Lorena apertou discretamente a mão do Guilherme debaixo da mesa.Logo em seguida, ele fingiu tossir e, com uma voz baixa e cheia de magnetismo, perguntou:— Amor, quer que eu esquente a cama para você de novo esta noite?Ninguém esperava que o Guilherme soltasse uma dessas de repente, nem mesmo a Lorena. Ela arregalou os olhos, incrédula, olhando para ele.Os outros olharam ao Guilherme como se tivessem visto um fantasma. "Será que ele tinha enlouquecido? Quer mostrar afeto? Vai para casa! Por que fazer isso aqui, neste lugar?"Vendo que ela não respondeu, ele emitiu outro som para chamar sua atenção.— Hã? —A Lorena deu um sorriso sem graça, mas debaixo da mesa, apertou a coxa dele com força e piscou, respondendo com outra pergunta. — O que você acha?Ela queria que ele quebrasse o clima constrangedor, não que falasse bobagens sem considerar o ambiente. Mas lá estava ele, soltando uma frase que chocou a todos. Será que achava que todo mundo era tão sem vergonha quanto ele?O Guilherm
A Ângela não conversava com ninguém há cinco anos, então agora ela estava muito animada conversando com a Lorena e a Lavínia. — A empresa foi deixada pela minha mãe, e seu foco principal é a criação de perfumes, enquanto a Lusobras Filmes foi adicionada posteriormente. — Explicou a Lorena sobre a origem da empresa. A Ângela era uma mulher inteligente e, ao ouvir isso, percebeu que a mãe de Lorena já havia falecido, então evitou fazer mais perguntas sobre a empresa. — Na verdade, eu sempre gostei muito dos perfumes da marca Elo Estelar. Os uso há muito tempo e acho que o perfumista que os criou é incrível. Cada fragrância tem um significado único; elas não são fortes ou enjoativas, mas têm um aroma que cativa, sem perder a sensualidade e nobreza que um perfume deve trazer. Na verdade, há até uma sensação de imersão que elas proporcionam. — Disse a Ângela com admiração; ela realmente gostava muito dos perfumes da Elo Estelar. Lavínia, ao ouvir isso, sorriu ainda mais e levantou a
[Você não era assim antes. Agora que tem marido, não quer mais amigos, coração partido.] [Vamos romper por cinco segundos!]Do outro lado, a Ângela ainda estava no carro, e o ambiente estava anormalmente frio e estranho. Mas o celular dentro de sua bolsa não parava de vibrar. Ela nunca tinha experimentado um dia em que a frequência de vibrações de seu celular fosse tão alta. De repente, ela se lembrou do grupo que foi criado naquela noite. Ela não se importou com o Reginaldo, que estava no carro, e pegou o celular por conta própria.Quando abriu o WhatsApp, como esperado, todas as mensagens eram do grupo que foi criado naquela noite, e havia alguém que a mencionou. Ela abriu, havia cerca de uma dúzia de mensagens, e ela leu uma por uma. Viu que a Lorena a mencionou, perguntando se ela já tinha chegado em casa, e então respondeu no grupo: [Ainda não cheguei, Cidade B é um pouco longe de Cidade X, devo chegar em casa por volta das dez e pouco.]A Lavínia disse: [Irmã Ângela, se cuide
Apartamento Residencial Jardim do Norte. A Lorena estava deitada no sofá, mexendo no celular, quando de repente a luz ao seu redor escureceu. Ela levantou levemente a cabeça e viu que o Guilherme já havia tomado banho e estava de pijama, parado à sua frente. — Preparei um banho para você, que tal ir relaxar em um banho quente? — O homem, com a cabeça ligeiramente abaixada, olhou para ela com um olhar cheio de ternura e carinho. Nos últimos dias, convivendo com ele, a Lorena já estava quase vivendo uma vida de luxo, onde não precisava fazer nada por si mesma. Na verdade, não era muito diferente disso: quando chegava em casa, era ele quem preparava o jantar e até separava suas roupas. Esse homem realmente cuidava de tudo nos mínimos detalhes, a ponto de ela se sentir como se nem precisasse de mãos e pés. Mas ela adorava isso e se perguntava se não estava ficando completamente viciada. Viciada em depender do Guilherme... E quem poderia imaginar que o sempre frio e reservado
