O pequeno incidente de hoje com a família Santos certamente atrairia a atenção de muitos que a observavam de forma dissimulada.Quando o carro entrou no Residencial Jardim do Norte, passando pela guarita de segurança, o segurança, ao ver Lorena no banco de trás, disse educadamente:— Srta. Lorena, a administração deixou um pacote para a senhora. Pediram para avisá-la que pode pegar quando tiver tempo.Lorena retribuiu com um sorriso educado:— Ah, obrigada.Ela havia se esquecido dos chocolates que Lívia tinha lhe enviado.Quando o carro parou em frente ao prédio, Heitor falou:— Sra. Santos, vamos buscar para a senhora.Lorena não recusou:— Está bem, obrigada.Logo depois, Guilherme segurou sua mão e a conduziu até o elevador.Assim que chegaram em casa, Lorena foi trocar o vestido por uma roupa mais confortável.Pouco depois, a campainha tocou.Lorena foi abrir a porta e viu Heitor segurando uma caixa de papelão.— Pode colocar aqui dentro. — Disse Lorena, enquanto dava passagem par
Alguém realmente mandou para sua esposa uma caixa de chocolates no valor de trinta e três mil, e aqui estava uma caixa inteira.Desde que ele soube que Lorena tinha hipoglicemia, ele começou a procurar chocolates e doces que fossem adequados para ela, e o tipo que estava diante dele agora era exatamente o que ele buscava. Ele havia encomendado uma caixa por frete aéreo alguns dias antes, porque esse chocolate não era algo que o dinheiro pudesse facilmente comprar. Era uma compra limitada, e mesmo ele só conseguiu uma única caixa.Mas naquele momento, ele tinha diante de si uma caixa inteira.Então a questão surgiu: quem foi que teve tanta generosidade para dar um presente assim para sua esposa?Ele começou a se sentir incomodado por dentro.Quando Lorena terminou de se arrumar e saiu, ela o viu sentado no sofá da sala, distraído. Ela caminhou até ele.— Terminei, pode ir se lavar.Ela havia acabado de tomar banho, e o cheiro fresco do sabonete envolveu inesperadamente as narinas dele.
O velho riu alegremente: — Claro que sim, ver você é um grande acontecimento. Lorena hesitou. O que havia de tão especial em vê-la? Ela não entendia por que tantas pessoas queriam ir até Cidade B só para encontrá-la. — Foi difícil para mim vir até aqui, Lorena. Tenha um pouquinho de compaixão e me encontre, vai? O velho implorava, fingindo estar desolado. Lorena, sem muitas opções, levando em consideração a idade avançada dele e a longa distância que ele havia percorrido para chegar ali, achou que seria indelicado rejeitá-lo, então concordou. — Tudo bem. Com essa simples resposta, a pessoa do outro lado da linha parecia ter encontrado um tesouro, tamanha foi sua alegria. — Ótimo! Depois que eu participar desse encontro da família Barbosa, jantamos juntos. — Ele olhou para o menino à sua frente, que estava com os olhos brilhando, fixos no telefone em sua mão, e acrescentou. — Ah, a propósito, o Durval também veio. — O quê? — Lorena franziu as sobrancelhas instintivam
O rosto de Melissa ficou ligeiramente tenso, e ela disse hesitante: — Sim, nós praticamos juntas desde pequenas. Solange, por outro lado, demonstrou desdém. Ela se sentia injustiçada por Melissa e ironizou: — Ela, claro que sabe tocar piano, roubar é o que ela sabe fazer. Melissa imediatamente segurou a mão de Solange, sinalizando para que ela não falasse mais. — Solange, isso não deveria ser dito. Solange, no entanto, ficou furiosa ao se lembrar de ter sido prejudicada por Lorena duas vezes, e Melissa simplesmente não conseguiu impedir que ela continuasse. — Deixa eu contar para vocês: na competição de piano daquele ano, a Lorena tocou a mesma partitura que a nossa Melissa. Solange não se importava com o fato de poder ou não falar, estava determinada a expor o lado venenoso e desprezível de Lorena na frente de todos. — Que partitura igual? — Alguém perguntou, confuso. Solange sorriu com um toque de sarcasmo no canto dos lábios. — Ela, Lorena, copiou a partitura d
