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Capítulo 2

Meu chão sumiu a um tempo atrás quando minha mãe me ligou na saída da faculdade me falando que Greg sofreu um acidente.

Ela não me deu mais informações eu fui pra casa de imediato, ignorando os chamados de Ivy e dos demais. Greg é o homem mais lindo que eu já vi, mais velho e infelizmente me vê apenas como sua irmã mais nova. Eu queria que isso mudasse.

Greg sem memória não sei se é uma coisa boa, isso significa que não lembra de mim, de como me tratava, isso seria um novo começo... Não Joan o que você está pensando, ele tem que lembrar.

Eu não esperava vê-lo tão bem, e o pior foi ver os seus olhos sobre mim, meu Deus como eu posso resistir a isso, ele me come com os olhos, e quando Helga me pergunta se posso ajudá-lo, na minha percepção digo que sim. A resposta que ele dá apenas a mim me tira do eixo.

—O prazer será meu... Todo meu Joan. —Engulo em seco, minhas bochechas esquentam.

—Querida está bem? —Helga pergunta ao me ver parada com as faces vermelhas, ele me olha por trás da mãe, seus olhos tem um brilho de determinação, e um sorriso safado no canto da boca.

—Sim... Claro. —Falo acompanhando os demais, meu Deus, eu não estava preparada para esse Greg, talvez pode ser a minha chance, mas e depois que ele se lembra o que será de mim, como vou viver depois dele.

—Então está terminado a faculdade de fisioterapia Joan? —Essa voz dele assim baixa e grave, eu já o vi usando várias vezes, quando ele queria conquistar as mulheres, como se ele precisasse de muito.

—Sim, eu estou no último semestre. —Ele me olha, seus lábios repuxados em um sorriso.

—Que ótimo vejo que resolverá o meu problema muito bem. —Todos olham a nossa interação, mas parecem desperceber o duplo sentido nas suas palavras, ou talvez eu esteja exagerando.

—Querido lembra como você protegia a Joan, nossa na adolescência dela, você é Mark expulsava os meninos. —A mãe dele fala e abaixo a cabeça, meu rosto cora de vergonha, ela tinga que lembrar logo essa fase.

—Verdade, e como vai Mark? —Gary o pai de Greg se pronuncia, só de falar no meu pai eu já me sinto saudosa.

—Aquele cabeça dura, está ótimo. —Minha mãe fala, finjo não ver os olhares dele em cima de mim e me concentro. —Essa viajem do trabalho dele está me deixando louca. —Minha mãe confidência fazendo os Trevor rir. Os olhares de Greg em minha direção me deixam quente. E a conversa deles não gira em torno de mim, ou do acidente do Greg então peço licença, Helga tem um belo jardim, onde eu já observei Greg beijar as meninas que ele arrastava pra cá, eu só desejava estar no lugar delas uma única vez.

Me encaminho junto aos arbustos, abro um botão em minha blusa, o ar parece estar preso desde o momento em que eu o vi.

—Não foi uma boa me deixar sem a sua visão lá na sala. —Me assusto com a voz dele atrás de mim.

—Por Deus, quer me matar? —Ele vem pra minha frente, com o sorriso que antes a gente não via muito.

—Não... Por que quis vir pra cá? —Pergunta olhando o lugar que eu estava concentrada olhando, engulo em seco.

—Estava quente. —Falo, estreita os olhos em minha direção. —Eu... Gosto desse jardim.

—Eu te entendo, me lembro desse jardim. —Fala. —Daquele canto que você olhava eu me recordo muito bem. —Seus olhos tem um brilho de luxúria. —O que há entre nós? —Nego. — Eu sinto algo forte, não é nada fraternal, então me diga. —Exige arregalo os olhos.

—Não... Não... Sei do que está falando. —Ele me olha, se aproxima de mim, meu senhor, eu não tenho forças pra pará-lo.

—Sim, você sabe! —Afirma. —Eu sinto que não posso me lembrar nem do seu rosto, nem seu nome associado a nada, mas eu sei que tem algo bem forte aqui. —Está completamente louco, ele sempre me tratou como uma irmã, me protegia, e só.

—Greg. —Em um piscar de olhos ele está próximo demais, seu nariz cheira o meu cabelo, o mesmo percorre a minha face, minhas pernas fraquejam, me ordeno a parar com isso, mas o meu corpo está totalmente para me contrariar. —Não. —Falo em um fio de voz. —Não há nada!

—Então... Quer dizer que nunca... Meus lábios e os seus? —Pergunta, Deus, sei o que ele insinua, mas me forço a acreditar. Faço que não. —Um grave erro que eu vou concertar. – Avança com os seus lábios para os meus, fecho os olhos, aparecido a maravilha do seu beijo, quantas vezes eu não quis isso, e agora aqui eu quero mais. Quero ele no mesmo nível que os lábios dele me tomam. —Como o mais puro pecado. —Sussurra em minha boca, volta com a língua me tomado, duelando com a minha em busca de espaço, sem respiração me afasto dele ofegante.

—O que está fazendo? —Pergunto atordoada, na verdade o que eu estou fazendo? Quantas vezes eu desejei isso, merda... Ele vai se lembrar e esquecer disso, não posso me magoar, não posso.... Ele toma a minha boca novamente, ignorando as minhas perguntas, suas mãos se apossam do meu cabelo.

—Provando que a sua boca é tão doce, como eu imaginei. —Fala com os lábios colados aos meus. —Me diz Joan, nunca pensou em mim sem ser como um irmão? —Engulo em seco.

—Não... Eu não.

—Não mente Joan, duvido que o eu de antes não tenha te desejado como eu de agora. – Fala de um jeito confuso.

—E o que pretende com isso? – Ele estala a língua.

—Ah sim, agora chegou ao ponto... Eu pretendo ter você Joan. Cada parte, te sentir, como o outro que não foi capaz, se ele tem medo de alguma coisa eu não! —Fala, meu Deus, o meu corpo esquenta.

—Greg, quando você se lembrar... —Choramingo com ele me segurando.

—Eu não vou me esquecer de você Joan.

—Você não se lembra de mim agora! Não lembra como... —Paro no ato o que eu iria falar, que doía ver ele com outras, inclusive aqui nesse jardim. —Era a nossa vida antes.

—Então vamos fazer novas lembranças Joan? — Tenho a chance de viver um amor que eu considerava impossível, ou ser a Joan racional e boa moça de sempre sem graça, orgulho dos pais, a nerd, a última virgem das amigas... Nossa, é muita coisa.

—Vamos! – Nem eu mesmo controlo as palavras...

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