Daniel ouviu que ela estava disposta a ceder as ações do Grupo Amorim e logo esqueceu o que havia acontecido. Para ele, nada era mais importante do que proteger os negócios da família Amorim. — Como é? — Ele perguntou. Lorena respondeu: — Entregue a caixa que minha mãe deixou, e eu darei as ações do Grupo Amorim a vocês. Quanto às ações do Grupo X, esqueçam essa ideia. O Grupo X não tem nada a ver com a família Amorim! Daniel não esperava que ela ainda estivesse pensando naquela caixa, mas, se ele a entregasse, Lorena inevitavelmente cortaria os laços com a família Amorim, e eles não teriam como obter a outra parte dos fundos dela. Portanto, de jeito nenhum ele poderia entregá-la. — Vou considerar essa questão. — Daniel não concordou imediatamente. Lorena não imaginava que ele ainda seria tão cauteloso; ela já havia concordado em entregar as ações do Grupo Amorim, mas ele ainda não se comprometeu. Parece que eles realmente não querem entregar a caixa que minha mãe deixou.
Lúcia, com sua experiência de vida, percebeu de imediato e perguntou:— O Felipe teve relações com você?Melissa pensou na noite de loucura que tiveram na véspera e, um pouco envergonhada, assentiu com a cabeça.Embora ela estivesse sempre com Felipe, ele era uma pessoa muito disciplinada. No máximo, ele a beijava, mas nunca fez nada além disso. Porém, na noite anterior, ele ficou bêbado após um evento social, e como ela foi buscá-lo, os dois acabaram...Lúcia teve uma ideia:— Então, faça de tudo para engravidar o quanto antes e garantir que a família Fernandes case você com ele o mais rápido possível.— Mãe, isso é muito precipitado. O post daquela vadia da Lorena no Facebook ainda não sumiu, pode ser arriscado. — Disse Melissa, um pouco preocupada.Mas Lúcia não pensava assim. Se não agissem rapidamente, quem saberia o que poderia acontecer depois? Além disso, ela sabia que a senhora da família Fernandes nunca gostou de sua filha. Se Melissa engravidasse, a criança seria a chave par
Lorena foi até o Restaurante Glicínia para pegar a comida encomendada e saiu imediatamente.— Felipe, o que você está olhando? — Um homem deu um tapa no ombro de Felipe e perguntou.Felipe voltou a si e respondeu:— Nada, confundi com outra pessoa.Comer no Restaurante Glicínia geralmente não oferece a opção de levar comida para viagem, e era ainda mais improvável que Lorena tivesse esse privilégio. Então, ele deve ter se enganado.— Vamos logo entrar, todos estão esperando por nós. — Disse o homem.Eles só conseguiram jantar no Restaurante Glicínia hoje graças ao Sr. Cláudio, que lhes deu a chance de visitar um lugar tão exclusivo.Felipe seguiu o homem até a sala privativa no terceiro andar.Conseguir uma sala privativa no terceiro andar é ainda mais difícil; além de dinheiro, é necessário ter poder.— Felipe, a sua família, os Fernandes, não tem nehuma ligação com a família Fagundes? A família Fagundes é apoiada pela família Santos. Os Fernandes já tiveram algum contato com alguém d
Thomas ouviu o barulho e virou a cabeça, curioso para ver quem tinha a ousadia de abrir a porta do escritório do irmão sem sequer bater.Viu uma mulher alta, vestindo um vestido verde-escuro, parada na porta. Ela segurava uma sacola com o logotipo do Restaurante Glicínia. Thomas ficou um pouco confuso; será que a moça estava ali para entregar comida?Mas a mulher não lhe deu a menor atenção.Lorena estava na porta, seus olhos amendoados e impassíveis fixos em Guilherme, que estava sentado na cadeira de executivo. Ela perguntou:— É verdade?Guilherme balançou a cabeça e respondeu:— Não.Então, ele se levantou e foi em direção a ela.Lorena ouviu a resposta dele e murmurou distraidamente:— Ah.Thomas, sentado no sofá, olhou para os dois, piscando os olhos, atônito. Será que estava vendo coisas? Ele achava que tinha visto medo no rosto do irmão. Além disso, o irmão se levantou e caminhou até a mulher parada na porta, segurando a mão dela... Será que Guilherme estava sendo... gentil?En
