Onze horas. Lorena recebeu uma mensagem de Lavínia. Lavínia escreveu: [Querida, vou chegar na Cidade B às três da tarde, vem me buscar~] Lorena respondeu: [Você não voltaria só na próxima terça?] Lavínia continuou: [Ah, os planos mudaram. Não vou explicar agora, estou embarcando, conversamos depois.] Lorena respondeu: [Ok.] ... Ao meio-dia, Guilherme, como de costume, veio buscá-la para almoçar no Restaurante Glicínia. Parecia que os dois já estavam acostumados com essa rotina. O ritmo do desenvolvimento era tão rápido que Lorena achava que estava sonhando. Quanto ao beijo da noite anterior, nenhum dos dois mencionou palavra nenhuma. — A propósito, a que horas vamos voltar à tarde? — Lorena perguntou enquanto comia, porque ela iria buscar Lavínia e provavelmente não voltaria ao trabalho. Guilherme parou o que estava fazendo, olhou para ela com ternura nos olhos e disse: — Sem pressa, por volta das seis horas, por quê? Tem algum compromisso? Normalmente, ele
O som estrondoso fez com que Lorena franzisse o rosto, sentindo o coração quase saltar para fora. Ela já sabia que isso ia acontecer, por isso não disse nada no carro.Depois de soltar um grito, Lavínia ficou sentada no sofá, parecendo um pouco atordoada. Com uma mão no peito, tentando se acalmar, murmurando para si mesma:— Deixa eu me acalmar, deixa eu digerir isso. — Lorena fez uma pausa. — Eu só fiquei fora por um mês, como é que você se casou tão rápido? Lavínia perguntou, ainda segurando o peito e encarando ela.Lorena nem teve tempo de responder, quando ouviu Lavínia falar novamente:— Tudo bem se casar rápido, mas a pessoa com quem você se casou é um figurão assustador! — Lorena preferiu ficar em silêncio, esperando que ela processasse tudo por conta própria. — Querida, você sabe com quem se casou tão rápido? Lavínia perguntou, arregalando os olhos.— Não sabia quando assinamos, mas descobri depois. — Lorena respondeu obedientemente.Lavínia segurou o peito novamente, respir
Guilherme olhou às duas mulheres que conversavam em voz baixa perto dele, e um sorriso suave apareceu em seus lábios, como brisa de primavera.Raramente vi a Lorena tão animada, ela que normalmente era mais reservada.Lavínia lançou outro olhar furtivo para o rosto deslumbrante do Guilherme e, com um sorriso nos lábios, deu um leve toque no ombro da Lorena, dizendo:— Querida, você está com tudo, hein? Esse Sr. Guilherme é um verdadeiro tesouro: corpo, beleza estonteante, dinheiro, poder e influência, nem precisamos mencionar.Lorena hesitou por um momento.Lavínia arqueou as sobrancelhas de maneira travessa e perguntou em voz baixa:— Você está com sorte, hein? Falando nisso, o Sr. Guilherme é bom de cama?Lorena realmente queria abrir a cabeça dela para ver o que havia lá dentro!— Lavínia, se você continuar falando besteira, vou confiscar todo o seu bônus deste ano! — Lorena estreitou os olhos amendoados, falando em tom ameaçador.Ao ouvir que o bônus poderia ser confiscado, Lavínia
Assim que terminou de falar, ela viu o sorriso no rosto do homem se tornar cada vez mais evidente, como se ele estivesse genuinamente feliz.Logo em seguida, sua visão escureceu, e lábios finos e frios cobriram os dela. Durou apenas alguns segundos, então ele se afastou, e a voz grave e magnética dele soou novamente dentro do carro.Ele disse:— Para você, uma recompensa.Lorena não sabia o que dizer.Ela havia dito que nunca gostara de Felipe, então por que ele considerava aquele beijo uma recompensa?As bochechas quentes dela alertavam do quanto estava envergonhada naquele momento...Do lado de fora do carro, Lavínia não conseguiu conter alguns gritinhos de empolgação, chegando a bater os pés de excitação.— Meu Deus, meu Deus, eles se beijaram, eles se beijaram!Ela só conseguiu se acalmar quando o carro preto saiu do seu campo de visão.Lavínia nunca imaginou que um dia sua melhor amiga conquistaria Guilherme, um homem tão rico e poderoso. Isso era incrível. A família Santos era u
Guilherme segurou a mão dela e entrou pela porta do pátio antigo. Eles atravessaram um longo corredor iluminado, e o que surgiu diante deles foi um quarto chamado "Quarto do Sossego".Nesse momento, Guilherme explicou:— O Quarto do Sossego é onde meu avô mora. A velha Mansão da família Santos tem três jardins. Os outros dois, um é dos meus pais e do meu irmão, e o outro é meu.Lorena entendeu.— E como se chamam os outros dois? — Lorena perguntou curiosa.— Quarto das Estrelas e Quarto dos Sonhos. — Respondeu Guilherme.— Foram nomes dados pelo seu avô? — Lorena achou os nomes bem interessantes.Guilherme disse:— Sim, exatamente.Lorena achou que os nomes tinham um toque especial.Assim que entraram no Quarto do Sossego, a decoração e os móveis da Mansão transmitiram uma sensação visual confortável.Na Mansão, o velho mordomo da família Santos e alguns empregados estavam presentes. Ao verem os recém-chegados, o mordomo imediatamente exclamou:— O Sr. Guilherme voltou.— Tio Osvaldo.
