Melissa voltou hoje para trabalhar no Grupo Amorim. Desde o dia em que tentou se suicidar, ela vinha se recuperando em casa.Ela acabara de sair do laboratório de perfumes e, ao passar pela sala de descanso, ouviu algumas pessoas conversando sobre algo. Ao escutar o nome "Grupo X", parou imediatamente.— Vocês viram o que está nos trending topics?— Que trending topics? Tô tão ocupada que mal tive tempo de pegar o celular.— Foi há meia hora. O Grupo X fez uma coletiva de imprensa e lançou um aromatizador chamado "Fluxo Estelar". Eles vão entrar no mercado de aromatizadores, e assim que lançaram o produto, virou um sucesso, já está nos trending topics.— Não é possível! Fizeram essa coletiva do nada, lançaram um produto novo e nem um boato antes? Como é que conseguiram manter tanto segredo assim?— Pois é, foi tipo um ataque surpresa, não vazou nada! E olha que numa reunião eu ouvi dizer que nossa empresa também estava planejando investir nessa área. Quem diria que o Grupo X ia se ante
— Meu Deus, a Sra. Santos é realmente uma mulher extraordinária. Até os produtos de aromaterapia que ela lança são únicos.Heitor e alguns outros estavam no celular, assistindo à transmissão ao vivo para aumentar o número de espectadores, tudo para apoiar a Sra. Santos, da família deles.Na verdade, a presença deles não fazia muita diferença, já que a sala de transmissão já contava com mais de quinhentas mil pessoas online, e o número continuava a crescer...A linha de aromaterapia "Fluxo Estelar" era dividida em quatro categorias, baseadas nas estações do ano: primavera, verão, outono e inverno. Cada produto aromático de cada estação era formulado com flores características daquele período, apresentando notas de cabeça, corpo e fundo.Além disso, o design das embalagens tinha como tema o "Imenso Céu Estrelado". Eram lindas e sofisticadas, e muitos internautas brincavam que só pela embalagem já valeria a pena comprar para colecionar, pois cada frasco vinha com uma frase única, sem repe
Às 5:30 da tarde, Lorena recebeu uma ligação de um número desconhecido. — Alô, quem fala? Do outro lado, uma voz feminina respondeu: — Sra. Santos, boa tarde. Sou Inês, enviada pelo Sr. Guilherme para buscá-la e levá-la de volta à mansão. Estou esperando na frente do seu escritório. Ela então se lembrou de que algo assim havia sido combinado. Lorena disse: — Eu tenho carro. Você pode apenas me guiar, eu te sigo. Inês respondeu: — Sra. Santos, eu posso dirigir para a senhora. Vou pedir para alguém levar seu carro de volta. Diante do tom firme de Inês, Lorena não insistiu mais. Ela deu a localização da vaga do carro e pediu para Inês esperá-la no estacionamento subterrâneo. No estacionamento, uma figura alta e esguia estava de pé ao lado de um carro de luxo preto. Era uma jovem de cabelo curto até os ombros, vestida de preto dos pés à cabeça. Quando Lorena se aproximou, Inês, em sua roupa justa, falou primeiro: — Sra. Santos. Lorena perguntou: — Você é Inês?