Lorena sorriu suavemente, e suas mãos subiram devagar e naturalmente até o pescoço dele. Com os lábios finos se movendo ligeiramente, ela disse:— Não estou com medo, afinal, você está aqui.Era raro para Guilherme vê-la tão proativa, o que lhe causou uma sensação de cócegas no coração. Ao olhar para os lábios vermelhos e tentadores dela, sentiu ainda mais vontade de beijá-los, e assim o fez.Quando os lábios frios do homem se aproximaram, Lorena ficou um pouco surpresa, mas logo aceitou o gesto.Gradualmente, ela também começou a retribuir o beijo, o que deixou Guilherme ainda mais à vontade, desejando obter ainda mais dela.Ela era como uma papoula, viciante e encantadora, nunca o suficiente. Quando ele estava prestes a perder o controle, ele finalmente a soltou.Guilherme não a tocaria até que Lorena desistisse.Ele a abraçou fortemente, como se quisesse fundi-la ao seu corpo e carregá-la consigo todos os dias.Depois de um longo tempo, Lorena, deitada no ombro dele, sussurrou:— Es
[Alguém notou que o saco de comida para viagem na mão da futura patroa parece muito familiar?] Logo em seguida, alguém o reconheceu. [Esse é o saco de comida do Restaurante Glicínia.] [Inacreditável! Quem consegue levar comida do Restaurante Glicínia para fora definitivamente não é uma pessoa comum!] [Esse tipo de lugar não é acessível para nós, meros mortais.] [Uma única visita custa dois meses do meu salário, e isso no preço mais baixo. Não podemos nos dar a esse luxo.] [Normalmente, sinto pena do pessoal do departamento de secretariado no topo do prédio, mas agora estou com inveja deles. Eles provavelmente conseguem ver o verdadeiro rosto da futura patroa, não é?] [Pessoal do departamento de secretariado, irmãos e irmãs, venham bater um papo!] O grupo já estava em polvorosa. As pessoas na sala de secretariado no topo do prédio estavam frente a frente com a pessoa em questão, mas já haviam sido instruídas por Heitor a não falar nada. Por isso, eles não estavam evitand
Lorena deu uma volta pelo escritório de Guilherme; era a primeira vez que ela estava ali e ainda não tinha tido a oportunidade de observar tudo com atenção.Agora que tinha tempo, ela olhou ao redor. Não podia negar que ele era um capitalista. O escritório dele era várias vezes maior que o dela, tanto que ela usou a expressão "dar uma volta" para descrever sua ação. Havia de tudo, desde uma sala de descanso e uma cozinha até estantes de livros alinhadas e vitrines exibindo diversos objetos.Lorena, com as mãos atrás das costas, parou em frente a uma das estantes de livros e comentou:— O escritório de um capitalista é realmente diferente.O homem, que estava sentado no sofá a uma curta distância dela, riu e respondeu:— Se você quiser, eu te dou. Afinal, até eu sou seu.Lorena se virou para olhá-lo, pressionou os lábios vermelhos e suspirou levemente, dizendo:— Não, não vou conseguir lidar com um grupo tão grande. Vou ficar satisfeita em cuidar dos negócios que minha mãe deixou. — Mas
Desde a manhã, sua mãe não perdeu nenhuma oportunidade de entrar no modo "oração de casamento" para pressioná-la a se casar.Ao lado dela estava sentada uma senhora rica, com uma aparência bem cuidada. Era sua própria mãe, o topo da cadeia alimentar da família, alguém que ninguém ousava desafiar.— Olha, filha, o que acha deste? — Hanna Mesquita pegou um tablet e o mostrou para Lavínia. — Este é o sobrinho da sua tia Clara, é funcionário público, tem um emprego estável e uma família bem situada. O mais importante é que a família dele não é complicada.Lavínia nem se deu ao trabalho de olhar. Já era o décimo oitavo candidato. Ela não podia deixar de admirar a persistência de sua mãe e a vasta rede de contatos que ela tinha—filhos de tias, sobrinhos, primos, todos os tipos.— Mãe, já disse que eu…Antes que pudesse terminar, sua mãe a interrompeu:— Eu sei que você quer deixar as coisas acontecerem naturalmente, mas como isso vai acontecer se você não conhece ninguém? Se você não conhece