De repente novas contrações chegam e com maior intensidade, e Elizabeth chega a se sentar no chão do quarto por não conseguir se manter de pé, pois as dores que ela está sentindo agora são maiores e estão ficando quase insuportáveis, e John não está ali naquele momento para ajudá-la. Ele está no lago pescando, e Elizabeth está sozinha. A dor é intensa por alguns momentos, e logo em seguida diminui, mas volta a surgir. Elizabeth vai se agarrando pelas paredes, tentando chegar à porta para ver se consegue chamar a atenção de John, que no momento não está muito distante, porém o suficiente para não ouvir o seu chamado. Elizabeth então chega à porta de saída da cabana e se deita no chão. Dores fortes a forçam a isso. Ela pode ver o lago e até John, mas não tem forças para chamá-lo; e, deitada ali na porta enquanto sentia aquela dor forte e constante, ela vê de repente se formar uma pequena onda no lago, à frente da cabana, e vê uma pessoa surgir das águas tranquilas do lago: uma mulher
Pelo rádio o piloto diz que talvez eles tenham morrido por causa do choque com as árvores e que agora os soldados que se encontram em solo têm que assumir e saber se eles estão vivos ou mortos. Imediatamente após saber essa notícia, o coronel Flores faz contato com as autoridades locais e dá uma ordem para que elas cheguem ao local o mais rápido possível, que encontrem os ocupantes do avião e que os mantenham sob custódia até que ele chegue. O próprio coronel Flores vai encontrar-se com eles e faz questão de estar lá para prender e conduzir os dois amantes fujões. No local do violento pouso, John e Elizabeth saem do que restou do avião e começam a se afastar, pois sabem que logo aquele lugar estará cheio de militares e, quando isso acontecer, eles já devem estar bem longe de lá. Abraçados por alguns minutos, eles caminham juntos um apoiando-se ao outro, um casal perfeito, porém com uma imensa dificuldade para viver esse grande amor. Eles não têm paz, pois os homens do corone
No verão de 1992, John Kenny voltava de uma viagem de negócio e autoconhecimento; já se passaram alguns anos desde a morte de sua esposa, de forma que já estava quase se acostumando com a vida solitária. Por algumas vezes ele até tentou reencontrar um sentido para a sua vida, ou seja, um amor; conhecer alguém para ajudá-lo a esquecer tudo o que lhe aconteceu no passado e assim começar um novo relacionamento. Mas, enquanto buscava esse recomeço, só teve fracassos em cada relacionamento novo que ele tentou emplacar. Após seu grande amor ter partido, só o que ele teve foram relacionamentos fracassados. Depois de algum tempo após a morte de sua esposa, tentou tocar a vida, conhecer novas pessoas – quem sabe um novo amor –, mas infelizmente para John não dava certo. Simplesmente não conseguia pôr outra pessoa no lugar de seu grande amor. E, por não conseguir amar a mais ninguém, tomou a decisão de continuar sozinho e viver somente com as lembranças daquela que um dia o fizera fel
Sentimentos de culpas, e ele ouve um gemido bem fraco vindo daquele ser angelical. Ele se abaixa, leva seu ouvido bem perto dos lábios daquela jovem que o encantara tanto e, ao se aproximar de sua boca, sente a sua respiração tão fraca e ofegante, então ele percebe que ainda existe uma chance para ela; acredita que ainda há um sopro de vida; e agora toda aquela tristeza que ele sentia em seu coração, naquele instante, dá lugar à esperança e à vontade de tentar a todo custo salvá-la, dando assim a seu próprio coração a alegria e a esperança de ver aquela que já era dona de seu coração viva novamente. Então ele a pega em seus braços com todo carinho, a coloca deitada no banco de trás de seu carro, e sai em disparada em busca de encontrar socorro urgente, onde ela possa ser socorrida, um hospital ou um posto médico! John está dirigindo tão rápido quanto um piloto de Fórmula 1 que está prestes a cruzar a linha de chegada. Agora sabe que tem muitos sentimentos em jogo e que ele&n
─ Com certeza, meu amor. Isso é o que eu mais desejo fazer neste momento! John entende a malícia em suas palavras, mas se mantém discreto e não dá a entender que compreendeu a sua insinuação para ele e pergunta-lhe novamente. Lívia, percebendo seu desinteresse, disfarça e diz:─ Digo, estou aqui para ajudá-lo, querido! O que eu posso fazer por você?─ Eu estou querendo informação sobre uma paciente que eu deixei aqui ontem à noite!─ Qual o nome dela, meu amor?─ Ela foi registrada com o nome de Elizabeth!─ Espere um pouco, por favor, meu amor. E em voz baixa, quase sussurrando, ela procura em seu computador pelo nome de... Elizabeth...─ Teve sim uma moça registrada com esse nome aqui no hospital ontem à noite, precisamente às 11h45min, mas ela não se encontra mais aqui neste hospital.
