O telefone tocou por um bom tempo até finalmente ser atendido. Contudo, antes que ele pudesse falar, ouviu a voz fria de Inês do outro lado da linha:- Você vale apenas nove e noventa, e nem um centavo a mais. Além disso, não aceito pedidos de desculpas por seus comentários desagradáveis!- Inês!A chamada foi interrompida. Emanuel tentou ligar novamente, mas a chamada não foi completada. Ela tinha bloqueado o número dele!"Bravo, Inês! Acha que não posso fazer nada consigo?"Emanuel fechou levemente os lábios, e um sorriso malicioso e sensual se formou em seu rosto....Após bloquear a chamada de Emanuel, Inês se dirigiu a uma clínica de repouso nos subúrbios. Descobriu que seu avô estava secretamente alojado lá.Ao chegar, percebeu que havia seguranças do lado de fora do quarto de seu avô. Inês, aproveitando um momento de distração, adentrou furtivamente ao escritório do médico. Minutos depois, saiu vestindo um jaleco branco e uma máscara.- A senhorita está lá dentro. Por favo
"Hugo, essa criatura pior que um animal, capaz de levantar a mão contra o próprio pai, deveria ser punido pelos céus!"Inês suprimiu sua ira. Não era hora de se enfurecer; ela precisava encontrar um meio de salvar seu avô.Ela enviou algumas mensagens a Rahman.Depois de dar as instruções, Inês retirou um pequeno frasco de cerâmica do bolso e deu duas pílulas ao seu avô.Naquela noite, sob a organização de Rahman, todos os médicos e enfermeiros do andar foram substituídos por seus aliados.Inês manipulou o monitor cardíaco de seu avô, fazendo os seguranças acreditarem que ele estava em estado crítico e precisava ser ressuscitado.O plano de Inês era levar seu avô à sala de cirurgia e, depois, retirá-lo do hospital por outra saída.Mas mal haviam saído quando os seguranças perceberam algo errado e correram para a sala de cirurgia.Preocupada com o avô, Inês pediu a Rahman que o levasse para um local seguro enquanto ela segurava os seguranças.Os seguranças eram habilidosos e estavam tod
Emanuel recostou-se na cadeira, exalando calma e confiança.- Dormiu comigo e agora não quer assumir a responsabilidade?Inês replicou, desafiadora:- Eu paguei!Podia ter sido pouco, mas ainda era dinheiro!Emanuel recordou aquela transferência de nove e noventa e sentiu um aperto no coração, como se estivesse prestes a sofrer um ataque cardíaco."Maldita mulher!"Ele agarrou Inês pelos ombros, forçando-a a se sentar.- Inês, o que pensa que eu sou...Ela aspirou fundo, friamente.A dor irradiava do seu ombro esquerdo.Emanuel hesitou por um momento, percebendo uma umidade quente em sua mão. Ao olhar, viu sua própria palma da mão manchada de sangue.- Está ferida! - Exclamou Emanuel, sua voz tingida de preocupação e pânico.O tom escuro do vestido de Inês escondeu o sangue e, com a luz fraca no carro, ele não notou.Inês, com um ar frio, afastou a mão dele.- Não é nada, só um arranhão.Para ela, era um mero arranhão causado por uma bala que passou raspando. Na sua opinião, não era gr
Inês suspirou, recostou-se na cadeira e pegou o celular, se preparando para fazer uma transferência bancária.- Me diga, quanto você quer?O rosto de Emanuel expressava incredulidade.Ele realmente acreditava que ela queria pagá-lo para ir embora!Inês continuou:- Cinquenta mil? Cem mil? Ou duzentos mil? - Vendo que Emanuel estava com uma expressão séria e não respondia, Inês cruzou as pernas e, com uma careta de desdém, provocou. - Na Cidade J, o acompanhante masculino mais caro custa apenas algumas dezenas de milhares por noite. Você acha que duzentos mil é pouco?- Inês!A veia da testa de Emanuel pulsava intensamente. Ela realmente o estava comparando com um daqueles garotos de programa?Essa mulher realmente tem a habilidade de fazê-lo explodir de raiva!Inês colocou uma mecha de cabelo atrás da orelha.- E mais, se não se divorciar, o que fará com sua outra mulher? Pretende ter uma mulher em casa e outra fora?- O que você está insinuando? - Emanuel a olhou com uma expressão exa