Elas chegaram à mansão exatamente às sete horas.Era a primeira vez que Lorena visitava a Mansão do Sol, pois antes apenas ouvira falar dela. Ao vê-la com seus próprios olhos, só havia uma frase para descrevê-la: "Deslumbrante e majestosa."O mordomo Vítor já as esperava na entrada, acompanhado por um grande grupo de empregados. Lorena ficou um pouco surpresa ao ver toda aquela recepção. Isso... não seria um pouco exagerado?Após descer do carro, Durval permaneceu o tempo todo ao lado de Lorena. Com a presença dela, o humor de Durval não oscilava muito. No entanto, até ele se surpreendeu um pouco com toda aquela recepção. O número de empregados era quase absurdo.Vítor já havia visto fotos de Lorena antes, então a reconheceu de imediato. Além disso, sua postura nobre e fria, com aquela aura única de uma senhora da casa, tornava impossível ignorar sua presença imponente.— Sra. Santos, seja bem-vinda de volta. — Disse Vítor, se aproximando com um tom gentil e respeitoso.Assim que Víto
Quando ela chegou à janela, não viu nada. Lorena franziu ligeiramente a testa. Será que estava tendo uma alucinação? Ela tinha certeza de que acabara de ouvir o rugido de uma fera. Quando estava prestes a se virar e voltar, a porta do quarto se abriu. Sua percepção aguçada notou imediatamente, e ela se virou bruscamente. Suas pupilas se dilataram, e ela olhou, chocada, para o enorme tigre que aparecera no quarto. Ele tinha um pelo completamente branco, sem uma única mancha. Ela ficou totalmente paralisada. Como poderia haver um tigre-de-bengala dentro da Mansão? Havia apenas uma janela de vidro separando Lorena e o tigre. O tigre branco permanecia ali, rosnando ferozmente para ela, como se ela tivesse invadido seu território. Seus olhos estavam cheios de hostilidade. Lorena também ficou ali parada, observando calmamente por um momento, antes de mexer os lábios e dizer: — Olá, tigre branco, que tal conversarmos? Naquele momento, ela agradeceu mentalmente ao Sr. Ferna
Às oito da manhã do dia seguinte, a primeira coisa que Lorena fez ao abrir os olhos foi pegar o celular e, finalmente, viu que a pessoa que tanto esperava havia respondido à sua mensagem. A mensagem do marido dizia: [Ligue quando acordar.] Assim que leu, imediatamente pressionou o botão de videochamada. Ela não pensou muito na hora, na verdade, estava com muita vontade de vê-lo. Finalmente, havia entendido o que as pessoas sempre diziam: "Um dia sem ver a pessoa amada parece três anos", mas, para ela, uma única fração de segundo sem ele era como cair em um abismo sem fim. O telefone tocou algumas vezes, e ele atendeu, mas apenas no modo de voz. — Alô, marido. A voz de Lorena ao chamar "marido" era suave, doce e envolvente, com um toque rouco por ter acabado de acordar. Ela não tinha ideia do quão sedutora e provocante aquela saudação havia soado. — Amor, você está me tentando logo de manhã com essa voz? Lorena ficou um pouco confusa, e seu rosto começou a corar do outro
Onze e meia da manhã.Lorena atendeu a ligação de Guilherme pontualmente.— Você está gripado? Sua voz parece meio rouca. — Conversaram apenas algumas palavras, mas ela já havia percebido que a voz do outro lado da linha estava diferente.Guilherme tinha acabado de acordar e, por causa dos ferimentos, estava com uma leve febre, o que afetava sua voz. Ele deu uma desculpa qualquer:— Não é nada, só falei demais na reunião. — Com medo de que ela ficasse preocupada, acrescentou. — Fica tranquila, seu marido aqui é forte, isso não vai afetar sua vida feliz.Heitor, que acabava de entrar com um copo d'água, ouviu essa última frase e não pôde deixar de dar um sorriso de canto. O Sr. Guilherme realmente estava se esforçando para que a Sra. Santos não percebesse que ele estava ferido, fingindo que nada havia acontecido.Mesmo com a diferença de fuso horário entre o País M e a Cidade B, sendo apenas três e meia da madrugada, ele nem sequer tinha descansado e já havia se levantado para ligar par
— Esse atentado foi feito pelo pessoal da família Santos?João semicerrava os olhos negros, frios e afiados, parecendo um chefão sombrio e desleixado.O homem deitado na cama, que acabara de trocar os curativos, moveu levemente os lábios pálidos e finos. Sua voz rouca e grave soou ainda mais abafada:— Talvez.Talvez?Os três ficaram ligeiramente perplexos. Que tipo de resposta era essa?— Encontramos o responsável, mas nenhuma pista o aponta diretamente. Todas as evidências levam apenas a um bode expiatório. — Guilherme explicou.Pietro curvou levemente os lábios num sorriso malicioso e soltou uma risada:— É, o moleque se escondeu bem.Em seguida, João levantou uma dúvida:— Com as suas habilidades, não deveria ter se ferido, certo? — Ele acariciava o queixo anguloso com uma das mãos. — A menos que você tenha se machucado de propósito.Pietro falou:— Da última vez, o acidente de carro não deu certo. Agora você quer usar seu ferimento para atraí-lo?Guilherme escolheu ficar em silênc