No entanto, pelos dois incidentes que ela teve, parece que não é tão simples."Pode ser que ela sofra de uma doença que não é detectável em exames de sangue."Não é impossível.Valentina estava sentada no sofá, com uma expressão de culpa e auto reprovação.- Conheço a Inês há tantos anos e nunca soube que ela tivesse algum problema de saúde antigo. - Refletiu Inês, assustada com tudo que havia acontecido. Depois que Inês recuperou a memória, e a salvou de perigos várias vezes, aos olhos de Valentina, Inês era um anjo que podia ser capaz de tudo, até mesmo de transformar o mal em bem.Mas hoje, ao se deparar com Inês tão dominada pela doença, Valentina percebeu que ela também tinha seu lado frágil.Lucas, que estava ao lado, observou Valentina cobrindo o rosto para chorar e a entregou um pacote de lenços.- Não fique triste. - Consolou Lucas. Ele não era muito bom em consolar os outros.- Obrigada. - Agradeceu Valentina, abrindo um sorriso ao pegar os lenços. - Qual é o estado atual
Inês dormiu profundamente até a manhã do dia seguinte. Ao despertar, se deparou com Emanuel sentado ao lado da cama, olhando fixamente para ela. Ele não tinha pregado os olhos durante a noite inteira. Seus olhos, geralmente frios e escuros, mostravam sinais de vermelhidão e inchaço, e suas profundas olheiras denunciavam a falta de sono. - Você acordou. - Disse Emanuel, com a voz especialmente rouca.Emanuel ajudou ela a se sentar e ofereceu um copo de água morna.- Obrigada. - Assentiu Inês.Inês bebeu metade da água e, logo que colocou o copo para baixo, Emanuel a abraçou fortemente. - O que você está fazendo? - Indagou Inês, surpresa diante do gesto repentino. Ele a abraçou com tanta força, como se quisesse esmagar seus ombros, fazendo ela ficar sem fôlego.- Inês - Chamou Emanuel, pelo seu nome com uma voz rouca e continuou: - Eu não vou deixar nada acontecer com você, nunca!Inês pensou que ele ainda estava preocupado com o incidente do dia anterior, quando ela havia passado mal
- Inês, você deveria fazer um check-up completo, assim ficaríamos mais tranquilos. - Aconselhou Valentina. - Não. Eu conheço bem meu corpo, estou bem. - Recusou Inês, balançando a cabeça.Emanuel, vendo a determinação de Inês, optou por não insistir. - Tudo bem, como você quiser, não vamos ao hospital. - Disse Emanuel. - Irmão! - Exclamou Valentina, discordando da atitude de Emanuel. Valentina quase não se conteve, como poderiam simplesmente ceder aos caprichos de Inês? Era evidente que ela tinha algum problema de saúde.Inês estava surpresa com a facilidade em ceder de Emanuel hoje, mas logo ouviu ele dizer algo. - Já que você não quer ir ao hospital, vou chamar a equipe médica para fazer os exames em casa. - Disse Emanuel, calmamente. Percebendo que Emanuel estava decidido, Inês ficou tensa.Inês suspirou, um pouco resignada.- Emanuel, não precisa se preocupar tanto, eu estou realmente bem. - Disse Inês, tentando manter a calma.- Mesmo que esteja bem, vamos fazer o exame, con
Rahman tinha plena consciência do significado da Flor de Jade Fosca para Inês.Portanto, quando ouviu Inês dizer que não queria mais a Flor de Jade Fosca, ele ficou furioso.- Inês, pense bem, a Flor de Jade Fosca é a única coisa que pode suprimir o veneno no seu corpo. Se você a rejeitar, o pior pode acontecer. - Disse Rahman. - Chega! Eu já decidi, não vou mudar de ideia. - Disse Inês, com convicção, mas no fundo, estava completamente confusa.Vendo a determinação em sua voz, Rahman sabia que não havia como convencer ela do contrário.- Tudo bem, você quer voltar para Cidade P, certo? Então, eu esperarei por você lá. - Disse Rahman.- Certo. - Assentiu Inês.Inês desligou o telefone e, de repente, a voz de Emanuel soou atrás dela.- Você não quer mais a Flor de Jade Fosca? - Disse Emanuel. Inês permaneceu imóvel. - Não quero. - Respondeu Inês, com a voz rouca.Cada um tem seu destino, ela não insistiria.Inês foi direto para o vestiário e rapidamente arrumou suas coisas.Ela não l
