— Edson, Guilherme sempre valorizou muito a sua família. Você não tem medo de que, caso tudo isso venha à tona, ele descubra que foi você quem armou para ele? — Indagou Lorena.— Se não fosse por você, eu nunca teria passado tanta humilhação na frente de toda a nova geração da família Santos. E ele, sem considerar tudo o que a nossa família já fez por ele, ainda ousou me proibir de entrar na antiga Mansão dos Santos, na frente de todo mundo! Ele estava me desrespeitando, humilhando toda a minha família! — A expressão de Edson parecia distorcida de raiva. — Você acha que ele só me proibiu de entrar na Mansão? Sabe o que mais ele fez? Mandou cortar todas as minhas fontes de renda! Agora, me diga, eu devo ou não cobrar isso de você?Edson de repente se aproximou, rangendo os dentes enquanto falava.Lorena instintivamente se inclinou para trás, e ao ver isso, Edson estendeu rapidamente a mão para agarrar o queixo dela, o apertando com força para forçá-la a erguer a cabeça.Ele teve que adm
Na última vez, na antiga Mansão da família Santos, Lorena não chegou a lutar, então Edson até agora pensava que ela era apenas um pouco mais forte do que o normal, sem saber o quão alto era seu nível de habilidade em combate.Mas agora ele presenciava.Surpreso, chocado!Essas eram as únicas palavras que restavam em sua mente e em seus olhos.Os movimentos de luta dela eram incrivelmente rápidos, e a força de seus golpes era impressionante. Cada movimento tornava difícil para os quatro seguranças se defenderem, e eles simplesmente não conseguiam atingi-la. Só podiam apanhar.Era a primeira vez que os quatro seguranças viam um corpo tão pequeno conter tanta força. A velocidade de seus golpes era extraordinária, e a força que ela demonstrava superava até mesmo a de um homem robusto.Eles não se atreviam a subestimá-la, mas isso não adiantou nada...Três minutos.Os quatro homens estavam caídos no chão aos pés de Edson, todos com expressões de dor e surpresa estampadas em seus rostos.E L
Seguindo atrás de Guilherme, Pietro e João também notaram Lorena no Range Rover.Pietro freou bruscamente.— Não estou vendo coisas, né? O carro que acabou de passar era o da Lorena, certo? — Pietro olhou para João, que estava no banco do passageiro, e perguntou.Eles tentaram impedir, mas não conseguiram, pois o carro passou rápido demais.— Era ela, sim. Mas por que ela estava dirigindo tão rápido? Parece que está com pressa. — João franziu as sobrancelhas e comentou.Logo em seguida, viram o sedã preto à frente. Guilherme saiu do carro e entrou no banco do motorista, fazendo uma manobra rápida para virar e perseguir o Range Rover preto de Lorena."O que está acontecendo?"Os dois imediatamente perceberam que havia algo errado.Arthur saiu do carro e correu até eles.— Por que o chefe assumiu o volante? — Pietro perguntou.— Sr. Pietro, Sr. João, acabamos de receber a notícia de que havia uma bomba no carro do Sr. Edson, e foi exatamente esse que a senhora levou. — Arthur disse apres
A tranquilidade de Lorena deixou Emanuel muito surpreso. Diante de tudo o que estava acontecendo no carro, ela não demonstrou nenhum sinal de pânico. Se fosse outra garota, provavelmente já estaria apavorada, chorando e soluçando. No entanto, naquele momento, o carro não só tinha uma bomba-relógio, como também os freios estavam com defeito, algo que eles não tinham previsto. O problema mais urgente agora era que o carro não conseguia parar, e ela não conseguia sair com segurança. A única maneira de forçar o carro a parar era usando algum obstáculo para reduzir a velocidade. Mas ali era uma estrada rural, com pouquíssimos obstáculos. A voz grave de Guilherme soou através do fone de ouvido dela: — Lorena, me escute, Heitor vai posicionar um obstáculo na próxima bifurcação. Você... Antes que ele terminasse de falar, Lorena o interrompeu, pois sabia o que ele pretendia fazer. — Não. Isso pode ferir inocentes. Não sabemos o alcance da explosão. Mas Guilherme não se impor