Michele ainda não havia chegado, mas sua voz já ecoava pelo ambiente.Lorena ouviu a voz, se virou e olhou para trás, avistando uma mulher elegante, vestida com um vestido vintage, entrando na sala. Ela estava acompanhada por um homem de meia-idade, vestido com um terno impecável.A mulher parecia extremamente bem conservada, com a pele lisa como porcelana, ainda irradiando charme e elegância.O homem tinha uma postura imponente, era gentil e refinado, e nos seus traços havia uma vaga semelhança com o Guilherme, especialmente nos olhos sedutores, idênticos aos do filho. Mesmo com a idade, era evidente que foi um homem muito bonito na sua juventude.Esses genes eram realmente fortes, não era de se admirar que tivessem gerado alguém tão atraente como Guilherme.Sem dúvida, esses eram os pais de Guilherme.— Pai, mãe! — Guilherme chamou.Lorena ainda não teve tempo de dizer nada.Michele, com o rosto cheio de insatisfação, disse:— Moleque ingrato, está com a namorada e esquece da mãe, nã
Depois foi hora de jantar, mas o irmãozinho do Guilherme, que estava no exterior a negócios, ainda não havia retornado.Durante a refeição, Lorena finalmente entendeu o por que do Guilherme ser tão rigoroso com a etiqueta na mesa. Além de ter sido treinado desde pequeno, ele também era influenciado pelo ambiente ao seu redor.Os anciãos da família Santos estavam muito satisfeitos com Lorena. Ela não era submissa nem arrogante, era gentil, educada e muito confiante, características que se alinhavam perfeitamente com aquilo que a família Santos esperava de uma nora.Embora Lorena viesse de uma família como os Amorim, que era oportunista e mesquinha, ela ainda assim mantinha seus princípios e independência, o que a tornava ainda mais querida pelos mais velhos.Depois do jantar, Michele não desgrudou da Lorena, puxando ela para conversar continuamente. Elas falaram sobre o Guilherme desde a infância até os dias atuais. Foi através da Michele que Lorena soube que, até os dez anos, Guilherme
Lorena ouviu as palavras da Michele, estreitando levemente seus belos olhos amendoados. Mamãe conhecia Michele? Mas ela nunca havia mencionado isso à Lorena.Michele, ao ver a expressão dela, percebeu que ela não se lembrava de nada.— Não é de se estranhar que você não tenha lembranças, na época você tinha pouco mais de dois anos. — Disse Michele.Lorena parou por um momento.Ela realmente não se lembrava de nada com dois anos de idade, não tinha nenhuma recordação, provavelmente só comia, dormia e fazia suas necessidades na época.Neste momento, Michele pegou um álbum de fotos um pouco antigo e amarelado de um armário ao lado.Esse álbum sempre esteve guardado na Mansão do Davi.Lorena olhou curiosa para o álbum.— O que é isso? — Perguntou ela.Michele entregou a ela o álbum diretamente e disse:— Abra e veja por si mesma.Lorena pegou o álbum e abriu na primeira página, revelando um menino rechonchudo e completamente nu. O garoto tinha um rosto muito fofo e, na segunda, terceira...