- Caralho! Inês não conseguiu conter um palavrão ao ver o ladrão com uma touca na cabeça e uma arma entrando na primeira classe.Ela já estava de mau humor por causa desse idiota do Emanuel, e agora, porra, eles estavam se metendo em um sequestro de avião. O humor de Inês estava no fundo do poço.Ela tinha vontade de socar alguém!De repente, sua pulseira foi agarrada por uma mão fria.Inês abaixou o olhar e se deparou com o olhar determinado de Emanuel. - Não tenha medo. - Ele disse.Inês riu friamente e afastou a mão dele.- Medo? Quem deveria estar com medo são eles.Na primeira classe, além de Inês e Emanuel, havia outros três passageiros. Dois dos ladrões armados os forçaram a se juntarem aos passageiros no meio da cabine, enquanto a tripulação se encolhia no chão.Inês observou atentamente a situação. Havia seis ladrões no total, todos armados. Um deles tinha até uma granada de fumaça presa ao cinto.O chefe dos ladrões foi para a cabine do piloto com um de seus comparsas, deix
- Três horas depois, o avião pousou com segurança no Aeroporto Internacional da Cidade P.Dos seis sequestradores, cinco mortos e um ferido. Além dos dois pilotos e uma comissária de bordo feridos, todos os passageiros saíram ilesos.Assim que Inês desembarcou, ela desativou as câmeras de vigilância do avião e apagou todas as imagens dela mesma.Antes mesmo de sair do aeroporto, Emanuel a interceptou.- Inês, precisamos conversar. - Disse Emanuel com uma expressão complexa.No curto espaço de tempo no avião, Inês havia redefinido completamente a forma como ele a via.Ela não apenas era corajosa e habilidosa com uma arma, e ágil, mas também sabia pilotar um avião!Foi nesse momento que Emanuel percebeu que mal a conhecia de verdade.- Não tenho tempo. - Respondeu Inês enquanto pegava sua bagagem para sair.- Inês! - Emanuel segurou a mão dela e a pressionou contra a parede. - Você acha que pode simplesmente me bater e ir embora?Inês levantou o olhar e encarou o homem à sua frente de ma
No País A, existiam seis grandes famílias centenárias, distribuídas entre duas regiões distintas: norte e sul.Ao norte, na Cidade J, as famílias Antunes, Cardoso e Rocha eram imensamente poderosas, sendo a família Antunes a mais dominante dentre elas.No sul, na Cidade P, as famílias Mendes, Ribeiro e Barbosa competiam entre si.No entanto, vinte anos atrás, por razões desconhecidas, a família Mendes emigrou para o exterior, e a família Barbosa, devido aos conflitos internos ocorridos anos antes, viu sua influência diminuir dia após dia. Assim, atualmente, a família Ribeiro era a mais prestigiosa e poderosa da Cidade P.A matriarca da família Barbosa tinha uma grande amizade com a avó de Inês, tendo até salvado sua vida quando jovem. Recordando essa gratidão, Keila Ribeiro sempre apoiou a família Barbosa ao longo dos anos, chegando até a considerar um casamento entre as duas famílias.Por isso, ao chegar à maioridade, Inês foi chamada de volta para se comprometer com Filipe Barbosa.