No silêncio do quarto, reinava uma calma profunda. Emanuel olhava para Inês, a apenas dois passos de distância, cuja beleza sem igual agora parecia anunciar uma tempestade iminente.- Não acredito, Inês, você está mentindo para mim! - Disse Emanuel.- Estou dizendo a verdade. - Insistiu Inês, o encarando calmamente, sem oferecer mais explicações.O silêncio e a falta de explicação eram mais persuasivos. - Quem é ele? - Indagou Emanuel. - Por acaso me acha tola? Acha mesmo que irei te contar e permitir que o prejudique? - Respondeu Inês, sorrindo levemente. Emanuel, com os punhos cerrados, estava com maxilar tenso como uma linha dura e fria, emanando uma aura gelada.- Você o ama tanto assim? - Perguntou Emanuel. - Sim, eu realmente o amo. Nesta vida, só amarei ele, e ninguém pode ocupar o lugar dele no meu coração. - Respondeu Inês, fixando o olhar em Emanuel, palavra após palavra. - Chega! - Interrompeu Emanuel, furioso e saiu. Se ficasse, ele realmente perderia o controle e pod
País M.Após sua conversa com Inês, Rahman estava agitado, como uma formiga em uma panela quente. Depois de muito pensar, ele não conseguiu se conter e pegou seu celular para ligar para Emanuel.- Alô, Sr. Emanuel. - Disse Rahman assim que a ligação foi atendida.Do outro lado, não houve resposta imediata, mas Rahman manteve a calma. - Tenho um negócio que gostaria de discutir com o senhor, por acaso estaria interessado? - Continuou Rahman.Emanuel, do outro lado da linha, ficou em silêncio por um momento.- Estou ouvindo. - Respondeu Emanuel, friamente.- Sei que o Grupo Antunes está planejando expandir para o mercado do Leste Europeu. Eu tenho dois campos de petróleo privados que estão ociosos no momento, gostaria de saber se o senhor estaria interessado neles. - Disse Rahman.Rahman sentia como se seu coração sangrasse ao dizer isso.Por Inês, ele estava disposto a sacrificar até mesmo suas posses mais valiosas.Dois campos de petróleo, cada um deles tão valioso quanto uma montanha
Cauã imediatamente se posicionou à frente de Inês.Os seguranças atrás também reagiram rapidamente, formando um círculo ao redor de Inês, a protegendo.O carro parou.Cerca de dez seguranças desceram do carro, sem se moverem.Fabiano saiu do carro de luxo do lado do passageiro, pegou uma caixa retangular que um dos seguranças o entregou, e foi imediatamente em direção a Inês.Inês olhou para Fabiano, sorrindo levemente.- Fabiano, vocês não podem me impedir. - Disse Inês.- Srta. Inês, você está enganada, nós não viemos para te impedir. Isto é algo que o Sr. Emanuel pediu para eu entregar a você. - Disse Fabiano, estendendo a caixa que estava em suas mãos.Inês olhou para o banco traseiro do carro de luxo, a janela estava fechada, não era possível ver quem estava dentro.Parecia que ele também não tinha a intenção de descer.Isso a aliviou.- Não é necessário, o Sr. Emanuel tem sido muito atencioso comigo ultimamente. Se alguém deve dar um presente, deveria ser eu a ele. - Disse Inês,
Valentina foi nocauteada por Inês e, ao acordar, soube que Inês já havia deixado a Cidade J, ficando completamente abalada com a notícia.Ao ouvir do empregado que seu irmão havia saído, Valentina pensou que ele estivesse indo atrás de Inês, mas, para sua surpresa, ele retornou logo em seguida. Emanuel, assim que chegou em casa, se trancou no escritório e ordenou que ninguém o perturbasse. Valentina, temendo que ele fizesse algo extremo, permaneceu na sala de estar a noite toda, sem conseguir dormir. Já se passava do meio-dia do dia seguinte e Emanuel continuava trancado no escritório. Preocupada com o irmão, que havia passado tanto tempo sem comer ou beber, Valentina reuniu coragem e subiu as escadas para bater na porta do escritório.- Irmão, sou eu, Valentina. Você está bem? - Chamou Valentina.Não houve resposta do escritório. E então, Valentina parou, respirou fundo e empurrou a porta, entrando.- Irmão, você... - Hesitou Valentina, ao se deparar com o quarto estava repleto de