Assim que terminou de falar, ela viu o sorriso no rosto do homem se tornar cada vez mais evidente, como se ele estivesse genuinamente feliz.Logo em seguida, sua visão escureceu, e lábios finos e frios cobriram os dela. Durou apenas alguns segundos, então ele se afastou, e a voz grave e magnética dele soou novamente dentro do carro.Ele disse:— Para você, uma recompensa.Lorena não sabia o que dizer.Ela havia dito que nunca gostara de Felipe, então por que ele considerava aquele beijo uma recompensa?As bochechas quentes dela alertavam do quanto estava envergonhada naquele momento...Do lado de fora do carro, Lavínia não conseguiu conter alguns gritinhos de empolgação, chegando a bater os pés de excitação.— Meu Deus, meu Deus, eles se beijaram, eles se beijaram!Ela só conseguiu se acalmar quando o carro preto saiu do seu campo de visão.Lavínia nunca imaginou que um dia sua melhor amiga conquistaria Guilherme, um homem tão rico e poderoso. Isso era incrível. A família Santos era u
Guilherme segurou a mão dela e entrou pela porta do pátio antigo. Eles atravessaram um longo corredor iluminado, e o que surgiu diante deles foi um quarto chamado "Quarto do Sossego".Nesse momento, Guilherme explicou:— O Quarto do Sossego é onde meu avô mora. A velha Mansão da família Santos tem três jardins. Os outros dois, um é dos meus pais e do meu irmão, e o outro é meu.Lorena entendeu.— E como se chamam os outros dois? — Lorena perguntou curiosa.— Quarto das Estrelas e Quarto dos Sonhos. — Respondeu Guilherme.— Foram nomes dados pelo seu avô? — Lorena achou os nomes bem interessantes.Guilherme disse:— Sim, exatamente.Lorena achou que os nomes tinham um toque especial.Assim que entraram no Quarto do Sossego, a decoração e os móveis da Mansão transmitiram uma sensação visual confortável.Na Mansão, o velho mordomo da família Santos e alguns empregados estavam presentes. Ao verem os recém-chegados, o mordomo imediatamente exclamou:— O Sr. Guilherme voltou.— Tio Osvaldo.
Michele ainda não havia chegado, mas sua voz já ecoava pelo ambiente.Lorena ouviu a voz, se virou e olhou para trás, avistando uma mulher elegante, vestida com um vestido vintage, entrando na sala. Ela estava acompanhada por um homem de meia-idade, vestido com um terno impecável.A mulher parecia extremamente bem conservada, com a pele lisa como porcelana, ainda irradiando charme e elegância.O homem tinha uma postura imponente, era gentil e refinado, e nos seus traços havia uma vaga semelhança com o Guilherme, especialmente nos olhos sedutores, idênticos aos do filho. Mesmo com a idade, era evidente que foi um homem muito bonito na sua juventude.Esses genes eram realmente fortes, não era de se admirar que tivessem gerado alguém tão atraente como Guilherme.Sem dúvida, esses eram os pais de Guilherme.— Pai, mãe! — Guilherme chamou.Lorena ainda não teve tempo de dizer nada.Michele, com o rosto cheio de insatisfação, disse:— Moleque ingrato, está com a namorada e esquece da mãe, nã
Depois foi hora de jantar, mas o irmãozinho do Guilherme, que estava no exterior a negócios, ainda não havia retornado.Durante a refeição, Lorena finalmente entendeu o por que do Guilherme ser tão rigoroso com a etiqueta na mesa. Além de ter sido treinado desde pequeno, ele também era influenciado pelo ambiente ao seu redor.Os anciãos da família Santos estavam muito satisfeitos com Lorena. Ela não era submissa nem arrogante, era gentil, educada e muito confiante, características que se alinhavam perfeitamente com aquilo que a família Santos esperava de uma nora.Embora Lorena viesse de uma família como os Amorim, que era oportunista e mesquinha, ela ainda assim mantinha seus princípios e independência, o que a tornava ainda mais querida pelos mais velhos.Depois do jantar, Michele não desgrudou da Lorena, puxando ela para conversar continuamente. Elas falaram sobre o Guilherme desde a infância até os dias atuais. Foi através da Michele que Lorena soube que, até os dez anos, Guilherme
Lorena ouviu as palavras da Michele, estreitando levemente seus belos olhos amendoados. Mamãe conhecia Michele? Mas ela nunca havia mencionado isso à Lorena.Michele, ao ver a expressão dela, percebeu que ela não se lembrava de nada.— Não é de se estranhar que você não tenha lembranças, na época você tinha pouco mais de dois anos. — Disse Michele.Lorena parou por um momento.Ela realmente não se lembrava de nada com dois anos de idade, não tinha nenhuma recordação, provavelmente só comia, dormia e fazia suas necessidades na época.Neste momento, Michele pegou um álbum de fotos um pouco antigo e amarelado de um armário ao lado.Esse álbum sempre esteve guardado na Mansão do Davi.Lorena olhou curiosa para o álbum.— O que é isso? — Perguntou ela.Michele entregou a ela o álbum diretamente e disse:— Abra e veja por si mesma.Lorena pegou o álbum e abriu na primeira página, revelando um menino rechonchudo e completamente nu. O garoto tinha um rosto muito fofo e, na segunda, terceira...
