Dada a relação entre ela e Reginaldo, ele não permitiria que ela tivesse o bebê. Afinal, ele já havia dito que ela não era digna de carregar um filho dele. Caso contrário, depois de tantos anos de noites e dias de intensa paixão, se ela não tivesse tomado medidas contraceptivas propositalmente, ela nem saberia quantas vezes teria engravidado.Por fim, ela foi ao hospital, para se certificar.Ângela queria manter tudo em segredo, então nem teve coragem de ir diretamente ao hospital.Depois de uma série de exames, os três esperaram por quase uma hora até que finalmente saíram os resultados.O resultado, sem dúvida: realmente estava grávida.O médico, com um sorriso gentil no rosto, disse a Ângela:— Parabéns, você está grávida. Nove semanas."Grávida de nove semanas?"Isso significava mais de dois meses.Então não havia sido da última vez no apartamento, mas sim...Mas não fazia sentido; naquela vez ela havia tomado pílula anticoncepcional.— Mas, doutor, eu tomei a pílula. — Disse Ângel
Quem imaginaria que, ao sair para fazer compras e experimentar roupas, elas acabariam descobrindo uma gravidez?Essa notícia realmente veio de forma inesperada.O principal motivo foi que Ângela não teve nenhum sintoma de gravidez; ela estava completamente normal, como se nada estivesse acontecendo.Além disso, ela mesma nunca cogitara essa possibilidade.Depois de a levarem para casa, elas passaram a tarde toda com ela.Ambas disseram que respeitariam sua decisão.No entanto, Lavínia ainda tentou insistir um pouco; afinal, de qualquer forma, era o sangue da família Araújo.— Ângela, que tal você tentar conversar com meu tio?Ângela permaneceu em silêncio por um longo tempo antes de responder.— Não. — Havia uma pitada de autodepreciação em seu rosto e um lampejo de tristeza nos olhos. Depois de morder os lábios, ela continuou. — Você sabe o que seu tio disse quando aceitou se casar comigo?O coração de Lavínia ficou apertado; certamente não era coisa boa.Ângela respirou fundo antes d
Depois de entrar no carro, Ian deu uma olhada no retrovisor e perguntou: — Presidente Reginaldo, o senhor deseja voltar hoje para o hotel ou para o apartamento? O silêncio tomou conta do carro por alguns instantes, até que a voz baixa, rouca e levemente cansada do homem respondeu: — Para o apartamento. Com a instrução recebida, Ian não hesitou, ligando o carro e seguindo em direção ao destino. ... Ângela garantiu repetidamente a Lorena e Lavínia que não ficaria em casa remoendo pensamentos ruins. Somente assim elas se sentiram tranquilas o suficiente para irem embora, cada uma para sua respectiva casa. Depois que as amigas saíram, Ângela se viu sozinha no apartamento vazio. Um sentimento de vazio tomou conta do seu peito. Sentada no sofá, deixou sua mente vagar por pensamentos, refletindo sobre tantas coisas... Ela colocou a mão no abdômen, o acariciando suavemente. Aquela pequena vida tinha chegado de forma tão silenciosa que a pegou completamente despreparada. Ela a
Murilo segurou delicadamente o pulso de Lavínia. — Não brinque, estou perguntando seriamente. — Eu também estou sendo muito séria. — Rebateu Lavínia. — Com qual olho você viu que estou grávida? Ou isso é só fruto da sua imaginação? Os olhos de Murilo tremularam levemente. Ele apertou os lábios antes de responder: — Eu vi o teste de gravidez que você usou no banheiro. "Banheiro? Teste de gravidez?" Ela alongou o tom e soltou um "Ahh" como se tivesse entendido. — Ah, você está falando disso? Não é meu. Então ela acrescentou. — Eu só tenho 24 anos, ainda quero aproveitar a vida. Não quero ter filhos tão cedo. O entusiasmo que Murilo sentia era como uma montanha-russa despencando de repente. "Não é dela? Ela não está grávida." Ao ouvir a confissão, ele não pôde evitar se sentir um pouco decepcionado. Sempre quis que ela engravidasse, mas a vigilância dela com métodos contraceptivos era irritantemente impecável. Com os lábios finos e apertados, ele perguntou: — Então
