Seis horas da manhã.No saguão do prédio do Grupo JM, havia uma pequena aglomeração de pessoas, todas ansiosas para ver a verdadeira aparência da primeira-dama do presidente. Mas o que elas não sabiam era que o grande presidente já havia saído pelo estacionamento subterrâneo com sua companhia....No dia seguinte.No sábado, durante o feriado.Após o café da manhã, Lorena e Guilherme foram direto para o Sanatório Harmonia para buscar Sarah e levá-la à velha mansão da família Santos. Como outros membros da família também estariam lá naquela noite, e a avó não gostava de muita agitação, bastava que ela almoçasse com eles.Mas Lorena não esperava que Benjamin estivesse esperando por ela na entrada do sanatório, junto com Lúcia e sua filha.Os carros não eram permitidos dentro do sanatório, então havia vagas de estacionamento reservadas do lado de fora.Assim que saiu do carro, Lorena avistou à distância Benjamin, Lúcia e sua filha, além de Felipe, ao lado do posto de segurança. Ela franzi
Lorena naturalmente também percebeu e, segurando a mão dele, deu leves tapinhas nas costas, sinalizando para que ele não ficasse bravo, pois não valia a pena.De fato, a frieza emanada pelo homem diminuiu consideravelmente.— Hostilidade não, apenas irritação. — Disse Lorena com um olhar frio, lançando a ele um olhar de lado.Felipe observou a breve interação entre eles e se sentiu inexplicavelmente incomodado.Fazia alguns dias que não a via, e ela parecia ter emagrecido.Na verdade, ele sempre soube que Lorena era muito bonita, nunca negou isso.— Lorena, embora eu ame sua irmã, não quero que você, para nos provocar, acabe encontrando qualquer homem por aí. — Disse Felipe, com o rosto sério, como um adulto repreendendo uma criança.Lorena parecia ter ouvido a maior piada do mundo; ela olhou para Felipe, que estava tão cheio de si, e soltou uma risada.— Provocar vocês? — Ela questionou, estreitando os olhos amendoados e completou. — Você acha que são tão especiais assim? Vai se olhar
Sarah rapidamente acenou com a mão e disse:— Não me chame assim, eu não mereço esse título de "mãe" vindo de você.O rosto de Lúcia ficou pálido e rígido, e a palavra "vovó" que Melissa estava prestes a dizer ficou presa na garganta, sem conseguir sair.Benjamin também assumiu uma expressão muito desagradável e tentou persuadir:— Mãe, já se passaram tantos anos, você não pode aceitar Lúcia e sua filha?Sarah respondeu calmamente:— Não importa se eu aceito ou não, basta que vocês dois aceitem. Além disso, vocês não precisam mais vir me ver, estou muito bem. — Disse Sarah decisivamente. — Além disso, parem de incomodar minha netinha, sou eu que não quero vê-los.Durante todo o tempo, Sarah não lançou sequer um olhar para Lúcia e sua filha, nem para Felipe.Ela estava muito ciente de tudo, apenas seu marido teimoso e seu filho acreditariam completamente nas palavras daquela dupla de mãe e filha.— Vamos, não vamos fazer os sogros esperarem mais. — Sarah se virou para Lorena com um olha
"Mas esse homem tem um, então quem exatamente é ele?" Por que ela nunca tinha visto ou ouvido falar de um homem tão incrível como ele nesse círculo? Com a partida do carro, Benjamin e os outros também se dispersaram, como se tivessem ido lá à toa. No caminho de volta, Felipe se lembrou da frase que Sarah havia dito: "O marido da minha neta é só Guigo." "Poderia ser que o nome desse homem fosse Guigo? Quem era ele afinal?" Rapidamente, ele tentou se lembrar de alguém chamado Guigo na Cidade B, e após vasculhar sua memória, pensou apenas na família Santos, uma família com um império de cem anos, cujo líder era Guilherme. Mas Felipe logo descartou essa ideia; como poderia uma família como os Santos se interessar por Lorena? Além disso, o líder da família Santos era conhecido por ser uma figura misteriosa, um gênio dos negócios, famoso por sua mão de ferro e desapego às mulheres, o que tornava a ideia ainda mais improvável. Mas quem era ele, afinal? Na Cidade B, parecia não ha
