Sr. Tiago chamou Lorena sozinha para o escritório.Na sala de estar, naturalmente, restaram apenas três pessoas: os irmãos Marcelo e Danilo, além de Guilherme, que estava sozinho.Mesmo não estando em seu próprio território, aquele homem carregava uma aura de rei.Assim que Sr. Tiago e Lorena saíram, a poderosa presença que ele vinha suprimindo foi liberada de imediato.Mesmo sentado, ele parecia um imperador que dominava o mundo.Danilo se sentia bastante desconfortável, como se estivesse sentado sobre espinhos. Dizem que, quando rivais no amor se encontram, faíscas voam.Ele também não queria se envolver no silencioso campo de batalha entre aqueles dois homens, então encontrou uma desculpa para sair, afinal, sua tarefa estava cumprida.Guilherme cruzou as pernas e se recostou no sofá, com uma postura descontraída e confortável, como se estivesse em sua própria casa.A mão longa e bem delineada do homem repousava casualmente sobre o joelho, enquanto a ponta do dedo girava levemente o
Duas horas depois.Guilherme saiu da mansão da família Barros com as mãos dadas com Lorena.Tiago queria que Lorena ficasse para o jantar, mas, se ela ficasse, o outro também teria que ficar, então ele decidiu que nenhum dos dois ficaria.— O que você estava conversando com o Marcelo lá embaixo? Assim que entrou no carro, Lorena fez uma pergunta, principalmente porque, quando saiu, viu que Marcelo estava com uma expressão estranha. Ele raramente mostrava esse tipo de emoção: distraído e abatido.Guilherme brincava com os dedos dela e respondeu calmamente: — Conversamos sobre assuntos de homens.Lorena ficou sem palavras. No entanto, deu uma explicação breve: — Eu só vejo o Marcelo como um irmão.Ao ouvir isso, o homem sorriu levemente: — Eu sei, afinal, sou mais excelente que qualquer um. Até um tolo escolheria a mim.Lorena ficou sem palavras novamente. Ele realmente tinha a pele bem grossa, mas essa confiança era algo de que ela até gostava. Dessa vez, não respondeu, apen
Lorena resolveu a questão de Ricardo e, assim que saiu, encontrou Guilherme voltando de seus afazeres.Ao vê-la, a frieza e o ar ameaçador do homem se transformaram instantaneamente em ternura e suavidade. Ele deu alguns passos largos até ela e, ao segurar sua mão pequena, seu olhar ficou sério, e suas sobrancelhas espessas se franziram levemente.— Por que sua mão está tão fria?Em seguida, ele envolveu a outra mão dela na palma grande e quente dele, percebendo que estava igualmente gelada. Seu rosto se contorceu em descontentamento.— O Espectro não ligou o aquecedor para você?Espectro, que estava saindo pela esquerda, ouviu a frase inesperadamente. Ele hesitou, sem saber se deveria continuar andando ou parar."Estamos apenas em outubro, o tempo está só um pouco frio, não é para tanto que precise de aquecimento." Pensou.Ao ver Guilherme, um leve sorriso sempre se formava nos lábios de Lorena. Ela disse:— Estou bem, só lavei as mãos agora.Ela tinha acabado de resolver as coisas p
Cinco dias já haviam se passado desde que Lorena voltou do País M.Hoje, a temperatura em Cidade B caiu bruscamente; quando ela saiu de manhã, o sol ainda brilhava suavemente. Agora, o céu lá fora estava coberto por uma névoa sombria, e logo começou a cair uma leve garoa. O clima de Cidade B podia ser imprevisível às vezes.Lorena estava em pé diante da janela panorâmica do escritório, observando as gotas de chuva cristalinas que escorriam pelo vidro transparente. O reflexo de sua figura esguia aparecia no vidro quando, de repente, se ouviu uma batida na porta, seguida pela voz de Henrique.Ela respondeu com uma única palavra: — Entre.Henrique abriu a porta, e só então Lorena se virou lentamente e voltou a se sentar atrás da mesa.— Presidente Lorena, este é um pacote que acabou de chegar à recepção, endereçado à senhora. — Disse Henrique, entregando o envelope. — A recepção informou que a pessoa que entregou o pacote insistiu que fosse entregue diretamente em suas mãos.Lorena nã
