[Você não era assim antes. Agora que tem marido, não quer mais amigos, coração partido.] [Vamos romper por cinco segundos!]Do outro lado, a Ângela ainda estava no carro, e o ambiente estava anormalmente frio e estranho. Mas o celular dentro de sua bolsa não parava de vibrar. Ela nunca tinha experimentado um dia em que a frequência de vibrações de seu celular fosse tão alta. De repente, ela se lembrou do grupo que foi criado naquela noite. Ela não se importou com o Reginaldo, que estava no carro, e pegou o celular por conta própria.Quando abriu o WhatsApp, como esperado, todas as mensagens eram do grupo que foi criado naquela noite, e havia alguém que a mencionou. Ela abriu, havia cerca de uma dúzia de mensagens, e ela leu uma por uma. Viu que a Lorena a mencionou, perguntando se ela já tinha chegado em casa, e então respondeu no grupo: [Ainda não cheguei, Cidade B é um pouco longe de Cidade X, devo chegar em casa por volta das dez e pouco.]A Lavínia disse: [Irmã Ângela, se cuide
Apartamento Residencial Jardim do Norte. A Lorena estava deitada no sofá, mexendo no celular, quando de repente a luz ao seu redor escureceu. Ela levantou levemente a cabeça e viu que o Guilherme já havia tomado banho e estava de pijama, parado à sua frente. — Preparei um banho para você, que tal ir relaxar em um banho quente? — O homem, com a cabeça ligeiramente abaixada, olhou para ela com um olhar cheio de ternura e carinho. Nos últimos dias, convivendo com ele, a Lorena já estava quase vivendo uma vida de luxo, onde não precisava fazer nada por si mesma. Na verdade, não era muito diferente disso: quando chegava em casa, era ele quem preparava o jantar e até separava suas roupas. Esse homem realmente cuidava de tudo nos mínimos detalhes, a ponto de ela se sentir como se nem precisasse de mãos e pés. Mas ela adorava isso e se perguntava se não estava ficando completamente viciada. Viciada em depender do Guilherme... E quem poderia imaginar que o sempre frio e reservado
No final, Ian não tinha mais o que dizer e só pôde se virar e sair.Ângela, que estava dentro do carro, levantou a cabeça lentamente, seus olhos estavam sem brilho, sem vida. Se não fosse por sua respiração, poderiam pensar que ela já estava morta.Mas, para ela, viver ou morrer agora não fazia muita diferença.Ela não derramou uma lágrima do começo ao fim, porque sabia que chorar não adiantaria nada; só traria mais tortura por parte dele, que ainda perguntaria com que direito ela chorava.Exato, aos olhos de Reginaldo, Ângela não podia ter as emoções que uma pessoa normal teria: alegria, tristeza, dor, nem mesmo uma comunicação normal com as pessoas, porque ela não merecia. Para ele, sua vida era apenas uma penitência. Nos últimos cinco anos, tudo o que restou foi um entorpecimento, como um robô sem qualquer emoção ou sentimento.Mesmo que estivesse ferida até os ossos, ela não podia gritar de dor; mesmo que seu coração estivesse sendo estraçalhado por ele, golpe por golpe, ela não po
Cidade B. Um condomínio de um asilo de luxo, chamado Sanatório Harmonia. Os idosos que vivem aqui são, em sua maioria, ricos ou influentes, e a maioria escolhe morar aqui porque não quer viver com seus filhos. As casas no asilo são construídas no estilo de um condomínio, organizadas por famílias, cada uma vivendo em uma casa individual. O ambiente e a gestão da clínica são de primeira qualidade, oferecendo serviços de alto nível. Benjamin levou Lúcia e a filha até o condomínio logo cedo, mas assim que chegaram, foram parados pelo segurança na entrada. — Somos parentes, por que não podemos entrar? — Lúcia perguntou de forma ríspida ao segurança. — Você sabe quem somos? Como ousa nos impedir? O segurança deu uma olhada nela. Eles estavam vestidos de maneira sofisticada, sem dúvida, mas ele já trabalhava ali há muitos anos e já tinha visto todo tipo de pessoa importante e rica. Não seria ela que o intimidaria. — Desculpe, mas de acordo com as regras, sem agendamento ou cartão