No final, Ian não tinha mais o que dizer e só pôde se virar e sair.Ângela, que estava dentro do carro, levantou a cabeça lentamente, seus olhos estavam sem brilho, sem vida. Se não fosse por sua respiração, poderiam pensar que ela já estava morta.Mas, para ela, viver ou morrer agora não fazia muita diferença.Ela não derramou uma lágrima do começo ao fim, porque sabia que chorar não adiantaria nada; só traria mais tortura por parte dele, que ainda perguntaria com que direito ela chorava.Exato, aos olhos de Reginaldo, Ângela não podia ter as emoções que uma pessoa normal teria: alegria, tristeza, dor, nem mesmo uma comunicação normal com as pessoas, porque ela não merecia. Para ele, sua vida era apenas uma penitência. Nos últimos cinco anos, tudo o que restou foi um entorpecimento, como um robô sem qualquer emoção ou sentimento.Mesmo que estivesse ferida até os ossos, ela não podia gritar de dor; mesmo que seu coração estivesse sendo estraçalhado por ele, golpe por golpe, ela não po
Cidade B. Um condomínio de um asilo de luxo, chamado Sanatório Harmonia. Os idosos que vivem aqui são, em sua maioria, ricos ou influentes, e a maioria escolhe morar aqui porque não quer viver com seus filhos. As casas no asilo são construídas no estilo de um condomínio, organizadas por famílias, cada uma vivendo em uma casa individual. O ambiente e a gestão da clínica são de primeira qualidade, oferecendo serviços de alto nível. Benjamin levou Lúcia e a filha até o condomínio logo cedo, mas assim que chegaram, foram parados pelo segurança na entrada. — Somos parentes, por que não podemos entrar? — Lúcia perguntou de forma ríspida ao segurança. — Você sabe quem somos? Como ousa nos impedir? O segurança deu uma olhada nela. Eles estavam vestidos de maneira sofisticada, sem dúvida, mas ele já trabalhava ali há muitos anos e já tinha visto todo tipo de pessoa importante e rica. Não seria ela que o intimidaria. — Desculpe, mas de acordo com as regras, sem agendamento ou cartão
Lorena atendeu rapidamente.— Alô, olá, Srta. Lorena? Aqui é o segurança Kauan da Sanatório Harmonia. — O segurança falou com muita cortesia, o que era completamente diferente da frieza que ele havia demonstrado anteriormente para a família Amorim.Ao ouvir que era o segurança da clínica, Lorena franziu ligeiramente a testa e perguntou:— Sim, o que deseja?— A questão é a seguinte: há três pessoas aqui dizendo que vieram buscar Sra. Sarah para levá-la para casa, e querem entrar. Mas eles não têm reserva nem cartão de acesso, então não permiti a entrada. Disseram que são seus pais e sua irmã, por isso estou ligando para confirmar com você. — Explicou o segurança.Lorena não esperava que Benjamin trouxesse Lúcia para visitar a avó.Melissa ouviu o segurança dizer:— Entendido. — E desligou o telefone.Ela então perguntou:— Confirmou?Para sua surpresa, o segurança olhou para ela com indiferença e disse:— A Srta. Lorena afirmou que sua mãe só teve uma filha, e a mãe dela faleceu há mai
Em outro lugar, no Grupo X. Lorena havia acabado de retornar ao escritório após uma reunião quando sua secretária, Virgínia, entrou e disse: — Presidente Lorena, há dez minutos, a recepção no andar de baixo ligou informando que seu pai e os outros chegaram e pediram especificamente para falar com a senhora. Virgínia sabia sobre o incidente da última vez, quando a Presidente Lorena expulsou aquela família da empresa, mas achou melhor relatar o ocorrido. Ao ouvir isso, Lorena respondeu com frieza, como se nada tivesse a ver com ela: — Ok, entendi. Diga à recepção que não estou disponível. Virgínia imediatamente compreendeu a atitude da Presidente Lorena e respondeu prontamente: — Tudo bem, Presidente Lorena. — Virgínia, espere um momento. — Lorena de repente chamou Virgínia, que estava prestes a sair. Virgínia perguntou: — Presidente Lorena, mais alguma coisa? Lorena levantou os olhos e disse: — Diga a ele para não vir me procurar sem motivo, e que seria melhor se