A mansão da família Ribeiro ocupava um vasto terreno, abrigando não apenas a casa principal, mas também um pequeno edifício apenas para Gustavo, separado por um extenso jardim.Naquela hora, o céu ainda não tinha escurecido completamente.Inês, acompanhada de Joaquim, passeava casualmente pelo jardim. Ela iniciou a conversa:- Por que você nunca mencionou antes que nossas famílias são tradicionais?Joaquim olhou para ela com um sorriso suave e respondeu:- Na primeira vez que nos encontramos, eu ainda não sabia que você era Eliana.- E depois, no autódromo?- Naquele momento eu já sabia, e quando te convidei para jantar, pretendia te contar, mas algo urgente surgiu e tive que sair às pressas.Inês se lembrou daquele dia. Na verdade, a partida abrupta de Joaquim tinha sido provocada pelos ciúmes de Emanuel.Observando Joaquim, ela hesitou, mas finalmente disse:- Espero que meu avô não saiba que eu cortei um dedo do seu irmão.Joaquim olhou para Inês, seu sorriso era uma mistura de seri
Inês ficou surpresa.Joaquim continuou:- Inês, já que você e o Sr. Emanuel estão divorciados, acho que tenho o direito de tentar.Inês não conseguia acreditar no que ouvia. Ela olhou para Joaquim e disse:- Você quer tentar algo comigo?Joaquim assentiu seriamente e disse:- Uma mulher bonita como você, qual homem não gostaria de te ter?Inês quase se engasgou com a própria saliva.- Pare, Joaquim. Chega de brincadeiras.- Não estou brincando, Inês, estou falando sério. - A voz dele era firme. - Na verdade, fui eu quem disse para o seu avô que gosto de você, por isso ele criou a oportunidade para ficarmos sozinhos hoje.Inês estava surpresa. "Então é isso. Não imaginava que Joaquim fosse desse jeito."Mesmo assim, ela não hesitou e disse rapidamente:- Joaquim, não perca seu tempo comigo, eu não gosto de você, não sinto nada.Joaquim não ficou muito surpreso com a rejeição de Inês.- Os sentimentos podem ser cultivados aos poucos, não tenho pressa.Inês disse um pouco sem jeito:- V
Cidade PAo saber dos sentimentos de Joaquim por ela, Inês perdeu o pouco interesse que tinha em passear com ele, e rapidamente arranjou uma desculpa para voltar para casa. Quando entrou dentro de casa, ela viu seu avô sentado na sala de estar, examinando documentos, com vários papéis da empresa sobre a mesa de centro.- Por que voltou tão cedo? - Perguntou Gustavo, tirando seus óculos para leitura. - Como foi a conversa com o Joaquim?- Nada bem. - Inês se sentou ao lado do avô e suspirou. - Avô, eu não gosto do Joaquim. Por favor, não tente mais nos juntar.Gustavo suspirou e disse:- Minha querida, os sentimentos podem ser cultivados lentamente.- Isso se baseia em uma condição.A condição é que ela não tivesse dado seu coração a ninguém.Gustavo olhou para sua neta e entendeu o que ela queria dizer.- Você ainda não superou Emanuel.Inês olhou seriamente para o avô e disse:- Avô, eu posso ouvir você em tudo, mas quero decidir isso por mim mesma.Emanuel era agora a única coisa qu
Houve uma pausa e Emanuel disse:- Não se esforce demais, descanse cedo.- Tá bom.Após dizer isso, a ligação foi encerrada.Inês olhou para a tela do telefone, ainda um pouco atônita.Antes, Emanuel sempre esperava que ela desligasse a ligação, mas dessa vez ele havia sido tão rápido.Ela ainda queria saber mais sobre aquele projeto.Mas não havia pressa. Agora ela iria para Cidade J para ver aquele projeto de perto.Pensando nisso, Inês reservou um voo para Cidade J na tarde do dia seguinte....Cidade J.Depois de desligar, Emanuel ligou para Matheus, e o convidou para beber.Quando Matheus chegou, Emanuel já tinha bebido bastante.- Isso não é seu estilo. - Matheus sentou-se no sofá, rindo. - Imaginei que você já estaria em um avião indo para a Cidade P.Emanuel ergueu a pálpebra e olhou para ele, dizendo:- Eu estava planejando ir.- Então por que não foi?Emanuel esvaziou o copo de uísque de uma só vez, seus olhos profundos transbordando de frieza.Ele temia não conseguir control
