Elas chegaram à mansão exatamente às sete horas.Era a primeira vez que Lorena visitava a Mansão do Sol, pois antes apenas ouvira falar dela. Ao vê-la com seus próprios olhos, só havia uma frase para descrevê-la: "Deslumbrante e majestosa."O mordomo Vítor já as esperava na entrada, acompanhado por um grande grupo de empregados. Lorena ficou um pouco surpresa ao ver toda aquela recepção. Isso... não seria um pouco exagerado?Após descer do carro, Durval permaneceu o tempo todo ao lado de Lorena. Com a presença dela, o humor de Durval não oscilava muito. No entanto, até ele se surpreendeu um pouco com toda aquela recepção. O número de empregados era quase absurdo.Vítor já havia visto fotos de Lorena antes, então a reconheceu de imediato. Além disso, sua postura nobre e fria, com aquela aura única de uma senhora da casa, tornava impossível ignorar sua presença imponente.— Sra. Santos, seja bem-vinda de volta. — Disse Vítor, se aproximando com um tom gentil e respeitoso.Assim que Víto
Quando ela chegou à janela, não viu nada. Lorena franziu ligeiramente a testa. Será que estava tendo uma alucinação? Ela tinha certeza de que acabara de ouvir o rugido de uma fera. Quando estava prestes a se virar e voltar, a porta do quarto se abriu. Sua percepção aguçada notou imediatamente, e ela se virou bruscamente. Suas pupilas se dilataram, e ela olhou, chocada, para o enorme tigre que aparecera no quarto. Ele tinha um pelo completamente branco, sem uma única mancha. Ela ficou totalmente paralisada. Como poderia haver um tigre-de-bengala dentro da Mansão? Havia apenas uma janela de vidro separando Lorena e o tigre. O tigre branco permanecia ali, rosnando ferozmente para ela, como se ela tivesse invadido seu território. Seus olhos estavam cheios de hostilidade. Lorena também ficou ali parada, observando calmamente por um momento, antes de mexer os lábios e dizer: — Olá, tigre branco, que tal conversarmos? Naquele momento, ela agradeceu mentalmente ao Sr. Ferna
Às oito da manhã do dia seguinte, a primeira coisa que Lorena fez ao abrir os olhos foi pegar o celular e, finalmente, viu que a pessoa que tanto esperava havia respondido à sua mensagem. A mensagem do marido dizia: [Ligue quando acordar.] Assim que leu, imediatamente pressionou o botão de videochamada. Ela não pensou muito na hora, na verdade, estava com muita vontade de vê-lo. Finalmente, havia entendido o que as pessoas sempre diziam: "Um dia sem ver a pessoa amada parece três anos", mas, para ela, uma única fração de segundo sem ele era como cair em um abismo sem fim. O telefone tocou algumas vezes, e ele atendeu, mas apenas no modo de voz. — Alô, marido. A voz de Lorena ao chamar "marido" era suave, doce e envolvente, com um toque rouco por ter acabado de acordar. Ela não tinha ideia do quão sedutora e provocante aquela saudação havia soado. — Amor, você está me tentando logo de manhã com essa voz? Lorena ficou um pouco confusa, e seu rosto começou a corar do outro
Onze e meia da manhã.Lorena atendeu a ligação de Guilherme pontualmente.— Você está gripado? Sua voz parece meio rouca. — Conversaram apenas algumas palavras, mas ela já havia percebido que a voz do outro lado da linha estava diferente.Guilherme tinha acabado de acordar e, por causa dos ferimentos, estava com uma leve febre, o que afetava sua voz. Ele deu uma desculpa qualquer:— Não é nada, só falei demais na reunião. — Com medo de que ela ficasse preocupada, acrescentou. — Fica tranquila, seu marido aqui é forte, isso não vai afetar sua vida feliz.Heitor, que acabava de entrar com um copo d'água, ouviu essa última frase e não pôde deixar de dar um sorriso de canto. O Sr. Guilherme realmente estava se esforçando para que a Sra. Santos não percebesse que ele estava ferido, fingindo que nada havia acontecido.Mesmo com a diferença de fuso horário entre o País M e a Cidade B, sendo apenas três e meia da madrugada, ele nem sequer tinha descansado e já havia se levantado para ligar par
