Naquele momento, Gustavo estava sentado no sofá da sala, tomando chá, quando ouviu o criado dizer que Emanuel havia chegado. Ele franziu levemente a testa, mas não se surpreendeu.Gustavo já tinha adivinhado.Inês, secretamente observando a expressão no rosto do avô, decidiu abordar a situação e disse:- Vovô, hoje é meu aniversário, você poderia não mandar Emanuel embora, por favor? Eu...Antes que Inês terminasse, Gustavo falou:- Peça para o convidado entrar.- Sim. - Inês suspirou aliviada e correu para receber o amado.Emanuel usava um terno cinza escuro, formal, mas elegante, e segurava um buquê de rosas vermelhas com uma coroa de diamantes.- Inês. - Assim que viu Inês, Emanuel apressou o passo. - Eu senti tanto a sua falta. – Ele sussurrou em seu ouvido, abraçando ela firmemente em seus braços.- Eu também senti sua falta. - Inês olhou para ele, com um sorriso nos olhos.- Feliz aniversário, Inês. - Emanuel entregou as flores para Inês e beijou suavemente os lábios da amada.-
- Quem enviou isto? Inês perguntava com os lábios franzidos. O entregador de encomendas balançou a cabeça e entregou um formulário de assinatura, dizendo: - Aqui também tem um cartão de felicitações para você.Inês assinou no formulário e então pegou o cartão. Assim que o abriu, viu uma linha de escrita apressada."Feliz aniversário de 24 anos, querida Inês."No final, o nome de João estava claramente escrito.- Quem enviou? - A voz de Emanuel soou atrás de Inês.Inês se virou, e antes que pudesse falar, Emanuel pegou o cartão de suas mãos.Quando Emanuel viu as palavras no cartão, seu rosto escureceu. “João! E ainda querida? Quem é a querida dele?” Emanuel apertava o cartão em suas mãos, olhando para o entregador que estava prestes a levar rosas para dentro da casa.- Não traga para dentro! – Ele alertou. O entregador hesitou, olhando para Inês.Inês tocou seu nariz, sabendo que Emanuel estava zangado, e rapidamente disse:- Prefiro as coisas que você me dá do que estas flores.Em
Naquela noite, Inês e Emanuel voltaram juntos para Cidade J.Quando o avião pousou no aeroporto, já eram dez e meia da noite.Sentada no carro, Inês olhou para Emanuel cheia de expectativa e disse:- Que surpresa você preparou?- Como é uma surpresa, é claro que não posso te contar agora. – Emanuel respondeu e, com carinho, abraçou Inês.Quanto mais ele fazia mistério, mais curiosa Inês ficava.- Nós estamos indo para a mansão agora? - Perguntou ela. Emanuel acenou com a cabeça, olhou para o relógio e pensou que conseguiria surpreendê-la com um presente de aniversário antes da meia-noite.O carro acelerou pela estrada e, meia hora depois, parou na mansão em Monte Vista.Inês mal podia esperar para sair do carro, mas Emanuel a segurou pela mão.- Espere. – Ele a advertiu.Inês olhou para Emanuel, sem entender de onde ele tirou uma fita de seda.Então, ele se aproximou e vendou o rosto da amada. - Emanuel, o que você está fazendo? - Sem poder ver nada, Inês se sentia um pouco insegura.
