Emanuel olhou para Ângelo por um momento, seus olhos profundos e escuros não revelavam nenhuma emoção. Então, ele se virou e saiu rapidamente.- Esse ingrato! - Ângelo, furioso, chutou à mesa de chá à sua frente. - Vá, todos vocês, vão embora e não voltem! Emanuel, quero ver como você vai sobreviver sem o amparo da família Antunes!No segundo andar, perto da escada.Pedro, com os braços cruzados, estava encostado na parede, com a testa franzida.A atitude de Emanuel o surpreendera, ele realmente havia rompido os laços de pai e filho e estava disposto a renunciar ao seu status de herdeiro da família Antunes. Ângelo, ainda indignado, sentiu que havia algo a mais por trás disso. “Isso não é o que ele realmente quero. O que Emanuel está pensando? Ele não quer competir com Pedro?”...Após deixar a família Antunes, Emanuel se dirigiu ao cemitério. Diante do túmulo de seu avô, ele ficou imóvel, com as mãos pendendo ao lado do corpo e os fixos na foto da lápida. - Vovô, agora compreendo por
Uma noite de amor se transformou em um amanhecer cheio de delicadezas. Ao despertar, Inês percebeu que a cama ao seu lado estava vazia. Ao descer da cama e sair do quarto, ela se deparou com Emanuel na cozinha, ainda de pijama, as mangas arregaçadas, preparando o café da manhã.Emanuel, percebendo o olhar atrás dele, se virou e viu Inês parada na sala, observando ele fixamente. Ele colocou a colher de lado, se aproximou com um sorriso afetuoso e indulgente no rosto e disse:- Acordou.- Sim. - Inês respondeu manhosamente, abraçando sua cintura. - Quero meus ovos bem passados.- Claro. - Emanuel pegou sua mão e notou que estava um pouco fria. - Está frio lá fora, coloque um casaco. O café da manhã já está pronto.- Tá. - Inês voltou para o quarto, se lavou e colocou uma roupa um pouco mais quente. Encarando seu reflexo no espelho, ela de repente se lembrou de algo que Emanuel havia dito na noite anterior, sentindo uma onda de tristeza. Emanuel queria um filho... Se apoiando na pia, ela
Ele estava curioso para ver o quão capaz Pedro era e se poderia proteger o legado da família Antunes.- Irmão... - Valentina começou a falar, mas hesitou. Ela havia crescido com Emanuel e conhecia suas habilidades. Ela estava irritada e não queria que Pedro, aquele traidor, ficasse tão complacente.- Fique tranquila, estou aqui para tudo. - Emanuel sabia do que Valentina estava preocupada e bateu em seu ombro. Para ele, perder o título de herdeiro da família Antunes não fazia muita diferença.- Irmão, você não quer aproveitar esta oportunidade para transferir a empresa do exterior para o país? - Perguntou Valentina.- Estou pensando nisso. Já ordenei a Bryan que comece a se mexer. - Emanuel assentiu.- Irmão, estou começando a ficar ansiosa! - Valentina parecia confiante e fez um gesto de incentivo.Emanuel sorriu de canto. "Ela está ansiosa para me ver arruinar o Grupo Antunes? Eu também estou."Depois de falar sobre isso, Emanuel olhou para Valentina e disse:- Você não deve estar mu
Naquele momento, Gustavo estava sentado no sofá da sala, tomando chá, quando ouviu o criado dizer que Emanuel havia chegado. Ele franziu levemente a testa, mas não se surpreendeu.Gustavo já tinha adivinhado.Inês, secretamente observando a expressão no rosto do avô, decidiu abordar a situação e disse:- Vovô, hoje é meu aniversário, você poderia não mandar Emanuel embora, por favor? Eu...Antes que Inês terminasse, Gustavo falou:- Peça para o convidado entrar.- Sim. - Inês suspirou aliviada e correu para receber o amado.Emanuel usava um terno cinza escuro, formal, mas elegante, e segurava um buquê de rosas vermelhas com uma coroa de diamantes.- Inês. - Assim que viu Inês, Emanuel apressou o passo. - Eu senti tanto a sua falta. – Ele sussurrou em seu ouvido, abraçando ela firmemente em seus braços.- Eu também senti sua falta. - Inês olhou para ele, com um sorriso nos olhos.- Feliz aniversário, Inês. - Emanuel entregou as flores para Inês e beijou suavemente os lábios da amada.-
