— A pessoa que eu mimo precisaria seduzir o seu filho? Uma voz masculina fria como o vento cortante, carregada de uma fúria infinita, soou nos ouvidos de Milena. De repente, Guilherme apareceu em meio à multidão. Ele era como o diamante negro mais deslumbrante; sempre que surgia, todos ao redor se tornavam meros coadjuvantes, sua presença dominante esmagando qualquer um e lançando todos em uma atmosfera de medo e pavor involuntários. Michele, ao ver seu filho chegar, cedeu o lugar sem hesitar. O homem, emanando uma aura gélida, se aproximou de Lorena. Sob o olhar atento da multidão, ele envolveu sua cintura e, com uma leve inclinação da cabeça, olhou para ela com ternura, sua voz suave: — Desculpe, me atrasei um pouco por causa de um assunto. Lorena, ao vê-lo, sorriu levemente: — Não tem problema, você não está atrasado. A simples palavra "Desculpe" de Guilherme chocou a todos. Afinal, ele era o filho predileto do céu, o líder da família Santos. Aos olhos de todos, ele
Nesse momento, no pátio de Davi, o mordomo Osvaldo relatava a ele todo o ocorrido em detalhes. Davi, ao ouvir, não demonstrou nem um pingo de raiva, pelo contrário, ainda sorriu. — Está claro que Lorena realmente é a mais adequada para Guilherme. — Davi riu alto e comentou. — O que o leva a dizer isso, Sr. Davi? — Perguntou Osvaldo. — Para ser a senhora da família Santos, não basta apenas ter um grande background. Coisas superficiais como essa são irrelevantes para a família Santos. Mas coragem e inteligência são indispensáveis. O fato de essa garota ter ousado agir na família Santos esta noite já mostra que ela tem ousadia. Além disso, foi apenas uma pequena lição, sem causar grandes problemas, o que demonstra que ela sabe medir suas ações, deixando sempre uma margem de segurança. Ela manteve sua postura sem se submeter, e ao mesmo tempo estabeleceu sua própria imagem. Davi estava cada vez mais admirado por Lorena. Osvaldo, ao ouvir isso, concordou balançando a cabeça e di
O pequeno incidente de hoje com a família Santos certamente atrairia a atenção de muitos que a observavam de forma dissimulada.Quando o carro entrou no Residencial Jardim do Norte, passando pela guarita de segurança, o segurança, ao ver Lorena no banco de trás, disse educadamente:— Srta. Lorena, a administração deixou um pacote para a senhora. Pediram para avisá-la que pode pegar quando tiver tempo.Lorena retribuiu com um sorriso educado:— Ah, obrigada.Ela havia se esquecido dos chocolates que Lívia tinha lhe enviado.Quando o carro parou em frente ao prédio, Heitor falou:— Sra. Santos, vamos buscar para a senhora.Lorena não recusou:— Está bem, obrigada.Logo depois, Guilherme segurou sua mão e a conduziu até o elevador.Assim que chegaram em casa, Lorena foi trocar o vestido por uma roupa mais confortável.Pouco depois, a campainha tocou.Lorena foi abrir a porta e viu Heitor segurando uma caixa de papelão.— Pode colocar aqui dentro. — Disse Lorena, enquanto dava passagem par
Alguém realmente mandou para sua esposa uma caixa de chocolates no valor de trinta e três mil, e aqui estava uma caixa inteira.Desde que ele soube que Lorena tinha hipoglicemia, ele começou a procurar chocolates e doces que fossem adequados para ela, e o tipo que estava diante dele agora era exatamente o que ele buscava. Ele havia encomendado uma caixa por frete aéreo alguns dias antes, porque esse chocolate não era algo que o dinheiro pudesse facilmente comprar. Era uma compra limitada, e mesmo ele só conseguiu uma única caixa.Mas naquele momento, ele tinha diante de si uma caixa inteira.Então a questão surgiu: quem foi que teve tanta generosidade para dar um presente assim para sua esposa?Ele começou a se sentir incomodado por dentro.Quando Lorena terminou de se arrumar e saiu, ela o viu sentado no sofá da sala, distraído. Ela caminhou até ele.— Terminei, pode ir se lavar.Ela havia acabado de tomar banho, e o cheiro fresco do sabonete envolveu inesperadamente as narinas dele.