─ Não! ─ Eu realmente não sou daqui; estou de passagem; parei para abastecer o meu carro; estava comprando mantimentos quando por acaso ouvi a conversa de vocês! ─ Pois é, meu senhor! O povo vive com medo. Aqui ninguém sai mais de casa à noite; muitos já viram essas coisas. Começou há pouco tempo, cerca de um mês. Certo dia, eu estava caminhando de volta para casa; já era de tardinha, e logo a noite chegou e me pegou ainda pelo caminho. Eu vinha da casa de meu irmão, quando de repente eu olhei para o céu e vi umas luzes tão fortes que até faziam doer os olhos. Por um momento eu cheguei a pensar que fosse um avião, mas logo pude ver que não era nenhum avião; pelo menos dos que eu já tivesse visto. Quando a intensidade daquela luz diminuiu, eu pude ver a forma daquele objeto que estava ali no ar. Era uma espécie de objeto redondo, tipo um disco, sabe?, com muitas luzes. Ele parou bem em cima de mim, mas não era um disco pequeno; era enorme; era tão grande que podia até c
─ Não! Aqui não! Venho de outra cidade e já estou na estrada há algum tempo; já passei por duas cidades e três pequenos povoados; e, a cada um desses lugares por onde passei, encontrei um mistério parecido. Todos estão ligados, por isso que fiquei interessado em conhecer e, se possível, desvendar! Mas o mais importante deles é o primeiro: onde eu encontrei uma moça na estrada, eu a levei ao hospital mais próximo e a deixei lá, mas, quando retornei mais tarde, não estava mais lá. Tinha ido embora sem que eu soubesse quem realmente ela era. Desde então eu não consigo esquecê-la! ─ Ela não era da cidade onde você a encontrou? ─ Não sei dizer! Parece que ninguém a conhecia lá. O que me falaram foi que ela pegou carona e saiu da cidade, por isso estou indo atrás de encontrá-la. Estou seguindo as pistas dela, pelos lugares por onde ela passou. Sei que ela passou, porque me informaram que ela está indo para a cidade de Americana, que é para onde estamos indo agora!
Só poderiam então chegar ao local caminhando, e os três ocupantes do veículo descem e continuam todo o percurso. São uns trezentos metros até chegar ao portão que dá acesso à sede da casa na fazenda, mas, para quem está tão determinado e vindo de tão longe, com uma vontade enorme de encontrar aquela que pode ser a sua amada Elizabeth, ele não está ligando muito se terá que andar trezentos metros ou até trezentos quilômetros, pois o seu maior interesse é saber tudo sobre essa história que o assombra desde então. John já nem sabe mais o que vai dizer a ela quando a encontrar; as palavras até parecem fugir de sua mente de tanto que é a sua emoção, mas nesse momento isso já não tem tanta importância para ele, nem passa por sua mente desistir por não saber o que lhe dizer. Só a vontad
John fica paralisado, sem saber o que dizer. Só agora ele tem certeza de que a mulher que esteve em seus braços naquela estrada era realmente quem ele pensava que fosse, mas não tinha como saber naquele momento, afinal essa história que está sendo contada é muito complicada para ele entender. Como John poderia entender que a sua esposa, a mulher a quem ele amou e ainda ama, fosse um ser de outro planeta? ─ Mas você falou que não podem interferir ou manter contato com seres de outro planeta! E como é que eu vivi com uma da espécie de vocês?, pergunta John. ─ Ela não é totalmente uma de nós! Como posso lhe dizer, ela é uma mistura de nossas raças, um ser híbrido! Precisávamos de um de nossa espécie para ficar aqui neste planeta para estudar a sua espécie, seus modos de vida, seus costumes, o modo como se relacionam uns com os outros, então foi necessário fazer essa mistura. Foi a única forma. Para saber se a nossa espécie consegue sobreviver no seu planeta. Nós c