Dias depois...
Lindsey Martinelli
Com a gravidez avançando, eu teria que considerar a licença como Levi havia sugerido, ainda mais porque me sentia inchada em alguns momentos e mais cansada em outros, talvez devido ao calor que vinha fazendo, um fenômeno raro nessa época do ano, já que a temperatura era amena. Claro que fiquei chateada quando soube que ele agira de forma autoritária, tirando-me completamente o controle sobre o assunto. Mas como já tinha sido solicitado ao RH, resolvi manter o pedido, porém, pedi que chamassem as candidatas para a seleção apenas no mês seguinte, assim Paula também teria um suporte para lidar com meu marido, que não era fácil de trabalhar as vezes. Ainda mais quando as coisas não saiam de acordo com o planejado por ele.
Amanhã ele estaria embarcando para Groelândia junto com o pai, porém, fo
Sábado à noite...Julianna Pia MartinelliEu não gostava de brigar com meu irmão, muito pelo contrário, sempre fomos muito unidos. Por isso, naquela mesma noite tratei de me desculpar com ele.—Posso entrar? — perguntei depois de bater na porta do seu escritório. Ele e Lindsey pareciam estar numa conversa nada boa devido aos seus semblantes sérios. —Não quero atrapalhar...— Sì sorella mia (sim minha irmã).Você não atrapalha, entre.—Vou deixá-los conversarem a sós.—Pode ficar se quiser— falei para minha cunhada quando se levantou.—Vocês precisam conversar e eu vou colocar a mesa para o jantar— ela beijou meu irmão no rosto, depois o meu e saiu.Ele estava sentado em um sof&aac
Mateo Vince MartinelliOlho para as costas do brutamonte, que vai se afastando, sem acreditar no que acabou de acontecer. Que loucura foi essa?Como se sair de dentro de uma boate, carregando uma mulher histérica, parecendo um saco de batatas não fosse loucura suficiente.Dio, eu estava preparado para enfrentá-lo, quando de repente, ele sai com aquela. Isso me parece coisa do Levi, aquelefarabutto,vai ter o troco, ah, se vai.Pego no braço de Julianna, que parece tão atônita quanto eu e digo.— Vamos, precisamos conversar — eu estava com uma puta ansiedade de ficar a sós com ela.— Mateo, não vou a lugar algum com você. O que tínhamos de falar, já foi dito na Itália — tenta se soltar, fugir do meu aperto, mas não deixo.Antes que eu responda, ouço alguém chamar seu nome &agra
Lindsey Martinelli— Seus... Pais? — eu estava recostada em seu peito, no sofá da sala, enquanto ele brincava com meus cabelos.— Sim. Ia lhe contar naquele dia que os detetives estiveram na empresa, depois de falarmos sobre Kiara, mas a Julianna entrou e acabou passando batido. Achei que meu pai tinha conseguido fazê-la mudar de opinião e viria só, mas quando telefonei ontem para falar com ele, fui informado de que já estavam em Toronto, ele até tentou mantê-la lá, mas ela foi irredutível. Ele acabou de enviar mensagem dizendo que estão a caminho.— Você está falando sério?— Seríssimo. Eles vão chegar a qualquer momento.Tínhamos acabado de chegar do aeroporto, onde fomos deixar Julianna, que não cabia em si de tanta felicidade e Mateo para retornarem à Itália.Essa ma
Dia da viagem...Levi MartinelliEstávamos todos à mesa do café da manhã. Surpreendentemente, minhamammavinha mantendo uma postura de cordialidade, para commia bella, que me deixava surpreso e em alerta. Estava escaldado demais para me deixar levar por meias palavras corteses.— Então vocês vão direto daqui para o aeroporto? —mammaquebrou o silêncio que se estendia.Levei o guardanapo a boca para responder, mas meu pai foi mais rápido.— Passaremos num hotel primeiro para deixá-la hospedada e de lá seguimos — olhou em seu relógio, num gesto automático, fiz o mesmo. Tínhamos tempo.— Se não for incomodar, eu gostaria de ficar aqui — Lind que estava levando um pedaço de fruta à boca, parou no meio do caminho e para surpresa
Lindsey MartinelliLevi se despediu fazendo mil recomendações. Entendo seu medo, porém, não posso ficar me esquivando o tempo inteiro de sua mãe, afinal ela é da família e se não nos acertamos agora, ficará difícil a convivência no futuro. Além de quê, sei que como filho, ele se sente mal com essa situação.Quando o veículo some através dos enormes portões, antes mesmo de entrar, viro-me em sua direção e trato deixar claro como será daqui para frente.— Sogrinha! — sorrio sem mostrar os dentes. Ela fica atenta a mim. — Quero deixar claro que o fato de eu ter concordado em tê-la aqui, não lhe dá o direito de agir como se fosse dona da casa — ela estreita os olhos e antes que diga alguma coisa, continuo. — E muito menos, me destratar, pois não hesitare
Lindsey MorganOs dois dias que se seguiram foram tranquilos. Eu acordava, ia para a empresa e voltava, não muito tarde, Levi ligava duas vezes ao dia para saber se tudo continuava em paz e eu dizia que sim. Minha sogra mal deu o ar da graça, geralmente quando eu estava em um ambiente, ela estava em outro, o que era bom, assim evitava atrito. Contudo, nas refeições era inevitável nos encontrar.Hoje resolvi vir para casa mais cedo, estava sentido um pouco de fadiga, devido ao início das temperaturas mais quentes. Nessa época é comum ver os canadenses, indo para suas casas de veraneio, praias ou em parques ao ar livre. Então resolvi aproveitar um pouco a piscina. Foi impossível não me lembrar da travessura que Levi e eu aprontamos ao nadar pelados em plena luz do dia e a noite quando voltamos do jantar, ainda bem que ela tem sistema de aquecimento.Pouco depois, eu estava m
Kiara MartinelliFazia uns dias que eu vinha acompanhando o movimento de saída de veículos da empresa de Levi e nunca os via sair. Frustrada, esperei aquele segurança de quinta se afastar e fui perguntar na recepção se eles não estavam indo trabalhar. E um senhor apontou para fora e disse:— O Sr. Martinelli está em viagem, mas a Sra. Martinelli acabou de sair.Só então me toquei que ele deveria ter trocado de carro por causa do acidente."Como fui burra, por que não pensei nisso antes?"Agradeci, dizendo que voltaria no dia seguinte e saí. Eu voltaria sim, mas para seguir o carro e descobrir onde estavam morando. E assim eu fiz.Quando me deparei com o palacete cercado por um muro enorme e com seguranças na portaria, senti a raiva me consumir. Isso tudo era para ser meu. Meu marido, minha casa e até aquela criança era para e
Levi Martinelli— E é por isso que não posso perdoá-la! — exclamo com os dentes cerrados. — Kiara usou contra mim a confiança cega que eu tinha nela! — digo ao meu pai.Depois de encerrar a ligação com um dos detetives que contratei, ele me questionou sobre o assunto, como não tínhamos conversado abertamente antes, fiz agora. Esse não é um assunto do qual goste de ficar debatendo, mas enquanto estiver em aberto, teremos que falar.— O que ela fez foi de fato muito grave. Nunca imaginei que aquelabambinateria capacidade para tal coisa.— Nenhum de nós, pai. Ontem ao telefone com anonna, percebi que ela se sente culpada, tratei de tirar isso da cabeça dela — passei quase uma hora ao telefone com ela, onde soube de sua decisão sobre dá um fim permanente na tradiç&a