O velho riu alegremente: — Claro que sim, ver você é um grande acontecimento. Lorena hesitou. O que havia de tão especial em vê-la? Ela não entendia por que tantas pessoas queriam ir até Cidade B só para encontrá-la. — Foi difícil para mim vir até aqui, Lorena. Tenha um pouquinho de compaixão e me encontre, vai? O velho implorava, fingindo estar desolado. Lorena, sem muitas opções, levando em consideração a idade avançada dele e a longa distância que ele havia percorrido para chegar ali, achou que seria indelicado rejeitá-lo, então concordou. — Tudo bem. Com essa simples resposta, a pessoa do outro lado da linha parecia ter encontrado um tesouro, tamanha foi sua alegria. — Ótimo! Depois que eu participar desse encontro da família Barbosa, jantamos juntos. — Ele olhou para o menino à sua frente, que estava com os olhos brilhando, fixos no telefone em sua mão, e acrescentou. — Ah, a propósito, o Durval também veio. — O quê? — Lorena franziu as sobrancelhas instintivam
O rosto de Melissa ficou ligeiramente tenso, e ela disse hesitante: — Sim, nós praticamos juntas desde pequenas. Solange, por outro lado, demonstrou desdém. Ela se sentia injustiçada por Melissa e ironizou: — Ela, claro que sabe tocar piano, roubar é o que ela sabe fazer. Melissa imediatamente segurou a mão de Solange, sinalizando para que ela não falasse mais. — Solange, isso não deveria ser dito. Solange, no entanto, ficou furiosa ao se lembrar de ter sido prejudicada por Lorena duas vezes, e Melissa simplesmente não conseguiu impedir que ela continuasse. — Deixa eu contar para vocês: na competição de piano daquele ano, a Lorena tocou a mesma partitura que a nossa Melissa. Solange não se importava com o fato de poder ou não falar, estava determinada a expor o lado venenoso e desprezível de Lorena na frente de todos. — Que partitura igual? — Alguém perguntou, confuso. Solange sorriu com um toque de sarcasmo no canto dos lábios. — Ela, Lorena, copiou a partitura d
E quanto à Lorena, nem se fala. Desde que sua mãe faleceu, ela praticamente não aparece mais em público, primeiramente porque a família Amorim não permite, e, segundo porque ela mesma não quer. Mas o nome dela continua vivo nesse círculo de socialites, graças a Melissa e Solange. Lavínia soltou um riso frio: — Solange, fazia dias que eu não via essa sua habilidade de inverter as coisas e distorcer os fatos, e parece que você só melhorou nisso! Solange, ao ver as duas chegando, ficou imediatamente irritada, sem saber de onde vinha tanta confiança: — Os fatos são exatamente esses. Lavínia nunca teve medo de uma discussão: — Melissa fez toda essa encenação de tentar se matar por conta própria, e o que isso tem a ver com a Lorena? Dizer que isso não é distorcer os fatos é o quê? Ou será que você está com a cabeça ruim? Que tal voltar pra casa e pedir pra sua mãe te comprar umas nozes pra ver se melhora? Solange respondeu: — Lavínia, você... — Você o quê! — Lavínia a int
Lorena permaneceu indiferente do começo ao fim. Ela vestia uma roupa casual profissional, com um sobretudo marrom que realçava sua figura esguia e alta. Seu olhar frio observava a cena, como se aquilo não tivesse nada a ver com ela. No entanto, o que não podia ser ignorado era a aura de frieza e nobreza que ela exalava. Todos os presentes tinham que admitir que a presença de Lorena era forte. Mesmo em silêncio, sua existência não passava despercebida. Solange, vendo que todos pareciam estar do lado dela, sorriu com satisfação. — Os olhos do povo são claros como cristal. Isso não fui eu quem disse. Se Lavínia fosse recuar agora, ela não seria Lavínia. — Se há momentos em que são claros, também há momentos em que estão cegos de coração! — Lavínia respondeu com desprezo. — Todos sabem muito bem se Melissa sabe nadar ou não. — O que você está insinuando? Quer dizer que a Melissa está fingindo? — Solange retrucou, desafiadora. Lavínia levantou as mãos, rindo: — Foi você qu