Enquanto isso... Na Itália...Mateo Vince MartinelliConversas altas, risos alegres, nem parecia ser apenas um dia de semana. Eu observava minha grande família reunida, comemorando os preparativos de algo que não trazia felicidade ao meu coração. Mas não era só eu... Olho para Julianna isolada em um canto, ela parece pensativa, um comportamento avesso ao seu temperamento alegre.Eu fazia o possível para tirar da mente nossa conversa de hoje à tarde e o nosso quase beijo. Não podia continuar com isso. Não era justo com ela, não era justo com Paty e nem comigo. A vida não era justa.Decido me recolher mais cedo e após me despedir de todos, caminho até minha noiva.— Quer que a leve para casa?— Não precisa. Eu vim de carro e você parece cansado.— Tudo bem, na verdade estou mesmo um pouco cansado. E você ainda vai ficar ou já está indo?— Vou agora, tenho plantão amanhã cedo.— Vou acompanhá-la até o carro então.Espero enquanto se despede dos nossos familiares e a sigo até o lado de fo
Julianna Pia MartinelliOlho em volta e percebo que me afastei muito da casa grande, na Quinta. Sinto o frio atravessar os meus ossos. Como estou perto da casa do Lorenzo, sigo para lá.— Ju? O que houve? — Mandy pergunta assim que me vê.— Lorenzo está aí?— Sim, acabou de colocar o Bê para dormir e foi para o escritório. Entre, está tremendo — ela puxa uma manta e coloca sobre os meus ombros. — Vou fazer um chá, vá lá que levo para você.Conheço o lugar, então sigo para lá, bato na porta e entro, meu irmão fica surpreso quando me vê e vem até mim.— Julianna, esteve chorando?Ele sempre soube dos meus sentimentos por Mateo e sempre disse que eu deveria falar o que sentia para ele. Então conto o que aconteceu entre nós, mas sem entrar em muitos detalhes, não quero falar de nosso beijo e nem do que senti ao ter suas mãos me tocando...— Você aqui e o Levi lá com problemas...— Levi?Ele me conta que ontem ficou muito preocupado com Levi e então ligou para saber como estava tudo por lá
Levi MartinelliA terça-feira chegou e com ela, mais um dia sem mia bella. Hoje seria o terceiro dia sem ela e meu coração não estava suportando sua ausência. Deitado em nossa cama, repasso mentalmente a via crucis que foi o meu dia de ontem e a raiva aflora, fazendo meu sangue borbulhar. De súbito, sinto-me, assim como ontem, selvagem e ressentido por ela não ter aceitado me receber. Uma pontada na cabeça me diz que devo me controlar, respiro fundo, e aos poucos, a raiva vai fenecendo, alcançando um nível mais controlável. Não é momento para me deixar levar pelo sangue quente, desse jeito não conseguirei nada, afinal, o único culpado por tudo sou eu mesmo. Preciso pensar com clareza e achar um jeito de trazer minha mulher de volta e logo.Mesmo que ela não queira me ver e nem me escutar, vou mimá-la, mesmo estando longe, não deixarei de cuidar de mia bella. Conheço sua rotina, sei do que ela gosta, quais são suas preferências e pensando nisso, sento-me na cama.Minha cabeça está expl
Levi Martinelli— O que estamos fazendo aqui? — ela pergunta quando me vê estacionar na clínica médica.— Não lhe parece óbvio?— Não me responda com outra pergunta. Não foi isso que pensei quando me chamou para um passeio...— Quem falou em passeio foi você, eu disse apenas que iriamos sair e que seria uma surpresa.— Vamos embora, não vou entrar aí...— E por que não?— Eu já tenho um médico e já estou me tratando...— Corrigindo... Você foi a um médico e agora vai a outro. Quero outra opinião e fará novos exames também.— Por favor... — coloca a mão no peito e começa a respirar com dificuldade.— Vai descer por bem ou terei que levá-la a força? — digo sério, encarando seu rosto. — E não se preocupe se começar a passar mal, já estamos em um hospital mesmo, será mais rapidamente atendida, então pode espernear a vontade.— Levi... Primo...Abro minha porta e desço, dou a volta e abro a porta do seu lado, seguro em seu braço e digo quase rosnando.— Desça e ande com suas pernas, caso c