Inês mergulhou num pesadelo. No sonho, ela voltou àquela terrível noite chuvosa de cinco anos atrás. Naquele tempo, ela estava na África do Sul, participando de uma missão humanitária, quando terroristas atacaram o hospital e ela foi capturada. Com os olhos vendados, por mais que implorasse, aquele homem simplesmente não a soltou...No meio da noite.Assim que Inês abriu os olhos, viu Emanuel deitado ao seu lado. Ela ficou surpresa por um momento, considerando que, em dois anos de casamento, ele nem sequer tocou em sua mão. Como poderia...? Suas memórias voltaram rapidamente, recordando o que ocorreu na noite anterior... Ela tinha tomado, por engano, uma droga afrodisíaca e procurou Emanuel como um "antídoto". Vendo que Emanuel estava prestes a acordar, Inês rapidamente lhe desferiu um golpe no pescoço. No momento em que ele abriu os olhos, ela o deixou inconsciente. Ela suspirou aliviada, desceu da cama e aproveitou o amanhecer para deixar a Mansão da família Ribeiro....Não m
O telefone tocou por um bom tempo até finalmente ser atendido. Contudo, antes que ele pudesse falar, ouviu a voz fria de Inês do outro lado da linha:- Você vale apenas nove e noventa, e nem um centavo a mais. Além disso, não aceito pedidos de desculpas por seus comentários desagradáveis!- Inês!A chamada foi interrompida. Emanuel tentou ligar novamente, mas a chamada não foi completada. Ela tinha bloqueado o número dele!"Bravo, Inês! Acha que não posso fazer nada consigo?"Emanuel fechou levemente os lábios, e um sorriso malicioso e sensual se formou em seu rosto....Após bloquear a chamada de Emanuel, Inês se dirigiu a uma clínica de repouso nos subúrbios. Descobriu que seu avô estava secretamente alojado lá.Ao chegar, percebeu que havia seguranças do lado de fora do quarto de seu avô. Inês, aproveitando um momento de distração, adentrou furtivamente ao escritório do médico. Minutos depois, saiu vestindo um jaleco branco e uma máscara.- A senhorita está lá dentro. Por favo
"Hugo, essa criatura pior que um animal, capaz de levantar a mão contra o próprio pai, deveria ser punido pelos céus!"Inês suprimiu sua ira. Não era hora de se enfurecer; ela precisava encontrar um meio de salvar seu avô.Ela enviou algumas mensagens a Rahman.Depois de dar as instruções, Inês retirou um pequeno frasco de cerâmica do bolso e deu duas pílulas ao seu avô.Naquela noite, sob a organização de Rahman, todos os médicos e enfermeiros do andar foram substituídos por seus aliados.Inês manipulou o monitor cardíaco de seu avô, fazendo os seguranças acreditarem que ele estava em estado crítico e precisava ser ressuscitado.O plano de Inês era levar seu avô à sala de cirurgia e, depois, retirá-lo do hospital por outra saída.Mas mal haviam saído quando os seguranças perceberam algo errado e correram para a sala de cirurgia.Preocupada com o avô, Inês pediu a Rahman que o levasse para um local seguro enquanto ela segurava os seguranças.Os seguranças eram habilidosos e estavam tod
Emanuel recostou-se na cadeira, exalando calma e confiança.- Dormiu comigo e agora não quer assumir a responsabilidade?Inês replicou, desafiadora:- Eu paguei!Podia ter sido pouco, mas ainda era dinheiro!Emanuel recordou aquela transferência de nove e noventa e sentiu um aperto no coração, como se estivesse prestes a sofrer um ataque cardíaco."Maldita mulher!"Ele agarrou Inês pelos ombros, forçando-a a se sentar.- Inês, o que pensa que eu sou...Ela aspirou fundo, friamente.A dor irradiava do seu ombro esquerdo.Emanuel hesitou por um momento, percebendo uma umidade quente em sua mão. Ao olhar, viu sua própria palma da mão manchada de sangue.- Está ferida! - Exclamou Emanuel, sua voz tingida de preocupação e pânico.O tom escuro do vestido de Inês escondeu o sangue e, com a luz fraca no carro, ele não notou.Inês, com um ar frio, afastou a mão dele.- Não é nada, só um arranhão.Para ela, era um mero arranhão causado por uma bala que passou raspando. Na sua opinião, não era gr
Inês suspirou, recostou-se na cadeira e pegou o celular, se preparando para fazer uma transferência bancária.- Me diga, quanto você quer?O rosto de Emanuel expressava incredulidade.Ele realmente acreditava que ela queria pagá-lo para ir embora!Inês continuou:- Cinquenta mil? Cem mil? Ou duzentos mil? - Vendo que Emanuel estava com uma expressão séria e não respondia, Inês cruzou as pernas e, com uma careta de desdém, provocou. - Na Cidade J, o acompanhante masculino mais caro custa apenas algumas dezenas de milhares por noite. Você acha que duzentos mil é pouco?- Inês!A veia da testa de Emanuel pulsava intensamente. Ela realmente o estava comparando com um daqueles garotos de programa?Essa mulher realmente tem a habilidade de fazê-lo explodir de raiva!Inês colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha.- E mais, se não se divorciar, o que fará com sua outra mulher? Pretende ter uma mulher em casa e outra fora?- O que você está insinuando? - Emanuel a olhou com uma expressão exa