Na manhã seguinte, quando Inês acordou, não viu Emanuel no quarto.
Após se arrumar, a empregada trouxe o café da manhã para ela.
Depois de comer, começou novamente a receber a infusão.
Inês olhava para a porta do quarto, por diversas vezes, queria perguntar a Rahman sobre o paradeiro de Emanuel, mas ficava em silêncio.
- Não adianta ficar olhando, Emanuel foi embora ontem à noite. - Disse Rahman, percebendo os desvios de olhares de Inês.
Rahman estava com as pernas estendidas sobre o sofá, incapaz de suportar por mais tempo o olhar imóvel de Inês, que aguardava a chegada do marido. Ela se assemelhava a uma estátua, fixa e silenciosa.
- Ele voltou para Cidade J? - Indagou Inês, piscando os olhos.
- Aonde mais ele iria? - Retrucou Rahman, pegando uma maçã e, enquanto descascava, acrescentou:
- Quando você se recuperar, podemos voltar para o País M. Você ficou fora por tanto tempo, aqueles homens devem pensar que você morreu e já devem estar aprontando novamente.
- É mesmo? Eu estava