- Quem enviou isto? Inês perguntava com os lábios franzidos. O entregador de encomendas balançou a cabeça e entregou um formulário de assinatura, dizendo: - Aqui também tem um cartão de felicitações para você.Inês assinou no formulário e então pegou o cartão. Assim que o abriu, viu uma linha de escrita apressada."Feliz aniversário de 24 anos, querida Inês."No final, o nome de João estava claramente escrito.- Quem enviou? - A voz de Emanuel soou atrás de Inês.Inês se virou, e antes que pudesse falar, Emanuel pegou o cartão de suas mãos.Quando Emanuel viu as palavras no cartão, seu rosto escureceu. “João! E ainda querida? Quem é a querida dele?” Emanuel apertava o cartão em suas mãos, olhando para o entregador que estava prestes a levar rosas para dentro da casa.- Não traga para dentro! – Ele alertou. O entregador hesitou, olhando para Inês.Inês tocou seu nariz, sabendo que Emanuel estava zangado, e rapidamente disse:- Prefiro as coisas que você me dá do que estas flores.Em
Naquela noite, Inês e Emanuel voltaram juntos para Cidade J.Quando o avião pousou no aeroporto, já eram dez e meia da noite.Sentada no carro, Inês olhou para Emanuel cheia de expectativa e disse:- Que surpresa você preparou?- Como é uma surpresa, é claro que não posso te contar agora. – Emanuel respondeu e, com carinho, abraçou Inês.Quanto mais ele fazia mistério, mais curiosa Inês ficava.- Nós estamos indo para a mansão agora? - Perguntou ela. Emanuel acenou com a cabeça, olhou para o relógio e pensou que conseguiria surpreendê-la com um presente de aniversário antes da meia-noite.O carro acelerou pela estrada e, meia hora depois, parou na mansão em Monte Vista.Inês mal podia esperar para sair do carro, mas Emanuel a segurou pela mão.- Espere. – Ele a advertiu.Inês olhou para Emanuel, sem entender de onde ele tirou uma fita de seda.Então, ele se aproximou e vendou o rosto da amada. - Emanuel, o que você está fazendo? - Sem poder ver nada, Inês se sentia um pouco insegura.
Inês abriu a caixa que tinha em mãos, dentro havia um par de pulseiras de sinos, também gravadas, mas não com o seu nome. Em vez disso, estava escrito "Uma vida de paz."- Inês, feliz aniversário de três anos. - Outra caixa de presente foi entregue a ela. Inês, ansiosa, abriu a caixa que revelou um conjunto de bonecas Barbie.- Inês, feliz aniversário de quatro anos. - Emanuel apresentou o quarto presente.Era um ursinho de pelúcia vestindo um terno.Desde pequena, Inês amava ursinhos de pelúcia, e mesmo agora, na casa dos vinte, ela ainda gostava muito. Ao lado do travesseiro em seu quarto, sempre havia um, usado como apoio ou para abraçar durante o sono.Sua afeição por eles começou porque, no seu quarto aniversário, seus pais haviam dado a ela um ursinho de pelúcia como presente de aniversário. E aquele foi o último presente de aniversário que ela havia recebido deles. - Esse terno no ursinho de pelúcia é muito parecido com um dos seus ternos. – Inês disse com um sorriso, abraçand
- Que cachorrinho fofo! – Exclamou Inês. Seus olhos irradiavam surpresa e encantamento, enquanto ela pegava o filhote dos braços de Emanuel. O pequeno cãozinho, suave ao toque, não resistiu aos abraços, estendendo uma pequena língua rosa, olhando curiosamente para sua nova dona. Diante da criatura adorável, Inês não tinha como resistir.- Você já deu um nome a ele? – Ela perguntou, abraçando o cachorro com carinho.- Você é a dona dele, escolha você. - Emanuel, olhando para Inês com afeto, disse.Inês pensou por um momento. Ela não era boa com nomes e não conseguia pensar em um nome charmoso, então disse:- Ele é o presente do meu aniversário de 23 anos que você me deu, então vamos chamá-lo de "23".- "23"? - Emanuel sorriu e concordou. - Certo, "23" será."23" levantou a cabeça para olhar para seus donos. Vendo ambos sorrindo, ele também "sorriu", emitindo um latido suave.Inês colocou "23" no chão. Ele não fugiu, apenas se sentou ao lado dos pés dela, esfregando a cabeça em suas per