Inês ficou sem palavras, uma agitação indescritível emergiu em seu coração.Como ela nunca percebeu antes que Emanuel, esse desgraçado, era tão descarado?- Como quiser! - Disse Inês, claramente irritada.Se não iriam se divorciar, então ambos poderiam trair. Ninguém teria medo do outro!Em sua perspectiva, Emanuel estava simplesmente interessado nela por impulso. Quanto mais ela resistisse a ele, mais interessado ele ficaria, querendo conquistá-la.Se ela continuasse tão dócil como antes, ele logo perderia o interesse.Inês acrescentou:- Meu avô foi envenenado lentamente. Você precisa encontrar o melhor médico para tratá-lo.Emanuel olhou surpreso.- Gustavo foi envenenado? A família Ribeiro não afirmou publicamente que ele teve um derrame?Inês apontou fortemente para o peito de Emanuel com o dedo.- De qualquer forma, Emanuel, ouça bem. Se algo acontecer ao meu avô, você será o responsável!Emanuel segurou sua mão.- Fique tranquila, vou providenciar o melhor médico para o tratamen
Emanuel correu de volta ao quarto e viu que Inês já não estava lá."Maldita mulher!"Emanuel, furioso, ordenou:- Procurem-na para mim!"Inês, quero ver até onde você pode fugir!"...Assim que Rahman encontrou Inês, voltou de carro para o hotel.Ao saber que o propósito de Emanuel em sequestrar Gustavo era apenas para manter Inês sob controle e evitar o divórcio, Rahman ficou furioso.- Inês, se realmente não houver outro jeito... - Rahman fez um gesto de cortar a garganta. - Mate-o, afinal, ficar viúva também te permite voltar a ser solteira!Inês tocou sua testa, pensativa.- Emanuel, afinal de contas, salvou minha vida. Não seria certo eu agir assim.Rahman olhou-a de soslaio.- Está brincando comigo? Você realmente se importa com isso?Inês permaneceu em silêncio por um momento.- Eu acho que você realmente se apaixonou por ele e não quer deixá-lo ir!Inês manteve o queixo erguido, sem responder.Embora relutasse em admitir, ela sabia, no fundo, que o que Rahman dizia era verdade.
No topo do ringue, uma tela eletrônica mostrava uma foto do campeão Óscar e seu histórico de lutas. Grande parte do público ao redor do ringue era composta por homens, mas também havia muitos estrangeiros. Olhando ao redor, uma maré de cabeças se movia, e em cada rosto uma expressão de excitação frenética.Emanuel caminhou diretamente para a área VIP no topo das arquibancadas, varrendo a multidão com seu olhar, mas ainda sem encontrar sinal de Inês."Será que eu estava errado? Ela não veio afinal?"- Vocês estão brincando comigo? Uma mulher está desafiando no ringue?- Uma mulher ousa enfrentar Óscar? Ela está procurando problemas, esperando ser esmagada.- Aposto que ela não aguentará dez minutos antes de ser derrubada!- Dez minutos é muito tempo! Olhando para a fragilidade dela, no máximo três minutos. Não, um minuto. Óscar pode derrubá-la com um único soco!- E se Óscar, sendo gentil com as mulheres, intencionalmente perdesse para ela? Hahaha...- Óscar está aqui há três anos e n
"Era Inês! É ela!"Mesmo usando uma máscara, Emanuel a reconheceu instantaneamente por sua forma.- Inês! Desça agora! - Emanuel gritou com toda sua força, empurrando a multidão e correndo em direção ao ringue.Essa mulher insensata... Ela sabe o que está fazendo? Ela foi ferida apenas algumas horas atrás e agora tem a audácia de entrar no ringue para uma luta de boxe. Ela é tão imprudente!- Inês! Desça daí!Emanuel, desesperado, tentou se aproximar do ringue, mas a emoção da plateia estava tão intensa que ele não conseguia passar.Rapidamente, a luta começou.No instante em que o sino tocou, Helena, rápida como um raio, se lançou sobre Óscar, e num piscar de olhos, seu punho aterrou no rosto dele.Óscar, no entanto, não era de se subestimar. Mesmo levando um soco, reagiu rapidamente e contra-atacou.Vendo Óscar desferindo um golpe na cabeça de Helena, o coração de Emanuel quase parou, desejando poder subir ao ringue e protegê-la.Mas, naquele momento, Helena, com movimentos ágeis, de