Lorena atendeu rapidamente.— Alô, olá, Srta. Lorena? Aqui é o segurança Kauan da Sanatório Harmonia. — O segurança falou com muita cortesia, o que era completamente diferente da frieza que ele havia demonstrado anteriormente para a família Amorim.Ao ouvir que era o segurança da clínica, Lorena franziu ligeiramente a testa e perguntou:— Sim, o que deseja?— A questão é a seguinte: há três pessoas aqui dizendo que vieram buscar Sra. Sarah para levá-la para casa, e querem entrar. Mas eles não têm reserva nem cartão de acesso, então não permiti a entrada. Disseram que são seus pais e sua irmã, por isso estou ligando para confirmar com você. — Explicou o segurança.Lorena não esperava que Benjamin trouxesse Lúcia para visitar a avó.Melissa ouviu o segurança dizer:— Entendido. — E desligou o telefone.Ela então perguntou:— Confirmou?Para sua surpresa, o segurança olhou para ela com indiferença e disse:— A Srta. Lorena afirmou que sua mãe só teve uma filha, e a mãe dela faleceu há mai
Em outro lugar, no Grupo X. Lorena havia acabado de retornar ao escritório após uma reunião quando sua secretária, Virgínia, entrou e disse: — Presidente Lorena, há dez minutos, a recepção no andar de baixo ligou informando que seu pai e os outros chegaram e pediram especificamente para falar com a senhora. Virgínia sabia sobre o incidente da última vez, quando a Presidente Lorena expulsou aquela família da empresa, mas achou melhor relatar o ocorrido. Ao ouvir isso, Lorena respondeu com frieza, como se nada tivesse a ver com ela: — Ok, entendi. Diga à recepção que não estou disponível. Virgínia imediatamente compreendeu a atitude da Presidente Lorena e respondeu prontamente: — Tudo bem, Presidente Lorena. — Virgínia, espere um momento. — Lorena de repente chamou Virgínia, que estava prestes a sair. Virgínia perguntou: — Presidente Lorena, mais alguma coisa? Lorena levantou os olhos e disse: — Diga a ele para não vir me procurar sem motivo, e que seria melhor se
Melissa estava visivelmente constrangida: — Vovô, eu... — Chega, não precisa dizer nada! — Daniel a interrompeu e continuou. — Eu mesmo vou ligar para aquela ingrata. Duvido que ela tenha coragem de não atender o meu telefonema, hmph! Parecia que Daniel sofria de amnésia, se esquecendo de como foi expulso na última vez. Quanto à atitude de Davi, Melissa não podia estar mais satisfeita. Ela sempre achou que Lorena estava em um caminho de autossabotagem, então não se importava de jogar mais lenha na fogueira. Do outro lado, Lorena, que acabava de terminar um trabalho, aproveitava um breve momento de descanso quando seu celular vibrou algumas vezes. Ela abriu o WhatsApp e viu algumas mensagens enviadas por um contato salvo como "Lívia": [Querida Lore, pedi para o Enrico te enviar uns chocolates novos, viu?] [Mandei para sua casa, não se esqueça de pegar, hein.] [E também, quero te desejar boas férias antecipadamente, minha querida Lorena. Amanhã devo estar ocupada, então
Daniel ouviu que ela estava disposta a ceder as ações do Grupo Amorim e logo esqueceu o que havia acontecido. Para ele, nada era mais importante do que proteger os negócios da família Amorim. — Como é? — Ele perguntou. Lorena respondeu: — Entregue a caixa que minha mãe deixou, e eu darei as ações do Grupo Amorim a vocês. Quanto às ações do Grupo X, esqueçam essa ideia. O Grupo X não tem nada a ver com a família Amorim! Daniel não esperava que ela ainda estivesse pensando naquela caixa, mas, se ele a entregasse, Lorena inevitavelmente cortaria os laços com a família Amorim, e eles não teriam como obter a outra parte dos fundos dela. Portanto, de jeito nenhum ele poderia entregá-la. — Vou considerar essa questão. — Daniel não concordou imediatamente. Lorena não imaginava que ele ainda seria tão cauteloso; ela já havia concordado em entregar as ações do Grupo Amorim, mas ele ainda não se comprometeu. Parece que eles realmente não querem entregar a caixa que minha mãe deixou.