resolvi dormir ao seu lado. Como você está? - Inês fitou o rosto bonito de Emanuel e se aconchegou mais em seu abraço.- Inês. - Emanuel acariciou a bochecha dela. - Eu estou sonhando?- Você sonha comigo com frequência? - Inês riu suavemente e beijou seus lábios.Emanuel assentiu. Inês ficou interessada e, com
Casamento não era algo trivial. Inês, embora quisesse muito se casar com Emanuel, temia desagradar seu avô se agisse sem consultar ele primeiro.Ao ouvir as preocupações de Inês, Emanuel percebeu que talvez não tivesse pensado bem nisso. O Sr. Gustavo já não gostava muito dele, e se ele não pedisse permissão para o casamento, ele com certeza detestaria ele ainda mais.Emanuel, depois de ponderar bastante, concordou com um aceno de cabeça. Ele disse:- Beleza, vou me arrumar rapidinho e logo estarei indo à sua casa oficializar o pedido de casamento.Da última vez, eles só haviam feito a certidão, não fizeram festa de casamento, sem convidados, nem dote, nem mesmo um jantar simples em casa. Desta vez, ele daria a festa que ela merecia.- Querido, você tem que estar preparado. Mesmo que o avô tenha concordado com o nosso namoro, não significa que ele vai concordar com o casamento. - Disse ela calmamente. - Mas eu vou te ajudar. Se não der certo, podemos fugir juntos.- Não se preocupe, e