E quanto à Lorena, nem se fala. Desde que sua mãe faleceu, ela praticamente não aparece mais em público, primeiramente porque a família Amorim não permite, e, segundo porque ela mesma não quer. Mas o nome dela continua vivo nesse círculo de socialites, graças a Melissa e Solange. Lavínia soltou um riso frio: — Solange, fazia dias que eu não via essa sua habilidade de inverter as coisas e distorcer os fatos, e parece que você só melhorou nisso! Solange, ao ver as duas chegando, ficou imediatamente irritada, sem saber de onde vinha tanta confiança: — Os fatos são exatamente esses. Lavínia nunca teve medo de uma discussão: — Melissa fez toda essa encenação de tentar se matar por conta própria, e o que isso tem a ver com a Lorena? Dizer que isso não é distorcer os fatos é o quê? Ou será que você está com a cabeça ruim? Que tal voltar pra casa e pedir pra sua mãe te comprar umas nozes pra ver se melhora? Solange respondeu: — Lavínia, você... — Você o quê! — Lavínia a int
Lorena permaneceu indiferente do começo ao fim. Ela vestia uma roupa casual profissional, com um sobretudo marrom que realçava sua figura esguia e alta. Seu olhar frio observava a cena, como se aquilo não tivesse nada a ver com ela. No entanto, o que não podia ser ignorado era a aura de frieza e nobreza que ela exalava. Todos os presentes tinham que admitir que a presença de Lorena era forte. Mesmo em silêncio, sua existência não passava despercebida. Solange, vendo que todos pareciam estar do lado dela, sorriu com satisfação. — Os olhos do povo são claros como cristal. Isso não fui eu quem disse. Se Lavínia fosse recuar agora, ela não seria Lavínia. — Se há momentos em que são claros, também há momentos em que estão cegos de coração! — Lavínia respondeu com desprezo. — Todos sabem muito bem se Melissa sabe nadar ou não. — O que você está insinuando? Quer dizer que a Melissa está fingindo? — Solange retrucou, desafiadora. Lavínia levantou as mãos, rindo: — Foi você qu
Sua atitude fria e orgulhosa era ainda mais atraente, com um leve sorriso no canto dos lábios. — Quanto a essa tal conferência que você mencionou, eu realmente não faço questão de vir. Se não fosse por vocês insistirem tanto, eu nem estaria aqui hoje! Assim que Lorena disse isso, todos ficaram atônitos. Alguém murmurou: — Eu ouvi dizer que a própria Lorena insistiu para participar... Como agora virou isso...? — Todos lançaram olhares estranhos para Melissa, cujo rosto ficou ainda mais pálido. Solange imediatamente rebateu: — Foi ela quem ameaçou a Melissa, forçando ela a vir a esta conferência. Como é que a Melissa iria implorar para ela vir? Pensem bem, isso é impossível, né? — Ela disse em tom sarcástico. — Quem chamaria uma plagiadora para um evento tão importante? Assim que a palavra "plagiadora" foi dita, todos se lembraram do incidente recente e começaram a olhar para Lorena com desprezo. Lorena estreitou os olhos ligeiramente, mas seu olhar permaneceu impassível.
— Pessoal, o Sr. Joaquim e seu aprendiz já chegaram, vamos recebê-los com respeito. — Anunciou Leonardo com um sorriso formal.O pequeno incidente de momentos atrás foi temporariamente interrompido pela chegada de Joaquim.A mais satisfeita de todas era Melissa, que logo faria de Lorena a piada do círculo da alta sociedade.Lavínia e Lorena se afastaram para abrir caminho, observando Leonardo e o grupo de Melissa caminharem em direção à porta do salão.— Lorena, a família Amorim foi tão longe ao ponto de esperar por você na porta só para garantir sua presença nesse encontro sem graça. Por quê? — Lavínia perguntou, apoiando o queixo na mão e olhando curiosamente para o grupo na entrada.Lorena, com as mãos nos bolsos e uma expressão indiferente, respondeu:— Se não me engano, foi a Melissa que pediu.— Eles estão malucos? Concordar com algo tão bobo assim? — Lavínia riu com desprezo. — Essa mulher não vai tentar te usar de novo para se promover?— Provavelmente. — Lorena deu um sorriso