Lorena voltou para a mansão, mas não viu Guilherme, e Vítor informou que ele ainda não havia retornado. Ela olhou para o relógio na sala de estar; já eram sete e meia, e, normalmente, a essa hora, ele já estaria de volta. Pegou o celular e notou que o homem não havia enviado nenhuma mensagem para ela. Instintivamente, arqueou uma sobrancelha e, em seguida, digitou algo rapidamente e enviou. Naquele momento, Guilherme, que ainda estava no escritório fazendo hora extra, permanecia sentado na posição principal da sala de reuniões. Seu rosto imponente e refinado exibia uma expressão glacial, e seus olhos penetrantes, como se embebidos em tinta negra, emanavam uma frieza assustadora que fazia qualquer um estremecer. Ninguém se atrevia a abrir a boca. O presidente da empresa estava claramente insatisfeito com os projetos apresentados pela equipe. No início, ele teve paciência para apontar os problemas, mas, com o passar do tempo, a pressão na sala aumentou. Era como estar à beira d
O homem observava os lábios vermelhos e sedutores dela, que se abriam e fechavam, enquanto seus olhos se enchiam subitamente de um brilho ardente. Sentiu uma vontade imensa de puxá-la para seus braços e apertá-la com força. Ele sorriu indulgentemente e disse: — Está bem. Lorena, segurando o computador, se sentou no tapete. O notebook estava apoiado na mesa à sua frente, e ela puxou uma almofada do sofá atrás dela para abraçar. Guilherme, por sua vez, lançou um olhar furtivo na direção dela. Aquele rosto delicado, de pele clara e ligeiramente rosada, estava excepcionalmente concentrado diante da tela do computador. Suas mãos repousavam no teclado, digitando sem parar por um único segundo. Ele não fazia ideia do que ela estava escrevendo. O escritório estava envolto em uma harmonia peculiar. Exceto pelo francês fluente e agradável que ocasionalmente escapava dos lábios de Guilherme, só se ouvia o som suave das teclas sendo pressionadas por Lorena. Era uma cena surpreendenteme
Lorena primeiro depositou um beijo na testa dele e, em seguida, deslizou até os lábios finos do homem. Aquela posição para beijar... era a primeira vez para ambos. Ela pretendia apenas um selinho leve, mas, assim que tentou se afastar, o homem segurou sua nuca com uma das mãos, trazendo seus lábios de volta. Ele mordiscou suavemente os lábios dela, invadindo sua boca e assumindo o controle. As línguas dançavam juntas de maneira íntima, como se ele estivesse saboreando a mais deliciosa iguaria da Terra. Quando o beijo se tornou tão intenso que parecia não ter fim, foi Guilherme quem decidiu interromper. Ambos ficaram ofegantes, com os rostos escondidos no pescoço um do outro. A voz rouca de Guilherme soou ao pé do ouvido dela: — Sra. Santos, tem algo importante para me dizer? Lorena levou alguns segundos para recuperar o fôlego antes de se endireitar e, limpando a garganta, respondeu: — Que tal fazermos um check-up amanhã? Guilherme franziu o cenho, confuso: — Por qu
Heitor logo voltou. As pessoas encarregadas de proteger a Sra. Santos, escondidas nas sombras, nunca haviam se afastado, então bastou a ele fazer algumas perguntas para descobrir tudo. Ele relatou, em detalhes, com quem Lorena esteve ontem, aonde foi e quem encontrou. O homem estava meio reclinado na cadeira de escritório, com as pernas cruzadas em uma postura casual, mas ainda assim imponente, típica de um líder. Ele ouvia calmamente o relato. Depois de um momento, arqueou ligeiramente as sobrancelhas e perguntou: — Hospital? Quem está grávida? Heitor respondeu: — Sr. Guilherme, é a Srta. Ângela. Guilherme ficou levemente surpreso por alguns segundos antes de perguntar de maneira casual: — Reginaldo não sabe, certo? Nesse momento, Heitor hesitou por um instante antes de responder: — Acredito que o Sr. Reginaldo ainda não saiba. Nossos homens perguntaram ao médico, e ele mencionou que parece que a Srta. Ângela está pensando em abortar o bebê. Os lábios de Guilherm