Daniel tentou empurrá-la, buscando manter uma distância segura.Mas logo após afastá-la um pouco, ela rapidamente se aconchegou novamente.— Abraço... — ela murmurou, abraçando-o ainda mais apertado.Sua incrível suavidade segurava firmemente seu braço.Sua respiração estava desordenada.Daniel não sabia como havia sobrevivido aquela noite, reprimindo seu desejo, sem se atrever a se mover.Ele até duvidava de sua própria sexualidade; como poderia manter-se tão inabalável?O tempo passava com dificuldade.Na manhã seguinte.Beatriz achou que tinha dormido bem, sentindo-se revigorada, e não pôde resistir a esticar os braços, tentando bocejar.Mas, inesperadamente, encontrou uma barreira de carne.Ela pausou por um momento, olhando confusa para o homem ao lado da cama, com as roupas amarrotadas, ainda as mesmas de ontem.Como ela poderia ter dormido com Daniel?Daniel abriu seus olhos profundos, que estavam cheios de vasos sanguíneos, claramente não tendo dormido bem.Sua voz estava rouc
— Você está pensando demais, isso não vai acontecer.— Então me leve com você!Afonso queria ceder, mas lembrou do que Beatriz disse antes, para não permitir que Débora aparecesse na frente dela.Ele ainda sente pena de Débora, temendo como ela reagiria ao saber que é infértil para o resto da vida.Além disso, ela realmente ainda não se recuperou fisicamente, não é adequado sair, ele pensou nela em todos os aspectos.— Eu já disse, fique em casa descansando! — A voz de Afonso ficou mais severa.Não era mais um tom de discussão, mas uma ordem!Débora ficou pálida, olhando para ele incrédula.— Afonso, entre eu e Beatriz, quem você escolhe?Afonso franzia a testa, visivelmente irritado: — Por que isso veio à tona novamente? Eu obviamente escolho você!— É porque eu tive um aborto, você me despreza agora, quer reatar com Beatriz...— O que isso tem a ver? Débora, você pode parar de ser controlada pelos hormônios? Estou cansado de discutir isso, se acalme um pouco.Originalmente, foi ela
Fernando estava num dilema, passar o telefone para ela ou não.Ele ainda segurava o aparelho na mão: — Bia pode ir, mas tem que levar o Daniel com ela.— Por que, qual é a relação deles agora? Eles estão divorciados, não tem que ficar arrastando um ao outro. O seu neto pode não ter vergonha, mas a minha Bia tem.— Então, que nenhum dos dois vá!Fernando desligou o telefone abruptamente.Beatriz não sabia se ria ou chorava, os dois juntos tinham mais de cento e cinquenta anos e ainda brigavam como crianças, ficando vermelhos de raiva.— Avô Fernando, então eu vou ou não?— Vai... se for, leve o Daniel com você, depois eu mando buscar você, ainda preciso de você aqui, criança.— Mas nós já estamos divorciados.— Daniel também pode visitar a Velha Sra. Nunes.— Mas é um jantar de família.— Ele tem a cara dura, não tem problema nenhum ele ir.Daniel estava na porta, com o rosto tão escuro quanto o fundo de uma panela, querendo disparar um canhão no avô.— Vocês dois se arrumem e vão logo,
— Você está pensando demais, eu nem pensei em juntar vocês dois.— Não, não pensou? — Afonso, ao ouvir isso, sentiu sua dignidade abalada.— Você acha que é tão desejado assim? Se eu tivesse uma filha, e ela quisesse se casar com você, eu quebraria as pernas dela! O que eu quero dizer é que o Daniel virá com a Bia, e eu não me importo com o passado de vocês, só não quero confusão aqui.— Daniel? Eles estão divorciados, por que ele viria? Isso é um jantar de família, ele não tem o que fazer aqui! — A expressão do Afonso mudou.— Só porque estão divorciados, não podem vir juntos? — a avó retrucou.— Claro, se estão divorciados, não têm mais nada a ver um com o outro, ele está se agarrando ao quê, afinal de contas?Ao ouvir isso, a avó ficou com o rosto fechado, questionando-o: — Então você sabe que, uma vez divorciado, não deve interferir, mas e você e a Bia? Já terminaram, você tem uma esposa, e mesmo assim fica perseguindo a Bia? Não pense que por eu não estar no país, eu não sei de