Inês abriu a caixa que tinha em mãos, dentro havia um par de pulseiras de sinos, também gravadas, mas não com o seu nome. Em vez disso, estava escrito "Uma vida de paz."- Inês, feliz aniversário de três anos. - Outra caixa de presente foi entregue a ela. Inês, ansiosa, abriu a caixa que revelou um conjunto de bonecas Barbie.- Inês, feliz aniversário de quatro anos. - Emanuel apresentou o quarto presente.Era um ursinho de pelúcia vestindo um terno.Desde pequena, Inês amava ursinhos de pelúcia, e mesmo agora, na casa dos vinte, ela ainda gostava muito. Ao lado do travesseiro em seu quarto, sempre havia um, usado como apoio ou para abraçar durante o sono.Sua afeição por eles começou porque, no seu quarto aniversário, seus pais haviam dado a ela um ursinho de pelúcia como presente de aniversário. E aquele foi o último presente de aniversário que ela havia recebido deles. - Esse terno no ursinho de pelúcia é muito parecido com um dos seus ternos. – Inês disse com um sorriso, abraçand
- Que cachorrinho fofo! – Exclamou Inês. Seus olhos irradiavam surpresa e encantamento, enquanto ela pegava o filhote dos braços de Emanuel. O pequeno cãozinho, suave ao toque, não resistiu aos abraços, estendendo uma pequena língua rosa, olhando curiosamente para sua nova dona. Diante da criatura adorável, Inês não tinha como resistir.- Você já deu um nome a ele? – Ela perguntou, abraçando o cachorro com carinho.- Você é a dona dele, escolha você. - Emanuel, olhando para Inês com afeto, disse.Inês pensou por um momento. Ela não era boa com nomes e não conseguia pensar em um nome charmoso, então disse:- Ele é o presente do meu aniversário de 23 anos que você me deu, então vamos chamá-lo de "23".- "23"? - Emanuel sorriu e concordou. - Certo, "23" será."23" levantou a cabeça para olhar para seus donos. Vendo ambos sorrindo, ele também "sorriu", emitindo um latido suave.Inês colocou "23" no chão. Ele não fugiu, apenas se sentou ao lado dos pés dela, esfregando a cabeça em suas per
Emanuel observava Inês, e como Valentina e Matheus disseram, ele não podia mais esperar. Estava ansioso para se casar novamente com Inês, para dar a ela uma posição legítima. Somente assim ele se sentiria tranquilo, sem se preocupar que ela pudesse desaparecer de repente.Inês fixava seu olhar em Emanuel, sem surpresa ou emoção em seus olhos, apenas uma vontade de recuar, de fugir. Ela não estava com Emanuel há nem um mês e nunca imaginou que ele a pediria em casamento tão rapidamente. Ela ainda não estava pronta.- Inês... - Vendo que Inês não falava, Emanuel sentiu uma insegurança súbita.Inês respirou fundo, e interrompeu o amado dizendo:- Emanuel, me desculpe! - Essas palavras prenunciavam sua resposta. - Eu não posso aceitar seu pedido de casamento. - Inês baixou o olhar, sua voz sem emoção.Emanuel, ouvindo as palavras de Inês, sentiu uma profunda desolação envolvendo seu coração. - Inês, por quê? - Ele se levantou, olhando para ela com um olhar complexo.Inês, de cabeça baixa,
Inês, se sentindo um tanto culpada, percebendo que a ligação vinha do telefone de João, piscou rapidamente enquanto dirigia um olhar a Emanuel. Depois de uma pausa, ela decidiu se virar e atender à chamada. - Alô. – Ela disse. - Ingrata, recebeu meu presente de aniversário e nem se deu ao trabalho de ligar para agradecer, Inês! - Assim que a ligação começou, a voz irritada de João soou- Que presente de aniversário é esse? Melhor não ter dado nada. - Inês resmungou revirando os olhos. - Outros te dão uma rosa e você fica toda feliz, eu te dou nove mil novecentas e noventa e nove e você despreza? - João replicou. Ele se referia a Emanuel com 'outros'.- Como pode ser a mesma coisa? - Inês olhava para o mar de rosas ao seu redor, seu coração cheio de emoção e amor.- Esqueceu o velho amor com um novo amor! – João continuou de forma provocativa. - Tchau, não quero perder tempo falando contigo. - Inês disse, sem vontade de discutir, especialmente com Emanuel por perto.João ficou em s
Na Cidade J, Inês desligou o telefone e voltou para o seu apartamento.Foi Emanuel quem a levou para casa. Além do presente de aniversário "23", ele também enviou todos os outros presentes para o apartamento dela.- Já está tarde, você pode ir agora. - Disse Inês a Emanuel, depois de colocar as coisas no lugar.- Vai mesmo me mandar embora a esta hora? - Emanuel, olhando para Inês, falou com um tom ligeiramente resignado.- Emanuel, eu preciso ficar um pouco sozinha. - Inês, com a cabeça baixa, respondeu. Ela estava confusa, sem saber como enfrentar Emanuel.- Tudo bem, me ligue se precisar de algo. - Emanuel suspirou e disse. - Boa noite.Depois de se despedir de Emanuel, Inês começou a abrir um por um os presentes de aniversário que ele havia dado a ela. Cada presente havia sido cuidadosamente escolhido, mostrando o quanto ele havia se dedicado para preparar a surpresa dessa noite para ela.Inês abraçou o urso de pelúcia de terno que ele deu, e as lágrimas começaram a fluir incontro