— Você já sabia que minha avó e meu avô se conheciam? O encontro arranjado também foi parte do seu plano? — Lorena perguntou ao perceber que ele não parecia nem um pouco surpreso.O homem esboçou um sorriso e respondeu com outra pergunta:— E você? Por que também não parece surpresa?Aquele homem era realmente irritante; afinal de contas, ela tinha perguntado primeiro.Ela respondeu:— Da última vez que jantamos com minha avó, ela me contou ao telefone que ela e meu avô se conheciam há muito tempo. Para ser mais precisa, ela conhecia sua avó; elas eram amigas.Ao ouvir isso, ele a envolveu pela cintura, e os dois caminharam juntos para dentro do jardim, enquanto ele explicava:— Eu soube disso um pouquinho antes de você.Lorena franziu ligeiramente as sobrancelhas, se virou levemente para olhá-lo e perguntou:— Um pouquinho antes de quando?Ela tinha a sensação de que havia algo estranho nas palavras de Guilherme.E, como esperado, o que ele disse a seguir a deixou sem palavras.— Prov
Lorena ficou chocada; ela não fazia ideia de que isso era possível!Michele parecia nobre e elegante, mas quem diria que, no fundo, ela teria uma personalidade tão descontraída, a ponto de ensinar sua nora a "torturar" o próprio filho?Thomas observou as duas: uma ousava falar e a outra ousava escutar, e não pôde deixar de esboçar um leve sorriso nos lábios.— Querida mãe, você não tem medo de que estrague minha cunhada e que meu irmão venha tirar satisfações com você? — Thomas arqueou uma sobrancelha, brincalhão.Michele, ao ouvir a voz dele, levantou a cabeça e perguntou, intrigada:— O que você está fazendo aqui?A mão de Thomas, que estava mexendo no cabelo, parou no meio do caminho.Ele era tão insignificante assim?Ele, afinal, não era um grande galã?— Espera aí, vocês nunca se viram antes. Como é que você sabe que Lorena é sua cunhada? — perguntou Michele.Esse Thomas, que não se encaixava muito nas normas, tinha acabado de voltar ao país ontem. Como ele já poderia ter conhecid
Depois do almoço, Guilherme e Lorena levaram Sarah de volta para casa. Assim que saíram do condomínio, Lorena recebeu uma ligação de Lavínia.No telefone, Lavínia chorava incontrolavelmente, o que assustou Lorena, fazendo seu coração apertar. Ela nunca tinha visto Lavínia chorar antes, e as palavras dela eram confusas e entrecortadas. Após perguntar o endereço, os dois rapidamente se dirigiram para lá.No carro, Lorena apertava as mãos com força, se sentindo extremamente preocupada e um pouco apavorada, com o corpo tenso. Guilherme a confortava enquanto acelerava:— Não se preocupe, vai ficar tudo bem.Com a presença dele, ela relaxou um pouco.Guilherme levou meia hora para chegar ao Hotel Estrela do Mar. Assim que o carro parou, Lorena mal conseguiu esperar e abriu a porta, correndo em direção à entrada do hotel.Vendo que ela ainda estava de salto alto, Guilherme, preocupado que ela pudesse torcer o tornozelo, saiu do carro rapidamente e, em poucas passadas, a alcançou.— Você ainda
Lavínia estava tão constrangida que não sabia o que dizer:— Eu...Essa ainda era a sua melhor amiga? Ela não era tão descarada assim, ou era?— Ah, você acabou de dizer... cof, que foi voluntário. Você ao menos conhece essa pessoa, certo? — Lorena perguntou a ela. — Além disso, não foi ontem à noite que você saiu com sua mãe para aquele jantar de encontro?Lorena a olhou com o rosto cheio de confusão, como se não entendesse como alguém poderia se entregar assim em um encontro.— Eu saí de fininho depois e fui beber um pouco no bar do Hotel Estrela do Mar. — Lavínia a olhou com um pouco de culpa e, em seguida, disse. — Você também conhece essa pessoa.— O quê?As pupilas de Lorena se contraíram ao encará-la. O que ela queria dizer com "você também conhece"?Ela começou a pensar rapidamente; não conhecia muitos homens, e os que conhecia não estavam na Cidade B.— Quem? — Lorena perguntou, estreitando os olhos.Na sala de estar, Guilherme estava sentado no sofá com uma postura digna, mas