— Esse atentado foi feito pelo pessoal da família Santos?João semicerrava os olhos negros, frios e afiados, parecendo um chefão sombrio e desleixado.O homem deitado na cama, que acabara de trocar os curativos, moveu levemente os lábios pálidos e finos. Sua voz rouca e grave soou ainda mais abafada:— Talvez.Talvez?Os três ficaram ligeiramente perplexos. Que tipo de resposta era essa?— Encontramos o responsável, mas nenhuma pista o aponta diretamente. Todas as evidências levam apenas a um bode expiatório. — Guilherme explicou.Pietro curvou levemente os lábios num sorriso malicioso e soltou uma risada:— É, o moleque se escondeu bem.Em seguida, João levantou uma dúvida:— Com as suas habilidades, não deveria ter se ferido, certo? — Ele acariciava o queixo anguloso com uma das mãos. — A menos que você tenha se machucado de propósito.Pietro falou:— Da última vez, o acidente de carro não deu certo. Agora você quer usar seu ferimento para atraí-lo?Guilherme escolheu ficar em silênc
— Querida, daqui a uns dias vou ter uma turnê e vou passar pelo País X. Quero te ver.Lorena ouviu a voz do outro lado da linha, e em seu rosto delicado apareceu um raro traço de carinho e ternura.— Tá bom. Como está seu corpo ultimamente? Sente algum desconforto? Se o trabalho estiver muito cansativo, tire um tempo para descansar, tá? Peça à Malena para diminuir um pouco sua agenda.Era raro ver Lorena tão tagarela, parecendo uma mãe preocupada e falante...Mas a pessoa do outro lado já estava claramente acostumada:— Sim, entendi, querida. Pode ficar tranquila, estou muito bem.Depois de trocarem algumas palavras, a pessoa do outro lado foi chamada pela assistente para voltar ao trabalho.Após desligar, Lorena fez mais uma ligação.Do outro lado, alguém atendeu rapidamente:— Alô, Lore, o que foi?Ela foi direto ao ponto:— Como está a saúde da Noemi ultimamente?— Ela fez um check-up na semana passada. Está tudo bem. Contanto que continue tomando os remédios, se exercitando e mante
Às nove da noite, Lorena, depois de se lavar e escovar os dentes, se deitou na cama e só então se deu conta de um detalhe. Ela percebeu que, do começo ao fim, nunca tinha ouvido Guilherme mencionar para onde ele estava viajando a trabalho. De repente, um zumbido suave soou, e o celular que estava em cima de sua barriga vibrou levemente. Ela o pegou e abriu o WhatsApp. O marido havia dito: [Querida, ainda estou em uma reunião aqui, provavelmente ficarei ocupado até tarde. Não me espere, vá descansar cedo.] Ela respondeu: [Ok.] [A propósito, você está viajando a trabalho dentro do país ou para o exterior?] Guilherme respondeu imediatamente: [Para o exterior. Seja boazinha e vá descansar.] Lorena olhou para as palavras "para o exterior". Ele não especificou exatamente onde estava, mas como era no exterior, certamente haveria uma diferença de fuso horário. [Certo, vá trabalhar então.] Depois, ela escolheu um adesivo com um coração e enviou. Ele respondeu: [Boa noite.]
No dia seguinte, Lorena acordou pontualmente às oito da manhã. Na noite anterior, ela também não tinha dormido bem. Parecia que havia tido um sonho, mas já se esquecera do conteúdo específico. Depois de se arrumar e trocar de roupa, desceu para tomar café da manhã. Durval já a esperava no saguão. Ela iria com Lavínia à Cidade X naquela tarde, para comemorar o aniversário de Ângela à meia-noite. Inicialmente, tinha pensado em levar Durval, mas temia que ele se sentisse desconfortável e entediado, afinal, seriam apenas três mulheres. Na noite anterior, Ângela mencionara no grupo que a comemoração seria em um bar, e, naquele momento, Lorena desistiu da ideia de levar Durval. Depois do café da manhã, ela conversou com ele. — Durval, hoje à noite não vou voltar. Vou a um lugar comemorar o aniversário de uma amiga. Pensei em te levar, mas lá não é um lugar adequado para você, e só vai ter meninas. Então, vou ter que te deixar aqui na mansão. Tudo bem? Durval respondeu com ale