Levi MartinelliFechei o notebook em minha frente e me recostei à cadeira.Olho para o telefone, cabisbaixo. Por que mia bella não havia ligado? Não que eu esperasse, na verdade, esperava sim, mas no fundo sabia que ela não o faria.Fecho os olhos e por um momento as lembranças de suas palavras ontem à noite vem em minha mente..."— O que quer que eu faça para ter você de volta? Preciso de você amore mio — implorei.""— Isso é você quem vai ter que decidir — foi até a porta e abriu. — Boa noite, Levi. A partir de hoje, nosso único assunto será Eva. Feche a porta quando sair. Adeus!"Uma ova que seria assim!A verdade é que eu já sei o que devo fazer, será minha cartada final. Mas, antes, farei uma última tentativa de levá-la de volta comigo antes de fazer o que tinha que ser feito. Porém, corro o risco de ela não me dar à chance de falar e eu preciso dizer tudo que está em meu peito, preciso pedir seu perdão e abrir meu coração para ela.Pego uma folha de papel e começo a rabiscar uma
Pela manhã, antes do acidente...Lindsey MartinelliPele sobre pele, músculos rígidos, gemidos baixos e carícias que estavam me levando à loucura. Sinto uma contração em meu baixo ventre e então o som da minha voz me faz abrir os olhos.Olho em volta e constato que estou em meu antigo quarto, fora apenas um sonho, fruto da saudade que vem apertando meu coração cada dia mais. Sinto uma gota de suor escorrer por entre os meus seios, que estão túrgidos e sensíveis. Constato que estou quente, e não tem nada haver com febre. Solto um suspiro e espreguiço-me."Ah, minha nossa senhora dos hormônios em ebulição, agora não é hora para isso." — penso.Levanto e sigo para o banheiro, preciso de um banho frio. Assim que entro, fecho a porta atrás de mim, respirou fundo ai
Lindsey MorganPouco mais de uma hora depois, me estiquei na cadeira, alongando meu corpo e satisfeita com o trabalho finalizado, enviei para Paula por e-mail e segui para a sala.Taylla está no sofá com um livro nas mãos.— Kama Sutra? — digo quando me sento ao seu lado.— Amiga esse livro é babado... Sabia que ele foi criado entre os anos 200 e 400 por um filósofo hindu. A tradução original dele significa "regras do desejo", este livro só saiu da Índia no século dezoito e sua primeira tradução foi para o inglês, tem muitas curiosidades sobre ele.— Pelo jeito pesquisou bastante heim...— Ah, você não sabe o quanto. Mas, o que me deixou mais intrigada, é que quando se pensa em Kama Sutra, se pensa em várias posições sexuais mirabolantes, porém, este livro &eacut
Lindsey MorganQuando voltei, com a blusa levantada, fiquei acariciando minha barriga para ver se ela se aquietava. Taylla e eu ficamos ali, conversando amenidades, ela falou um pouco sobre o caso que estava estudando na noite anterior e sobre uma viagem que John havia proposto que fizessem, independente de quem ganhasse o caso que iriam disputar, ela estava receosa se aceitava ou não e eu a incentivei que sim, que seria uma boa para eles.— Não permita que coisas banais interfiram no relacionamento de vocês — eu disse.— Olha quem fala — respondeu.— É diferente e você sabe disso.Quando ela ia responder, mais uma vez a companhia tocou e dessa vez era Levi, parei o movimento de levar o chocolate à boca e o olhei assustada, tanto por sua presença, como pelo buque enorme que ele trazia nos braços.Depois de passar quase o dia inteiro chorando, me