— Que absurdo, nunca os ancestrais permitiriam isso. — Raquel fala indignada. — Sou descendente de Agnes, a esposa de Higor Garou, sendo assim sou da família, então aceita que perdeu e coloque o seu rabinho entre as pernas, se não quiser se machucar. — Falo nervosa, pois já perdia a paciência com essa mulherzinha. — Conselho de amigo, saia daqui antes que seja tarde demais. — Connor diz rindo e comendo o pão que ele roubou do forno. — Por que o que ela vai fazer? Crescer uma árvore entre nós — Ela diz debochada, nisso fecho minha mão para me controlar, mas minha mente não me obedece e começa raios e trovoes no lado de fora da casa. — Amor, olha para mim, vamos dar uma volta, tenho que te mostrar um lugar, eu e Rubbi sempre vamos lá — Olho para Raquel que está com pose de poderosa, mas nos seus olhos da par ver que ela está com medo, então mexo meu dedo e direciono um vento concentrado, como se alguém desse um empurrão nela e a mesma cai de cara no chão, eu não consigo segurar a ris
Achei muito estranho seu corpo sumir como poeira ao vento, mas só de saber que ele nunca mais vai encostar um dedo em mim, eu fico mais aliviada, já tenho tantos problemas, uma a menos é ótimo. — Vamos para casa, amor, você precisa descansar, assim como nós que estávamos como loucos atrás de você. — Desculpas, mas juro que não era essa a intenção, a sua mãe não gosta de mim e muito menos da minha presença, então decidi dar uma volta, eu não quero ver vocês um contra os outros. — Ninguém está contra ninguém, vamos para casa. — Alaraki diz serio. — Desculpe Alaraki, mas eu não vou. — Vai, sim, você não tem para onde ir. — Ethan diz segurando em minha mão. — Se for o caso volto para minha casa. — De jeito nenhum, sua mãe não iria me aceitar lá. — Ethan diz preocupado. — Assim como a sua não me quer aqui. — Digo seria, limpando as lágrimas que descem pelo meu rosto. — Primeira discussão de casal, que lindinho. — Cala a boca moleque, viu e a casa da tia Stephanie? — Rubbi diz, cha
Todo já haviam dormido, mas eu não conseguia, rolei de um lado para o outro da cama e nada de dormir, decidi levantar e tomar um copo de água. — Stephanie, sem sono? — Pelo jeito não sou só eu! — Quer água? — Não querida, obrigada. — A lua está linda né? — Esta, sim, sabe, eu achei lindo o que falo mais cedo. — O quê? — Que não queria que meus sobrinhos corressem perigo, pois os amam demais. — Amo o Ethan tanto que chega a doer, e não tem como não amar vocês, cada um de vocês. — Eu te admiro. — O que você admira em uma bruxa problemática, brigada com a família e fugitiva. — Admiro sua coragem, eu não tive a mesma coragem, fui covarde — essas duas frases ela falou tão baixo que quase não consegui ouvir, mas fiquei curiosa. — O que não teve coragem, Stephanie? — Vejo que se assustou, mas, ao mesmo tempo que ela precisava desta conversa. — Há muitos anos eu me apaixonei, não amei um homem, lindo, ele era tão carinhoso, a gente fugia para namorar escondidos, ele era como você
Já faz um tempo que estamos na casa de Stephanie, nesse tempo treinei muito com o Ethan, agora domino todos os elementos. — Agnes, acende o fogo para mim, por favor, a madeira está úmida — então estalo os dedos e o fogo pega na madeira. E é assim que tem sido nossos dias, o que posso adiantar com meus dons adianto, esses estão sendo os dias mais felizes de toda a minha vida, como eu disse antes, aqui eu sou amada por todos, principalmente pelo meu Ethan. Mas hoje às zero será o início do meu aniversário, eles estão batendo o pé que irão comigo, mas eu não quero que eles vão comigo, eu estou sentindo algo dentro de mim, e sei que não será uma mera cerimônia como tem sinto por séculos, sei que algo de ruim irá acontecer, e temo pela segurança deles. Decido fazer um chá, e mesclei a planta do sono, para que ninguém percebesse, e acabou que deu certo, todos apagaram no sofá. Decido escrever uma carta me despedindo, pois não sei se sairei viva de lá, mesmo sendo imortal, não quero ser p