Fabiano reagiu rapidamente ao ver aquela mulher avançar em direção ao Sr. Emanuel. Com um passo ágil, ele a interceptou.Contudo, o vinho no copo da mulher acabou derramando todo sobre as roupas de Emanuel.- Desculpe, sujei sua roupa.A mulher, com gestos delicados, disse isso enquanto piscava para Emanuel, cheia de charme.Emanuel, irritado, mal olhou para ela, ignorando-a completamente e se dirigindo para fora.A mulher, percebendo que foi ignorada, persistiu e se aproximou:- Que tal tirar sua roupa? Eu posso mandá-la para a lavanderia.Ela tentou tocar no braço de Emanuel, mas antes que conseguisse, Fabiano bloqueou sua mão.- Por favor, comporte-se.A mulher então se colocou na frente de Emanuel.- Ei, bonitão.- Sai!Emanuel a encarou com um frio extremo.Surpresa e um pouco assustada com o olhar dele, a mulher rapidamente deu espaço.Finalmente, ela viu o homem sair do bar e entrar em seu carro.Nesse momento, uma amiga dela se aproximou e tocou em seu ombro, dizendo:- Íris, v
Sem hesitar, ela ligou imediatamente para Joaquim.Quando a chamada foi atendida, a voz de Joaquim soou um pouco sombria.- Tão tarde e ainda não foi descansar?Inês falou friamente:- Joaquim, qual o sentido de você me enviar essa foto?- Só queria te mostrar que Emanuel não é digno de você.Inês sorriu ironicamente e respondeu:- Se é tão corajoso, fale isso na cara do Emanuel! Veja se ele não te mata! Joaquim, eu sempre pensei que você fosse um homem íntegro, mas nunca imaginei que você fosse igual ao seu irmão, um canalha que age pelas costas!Joaquim franziu a testa. "Será que ela pensa que fui eu quem mandou alguém tirar essa foto escondido?"- A foto não foi tirada por alguém a meu mando, eu a vi por acaso sendo compartilhada por outra pessoa. Eu te enviei para que você visse quem Emanuel realmente é.Assim que Joaquim terminou de falar, Inês disse:- Sei muito bem quem é Emanuel, não preciso que uma foto me lembre disso.- Você confia tanto nele assim?Inês hesitou um pouco an
Inês deixou a mansão da família Ribeiro e, em pouco tempo, percebeu que um carro preto a seguia constantemente. Não importava a velocidade, o veículo mantinha uma distância constante de trezentos a quatrocentos metros. Como estava em uma via principal e não podia parar facilmente, Inês ignorou a situação, permanecendo curiosa para descobrir as intenções daquele carro.Finalmente, o veículo parou em frente ao prédio do Grupo Ribeiro. Inês olhou para trás e viu que o carro também parou. Após aguardar um pouco e notar que ninguém saía do carro, Inês decidiu descer e se aproximar.Ela havia acabado de voltar para a Cidade P e não tinha tido desentendimentos com ninguém. Quem poderia estar a seguindo? No entanto, antes de chegar ao carro, ela viu uma pessoa familiar saindo do banco do passageiro.- Fabiano? - Indagou Inês, confusa.“Será que é Fabiano? Se ele está aqui, Emanuel também está.”- Srta. Inês. - Cumprimentou Fabiano. Ele olhou para Inês, fez um breve aceno com a cabeça e abriu
- Vi em uma conversa de fofocas no grupo. - Revelou Inês, de forma casual.Por respeito ao seu avô, ela evitou mencionar o nome Joaquim.- Inês, me deixe explicar. Eu não conheço essa mulher. Ontem à noite no bar... - Disse Emanuel, com um olhar tenso e sério para Inês. Inês não conseguiu segurar o riso diante da expressão nervosa de Emanuel.- Eu sei, Sr. Emanuel, seu gosto não é tão ruim. Além disso, não sou burra. A perspectiva dessa foto é tão astuta, como eu não perceberia o deslocamento? - Interrompeu Inês. - Você acredita em mim? - Questionou Emanuel, confuso. - Sim, pelo menos nesse assunto eu confio em você. - Disse Inês, colocando o celular na bolsa. Afinal, eles se conheciam há mais de dois anos, e ela tinha algum entendimento sobre Emanuel.Emanuel a abraçou novamente, uma sensação de realização preenchia seu coração. Nada foi mais reconfortante do que ter sido confiado pela pessoa amada.- Inês, obrigado. - Agradeceu Emanuel, se sentindo culpado. Inês confiava tanto n