Pietro e João chegaram ao hospital depois de resolverem a situação. Junto com eles veio Edson, que foi levado diretamente para a emergência. João ficou na praia lidando com o carro que explodiu, enquanto Pietro foi à fábrica de metal, algo de que se arrependeria profundamente. Em toda a sua vida, nunca tinha visto uma cena tão repugnante e perturbadora. — Como está Lorena? Nada sério, certo? — João perguntou a Guilherme, que acabara de sair do quarto. — Não, só torceu o tornozelo. — Respondeu Guilherme com o rosto sombrio. — O carro que Lorena estava dirigindo era o mesmo que Edson tinha levado. O alvo não era ela, e sim Edson. Só que ninguém esperava que ela saísse com o carro dele. — João explicou. — Quanto ao motivo de terem atacado Edson de repente, ainda não sabemos. Guilherme perguntou friamente: — Onde está Edson? Pietro esfregou o queixo. — Na sala de emergência, com o outro pulso quebrado. — Ele deu uma leve tossida antes de continuar. — Além disso, foi dro
Assim que Inês saiu, Lavínia chegou.Ela entrou apressada e disse, assustada:— Lorena, você quer me matar do coração! Acabei de saber pelo Murilo que você se machucou. Quase morri de preocupação.Lorena deu um sorriso e respondeu:— Não se preocupe, eu estou bem. Só torci o tornozelo.— Me conta logo, o que aconteceu? Você estava na empresa, como se machucou de repente? — perguntou Lavínia, ainda surpresa. Quando saiu da empresa, fez questão de lembrar Lorena para ir para casa mais cedo. Quem diria que, uma noite depois, já ouviria que ela tinha ido parar no hospital.Lorena contou a ela o que havia acontecido, mas não mencionou o fato de ter uma bomba no carro.A explosão foi tão forte que a polícia certamente recebeu a informação, mas provavelmente Guilherme cuidou para que tudo fosse abafado. Por isso, não houve nenhuma cobertura na mídia.Lavínia teve que admitir que sua amiga era mesmo corajosa. Ela sabia que Lorena era boa de briga, mas um sequestro não era brincadeira.— Ah, a
— Félix?Lorena franziu ligeiramente as sobrancelhas e, após pensar por um instante, se lembrou do nome na lista dos ramos secundários da família Santos. Ele era filho de Yago, do segundo ramo.Ela não pretendia esconder nada, então disse diretamente:— Ele é seu cunhado.Do outro lado da linha, Max estava preguiçosamente deitado no sofá e quase caiu ao ouvir aquela frase.— Espera aí, o que você acabou de dizer? Que cunhado? Quem é o cunhado? De onde apareceu um cunhado? — Max gritou ao telefone.— Te explico melhor depois. Agora estou ocupada. É isso. — Respondeu Lorena.Antes que Max pudesse obter qualquer resposta, Lorena desligou o telefone sem hesitar.Ele ficou olhando, perplexo, para o aparelho que acabara de ser desligado.Coincidentemente, Dora entrou na sala, e Max comentou:— Dora, Lore acabou de me dizer que eu tenho um cunhado. O que isso significa?Dora ficou em silêncio por um segundo.— Sr. Max, a Srta. Lorena deve ter arrumado um namorado.Max imediatamente ficou inqu
No hospital.Lorena leu atentamente todas as informações que Max havia encontrado. Assim que terminou de ler, Guilherme retornou.O homem se sentou na cadeira ao lado da cama. Em seguida, pegou uma maçã do cesto de frutas e, com uma faca, começou a descascá-la. Aquelas mãos longas e bem definidas pareciam estar sendo desperdiçadas em uma tarefa tão simples como a de descascar uma maçã.Lorena ficou olhando fixamente para aquelas mãos enquanto ele descascava a fruta.— Ah, a propósito, preciso lhe contar uma coisa.— O que seria?— Ontem fui capturada de propósito, então isso não tem nada a ver com a Inês e os guarda-costas ocultos. Eles não falharam em seu dever. Portanto, se houver alguma punição, você pode dispensá-la.O homem continuou descascando a maçã com a cabeça baixa e, após um breve instante, respondeu:— Tudo bem, faço como você quer.Nesse momento, Murilo entrou usando um jaleco branco.Ao ver Guilherme descascando uma maçã, ficou levemente surpreso. Não esperava ver esse h