Mesmo estando grávida, Melissa não conseguiu o que queria, pois Samuel e Nina usaram a gravidez como desculpa, dizendo que ela não estava em condições de organizar o casamento e que só falariam sobre isso depois que o bebê nascesse.— Mãe, o que vamos fazer agora?As duas conversavam no quarto.Melissa estava ansiosa e apreensiva.— Essa criança não pode nascer. — Com o rosto pálido e cheio de aflição, Melissa olhava para Lúcia e sussurrava.Lúcia também não estava em melhores condições. Com uma expressão de desapontamento, ela repreendeu em voz baixa:— Você, hein? Já estava com Felipe e ainda se envolveu com outra pessoa! Sempre foi tão esperta, como pode ser tão confusa numa situação dessas?Ela jamais imaginaria que a filha estava grávida de outro que não de Felipe.Melissa ficou em silêncio. Ela também não queria isso, mas naquela noite, depois que os amigos a convidaram para sair, ela bebeu demais e acabou perdendo o controle.Na verdade, ela nem sabia ao certo de quem era a cria
Quando Henrique veio entregar os documentos, viu que a Presidente Lorena estava com uma expressão pensativa, o que o deixou um pouco intrigado. Era raro vê-la com aquela expressão.Preocupado, ele perguntou:— Presidente Lorena, você não está se sentindo bem?Ao ouvir a pergunta, Lorena saiu de seus devaneios e respondeu de forma despreocupada:— Não, está tudo bem, só não dormi bem ontem à noite.Henrique pensou consigo mesmo, "Não dormiu bem ontem à noite?"De repente, ele se lembrou de que a Presidente Lorena era uma mulher casada, e o marido dela era como um rei, um dos homens mais poderosos da Cidade B."Atividades noturnas entre o casal, né..." Ele fez uma cara de quem entendia a situação e, em seguida, colocou os documentos sobre a mesa.— Este é o novo plano de cooperação. Eu já revisei e não vi nenhum problema.Lorena nem percebeu a expressão dele. Confiando plenamente em Henrique, ela não revisou o conteúdo do documento e foi direto para a página de assinatura, onde assinou
À tarde, Lorena passou o tempo todo atendendo ligações ou respondendo mensagens. Ela simplesmente não conseguia se concentrar no trabalho. Não demorou muito para que, após um breve momento de tranquilidade, o celular que ela tinha acabado de largar voltasse a tocar... Ela fechou os olhos por um instante e soltou um longo suspiro. — Querida, feliz aniversário! Eu te enviei um presente, deve chegar hoje. Sem verificar quem era, assim que atendeu, a voz de Noemi veio do outro lado da linha. O tom frio que estava prestes a usar mudou completamente, e ela respondeu com suavidade: — Ok, vou abrir quando chegar em casa. Noemi disse: — Eu sei que você não gosta de festas de aniversário, senão eu com certeza teria voado até aí ontem à noite para te ver. As duas conversaram por mais alguns minutos até que Noemi foi chamada pela assistente e desligou. As ligações e mensagens que ela tinha recebido até então eram todas de pessoas desejando feliz aniversário e avisando sobre p
Na sala privada. Lavínia tentava incessantemente encontrar um assunto. Os olhos brilhantes de Lorena a observavam com desconfiança. Ela sabia que Lavínia sempre falava muito, mas percebeu que, de vez em quando, ela olhava para o relógio, o que não combinava com sua personalidade. Discretamente, Lorena tomou um gole de água com limão e perguntou casualmente: — Lavínia, você marcou com mais alguém? Ao ouvir isso, Lavínia negou prontamente: — Claro que não. A resposta foi ainda mais estranha. Lavínia, que sempre era despreocupada, deixou transparecer um leve traço de nervosismo em seu olhar. Embora achasse que havia disfarçado bem, Lorena notou a mudança em seu comportamento. Mas não tinha intenção de confrontá-la. Meia hora depois, Lavínia se levantou e disse: — Lorena, vou ao banheiro, bebi muita água. Quer ir também? Lorena assentiu levemente e respondeu com indiferença: — Não, pode ir. Ela não pensou muito sobre isso, afinal, Lavínia realmente tinha bebido m