Capítulo 20
Emanuel recostou-se na cadeira, exalando calma e confiança.

- Dormiu comigo e agora não quer assumir a responsabilidade?

Inês replicou, desafiadora:

- Eu paguei!

Podia ter sido pouco, mas ainda era dinheiro!

Emanuel recordou aquela transferência de nove e noventa e sentiu um aperto no coração, como se estivesse prestes a sofrer um ataque cardíaco.

"Maldita mulher!"

Ele agarrou Inês pelos ombros, forçando-a a se sentar.

- Inês, o que pensa que eu sou...

Ela aspirou fundo, friamente.

A dor irradiava do seu ombro esquerdo.

Emanuel hesitou por um momento, percebendo uma umidade quente em sua mão. Ao olhar, viu sua própria palma da mão manchada de sangue.

- Está ferida! - Exclamou Emanuel, sua voz tingida de preocupação e pânico.

O tom escuro do vestido de Inês escondeu o sangue e, com a luz fraca no carro, ele não notou.

Inês, com um ar frio, afastou a mão dele.

- Não é nada, só um arranhão.

Para ela, era um mero arranhão causado por uma bala que passou raspando. Na sua opinião, não era gr
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