Ainda bem que o carro do Guilherme tinha configurações de alta qualidade.Lorena só sofreu um pequeno impacto.Guilherme ficou completamente paralisado e parou o carro bem no meio da estrada. Há pouco, Lorena tinha dito muito seriamente:— Sua mãe me mostrou uma foto sua quando você era pequeno, completamente nu, sem nada coberto.Foi por isso que Guilherme pisou no freio de emergência.— Completamente nu. Eu não esperava que você fosse tão fofo quando era pequeno. — Lorena o olhou, imóvel no banco do motorista, e ergueu o canto da boca, dizendo outra frase em tom leve e brincalhão.Naquele momento, ele respondeu com uma pergunta, estendendo inconscientemente a última sílaba:— Sériooo?Lorena não percebeu a malícia que brilhou nos olhos dele e respondeu:— Sim, e você era todo fofinho e rechonchudo.Como o sábio e imponente Sr. Guilherme poderia imaginar que sua imagem fria seria arruinada por uma foto de quando era bebê? E ainda por cima, vista por sua própria esposa.— Então estamos
A respiração do homem tocava a pele ao redor da orelha da Lorena, provocando seus nervos, e isso já era suficiente para perturbá-la. Mas seu foco estava na frase que ele acabara de dizer.— Como... como você sabe disso? — Lorena perguntou, aterrorizada e com a voz fraca.Ele sabia que ela tinha uma pequena pinta vermelha no lado esquerdo do peito e outra no quadril, partes tão íntimas que...Guilherme inclinou levemente a cabeça, um sorriso sutil nos lábios, seus olhos negros e profundos cheios de uma provocação ambígua, fixos na lateral do rosto dela e no pescoço alvo logo abaixo da linha do maxilar.Ele se aproximou ainda mais, seus lábios finos e frios roçando suavemente o lóbulo da orelha dela, um toque que parecia acidental, mas claramente intencional.Um arrepio percorreu cada célula do corpo da Lorena, deixando ela tensa e com um frio na espinha, uma reação puramente física.A voz baixa e cheia de uma forte e sedutora magnetude ressoou novamente em sua orelha.— Porque fui eu q
Ao ouvir isso, Lorena balançou a cabeça e disse:— Espero que você não recue quando chegar a hora.Lorena conhecia bem o temperamento da Lavínia; ela era corajosa só da boca para fora.— A propósito, vocês voltaram juntos à velha Mansão da família Santos ontem à noite, mas não passaram a noite lá e cada um voltou para sua própria casa? Vocês são realmente casados? — Lavínia perguntou, intrigada.Lorena ponderou por um momento.Ela lembrou-se daquilo que o Guilherme disse antes de saírem do carro na noite anterior.O homem segurou sua mão, seus olhos profundos a fitavam com ternura: "Venha morar comigo, ou eu vou morar com você."Ela ficou atordoada na hora; afinal, ainda não estava preparada psicologicamente para morar junto.O homem então lhe deu uma garantia, dizendo: "Não se preocupe, enquanto você não estiver completamente pronta, eu não vou tocar em você. Eu só quero te conhecer melhor, cuidar de você, e você vai ter que se acostumar com a minha presença eventualmente..."Lorena r