A empregada tinha visto de longe e não podia ter certeza, mas já que Débora perguntou, ela sentiu-se obrigada a responder.Ao ouvir isso, Débora sentiu o sangue ferver de raiva.Ela sabia, ele não queria que ela viesse, e ainda convidou Beatriz para um encontro privado.Aquela velha senhora simplesmente não gostava dela, sabendo que ela estava se recuperando de um aborto e não podia compartilhar a cama com Afonso, queria aproveitar a oportunidade para posicionar Beatriz.Se não, por que ela voltaria justo quando ela estava indisposta?Conspiração, tudo conspiração!Débora caminhou furiosamente na direção que a empregada havia indicado, e Adriana Nunes foi informada da sua chegada. Ao ouvir que Débora estava vindo, a velha senhora franziu a testa.— Para onde ela foi?— Ela foi para a lavanderia.— Me ajude a ir até lá, deixe todos aqui se divertindo, não precisam vir.Afinal, este não era um evento da família Silva, mas da família do seu esposo. Ela não queria que um escândalo com Débo
Num instante, os convidados do saguão se aproximaram.— Débora, você enlouqueceu?— Sou eu que enlouqueei, ou é você que abusa demais, estando eu neste estado, e você ainda me trai por aí, sua consciência foi comida por cachorro?Afonso estava visivelmente desconfortável, e a avó ficou tão irritada que quase passou mal.— Eu não estou traindo, uma das empregadas molhou minha roupa, e ela a trouxe para secar, logo estaria pronta. Débora, você poderia parar com essa confusão sem sentido?— Você agora nem se dá ao trabalho de inventar uma mentira decente? Eu digo a vocês, a mulher com quem Afonso tem um caso se chama Beatriz, eles já tiveram um relacionamento por três anos, e mesmo depois de casado comigo, continuaram se encontrando. A culpa não é de Afonso, mas sim dessa descarada da Beatriz, que manipula com habilidade, mantendo Daniel do Grupo Dias por um fio, enquanto flerta com Afonso. Essa mulher sem vergonha deveria ser repudiada por todos...Débora ainda amaldiçoava quando, de rep
— Você não disse que estava disposto a tê-la ao meu lado? Não disse que, com ela e o Daniel se divorciando, agora era a minha oportunidade de fazê-la minha amante?— Débora, faz quanto tempo que disse essas palavras? Já esqueceu?— Se você realmente se importasse, poderia ter sido honesto comigo, eu cuidaria dos seus sentimentos. Em vez de ser tão falso, mostrando uma coisa por fora e mantendo outra por dentro!— Admito, eu tinha desejos impróprios pela Beatriz, ela me fez sentir uma frustração como nunca antes. Para mim, era mais uma questão de orgulho masculino, uma competição secreta com o Daniel. Talvez eu realmente não sentisse tanto por ela, você que sempre foi o meu verdadeiro amor. Mas com essa sua atitude, só faz com que eu fique mais preso à Beatriz e o meu amor por você vá se desgastando pouco a pouco.— Um dia, a obsessão por não tê-la vai consumir todo o amor que tenho por você!Ao ouvir isso, a cor drenou do rosto de Débora.— Não, Afonso, nós lutamos tanto para ficar jun
Uma mulher nas mãos de sequestradores, qual será o seu destino? Beatriz Rocha estava vivenciando esse pesadelo. Aquele grupo queria transformá-la em uma prostituta.Ela estava vendada e com a boca selada por fita adesiva, amarrada em um canto como um animal. Seu corpo estava coberto de cicatrizes, sem um pedaço de pele intacto. A corda que a prendia era curta, tinha menos de um metro. Se ela se movesse um pouco mais para a frente, a corda apertaria seu pescoço. Várias vezes, Beatriz lutou inutilmente, ficando sem ar, o rosto roxo, a voz sufocada.Ela não podia escapar...Do lado de fora, ela ouvia os sequestradores xingando furiosamente. Eles tentaram violentá-la, mas ela reagiu mordendo a garganta de um deles. Se tivesse um pouco mais de força, teria quebrado sua traqueia, matando-o.Por isso, Beatriz foi brutalmente espancada e amarrada ali. Drogada, sua resistência foi reduzida a quase nada.De repente, lá fora, algo aconteceu. O barco em que estavam colidiu violentamente, e ela cai