Rebecca Um tempo depois… Hoje às zero, ou melhor dizendo amanhã Agnes faz dezoito anos, teria que estar em casa para o ritual, eu nem sei onde ela está, nem se irá aparecer. O Edgar é quem está mais me preocupando, ele não voltou mais, será que conseguiu encontrar a Agnes, Deus ajude que não. Hoje prenderam um total de oitenta pessoas, entre elas homens, mulheres, crianças e idosos, será um massacre amanhã, meu corpo já se arrepia só de imaginar o quão dolorido será o dia de amanhã. Olho para a lua lá fora e fico imaginado onde está minha menina. — Está preocupada? Não deveria é por sua culpa que Agnes foi embora. — Diz Edward. Somos casados há muito tempo, no início eu amava muito meu marido, mas com o tempo muita coisa mudou, inclusive meu sentimento por ele, eu sempre soube que ele não me amava, mas tinha esperança disso mudar com o tempo, mas não, não mudou, ele continua mando seja lá quem for. Nosso convívio agora é mais como amigo, e não me surpreenderia se um dia ele che
Ethan Acordei com dificuldades para abrir os olhos, meu Deus, que sono é esse que me deu, olho para o lado e vejo Rubbi e Connor dormindo, caramba, a gente capotou, eu os chacoalho, acorda gente, temos que ir com a Agnes, deve estar na hora, vou para cozinha tomar água e encontro tia Stephanie e Akilla chorando. — O que aconteceu? Tia Cadê a Agnes, ela perderá a hora. — As duas olham para mim e seus olhos caem mais lágrimas, Rubbi entra correndo na cozinha com um papel na mão e lágrimas nos olhos. — Que merda está acontecendo aqui? — Agnes foi sem a gente, ela te deixou uma carta também. — Diz Rubbi com lágrimas nos olhos. — Não, não, não — falo e balanço a cabeça — conversamos muito sobre isso e ela concordou que iriamos juntos. — Sinto muito, ela já deve estar lá. Pego a carta e vou para fora, a lua está alta, então consigo ler a carta, e é impossível não chorar. — Porque não me esperou sua teimosa, quem vai te proteger — viro lobo e a carta cai na grama, dou um uivo de dor, e
Narrado pela autora — Deu uma dosagem muito alta para ela, ela mal tomou e já dormiu. — Diz Edward. — Já ouviu falar da poção do sono. — Avó de Agnes. — Não é a poção proibida, não é mamãe? — Meu Deus, precisamos fazer o antidoto e acordá-la. — Diz a irmã de Edward. — Mas não mesmo, ela virou uma bomba, imagine se ela fica nervosa, o que ela pode fazer! — Todos olham para ela, incrédulos. — Mas ela só fez aquilo por presenciar o assassinato da mãe, ela é uma menina doce, você sabe, você a conhece. — Diz Edward, preocupado com sua filha. — Desculpe, mas a senhora é louca, eu vou acordar a minha sobrinha agora. — Diz a irmã de Edward. — Não vai, eu sou a avó dela, sou sua figura materna e paterna. — Não é não, mamãe a senhora está louca. Vai deixar isso Edward? — Retruca a irmã de Rebecca. — Mas é claro que não. — Ele diz indo até os livros para encontrar o antidoto. — Sinto muito, mas é o certo a se fazer, adeus. — Então a avó de Sarah some com ela diante de todos. — Cadê a
Cinco anos se passou… Todos os dias eu converso com Agnes em meus pensamentos, com a vã esperança que de que nossa conexão seja forte o suficiente, para que ela me sinta. Hoje faz cinco anos que se foi meu amor, eu sei que pediu, mas eu não consigo seguir minha vida, ela está ligada a você! Eu preciso de você para minha vida fazer sentido! Rubbi está comigo, estamos indo de aldeia em aldeia, olhando cavernas…, mas nada de você. Seu pai está morando com tia Stephanie, é lindo o amor deles, e isso Sabrina não gosta muito, mas Akilla está a convencendo, ela é uma menina muito boazinha, e sente muito sua falta. — Irmão já amanheceu, vamos dormir e descansar um pouco — É melhor para a gente correr em forma de lobo, então sempre a procuramos de noite, assim chamamos menos atenção. — Vamos encontrá-la, irmão. — Quando Rubbi? Eu nem sei se ela está bem! — Falo, com lágrimas nos olhos. — Eu a amo tanto que chega a doer. — Eu sei, dói em mim te ver assim. Dois anos depois… — Edward me m