O que significa, doença mental?Daniel, tão normal aos olhos de todos, poderia realmente... ter transtorno dissociativo de identidade? Esta é a segunda personalidade?— Por que... por que uma pessoa completamente saudável teria um transtorno dissociativo de identidade?— Quando foi sequestrado, o trauma foi demais, e foi então que eu apareci. Inicialmente, eu não era forte, mas por sua causa... as defesas internas de Daniel enfraqueceram.Ele de repente se aproximou, seus olhos escuros e profundos fixos nela obsessivamente, cheios de obscuridade.Beatriz ficou pálida de medo, suando frio.— Beatriz, eu não sou tão obediente quanto aquele inútil.Ele de repente sorriu, dando a impressão de uma cobra lançando sua língua. Ele a pegou e a levou para o quarto, jogando-a casualmente na cama. Em seguida, começou a se despir, desfazendo o cinto.— O que... o que você está fazendo?— Não está óbvio? Quero você.Ele se tornou muito mais desinibido em sua fala.Com um clique, a fivela do cinto se
Beatriz: — …— De qualquer forma, tudo que importa para Daniel, eu quero tirar dele! Eu simplesmente não suporto vê-lo feliz!— Vocês não são a mesma pessoa?— A mesma pessoa? Na mesma casa, ele vive em um apartamento de três quartos, e eu? Eu fico preso em um banheiro de quatro metros quadrados, mal posso me mexer. Ele pode sair e fazer amigos, enquanto eu mal posso mostrar a cara. Isso é ser a mesma pessoa?Beatriz percebeu o quão profundo era seu ressentimento.— Qual é o seu nome?— Não sei.— Você precisa de algo para nos diferenciar. — A voz de Beatriz era suave, quase um sussurro, temendo provocá-lo. — Que tal te chamar de Dani?— Isso ainda é Daniel.— E se eu te der outro nome, e se os outros descobrirem o segredo de Daniel?— Que descubram...— Então Daniel será considerado louco, e você também. Se você for preso em um hospital psiquiátrico, perderá sua liberdade, certo?Dani considerou isso por um momento, vendo alguma lógica em suas palavras.— Então, qual é o seu plano ag
— Não, claro que não. Podemos aprender juntos, não tem problema. Eu também não vou fugir, vou ficar com você, completamente conquistada pelo seu charme pessoal. Também acho que você deveria dominar o corpo, ter a iniciativa, Daniel não vale nada por não deixar você fazer isso!Essas palavras certamente tocaram o coração de Dani.Ele não era ignorante, sabia que Beatriz estava apenas tentando agradá-lo. Mas ainda assim, eram palavras agradáveis de se ouvir.Ele sorriu levemente, claramente apreciando, e acenou com a cabeça: — Você tem uma boa percepção.— Com certeza... Agora estarei ao seu lado, ajudando você a gerenciar o Grupo Dias. Nós vamos crescer e ser mais fortes do que Daniel jamais foi, fazendo com que todos vejam você com outros olhos. Se Daniel descobrir que você fez melhor do que ele, talvez ele fique tão envergonhado que nunca mais queira voltar.— Isso é uma ideia. Então você poderia se apaixonar por mim.Beatriz se engasgou com a própria saliva, tossindo sem parar. — ...
Beatriz sentiu um arrepio por todo o corpo, e um suor frio cobriu suas costas.A pessoa começou a sair lentamente da sombra. Dani caminhou lentamente até ela.Ele disse friamente. — Então, você quer se unir a estranhos para me enfrentar, é isso?Beatriz abriu a boca, mas não conseguiu emitir som. Ela estava tão assustada que seu corpo não respondia.— Você finge me obedecer, mas eu sei muito bem o que você está planejando. Você acha que eu realmente não seria capaz de matar você?Dani levantou a mão e apertou cruelmente seu pescoço. Beatriz sentiu como se estivesse sendo sufocada.— Solta... me solta...Ela tentou lutar, mas Dani era incrivelmente forte. Porém, logo Dani caiu de joelhos, respirando com dificuldade.— Você me impede novamente! Uma mulher que não te ama, o que você tem para impedi-la.Ele rugiu de raiva. Seus olhos, vermelhos de fúria, fixaram-se nela.— Não pense mais em traições, eu não posso te matar, mas tenho mil maneiras de te torturar! Eu não acredito que você que
Dani permaneceu em silêncio; ela dirigia enquanto continuava a reclamar, mas ao se virar, para sua surpresa, descobriu que Dani tinha adormecido. Então, ela se calou.Chegando à mansão, ela não conseguiu carregá-lo sozinha, então decidiu esperar no carro.Ela observava o contorno do rosto de Dani, tão idêntico ao de Daniel, mas sentia que era diferente, talvez por saber que eram pessoas distintas.Como Daniel foi se tornar policial? Se tivesse escolhido ser um vilão, certamente também teria feito grandes coisas.Felizmente, ele não seguiu um caminho errado.Pensando em Daniel preso, sem saber se ele estava em um sono profundo ou consciente do mundo exterior, mas incapaz de falar ou agir, será que ele sofria?Por impulso, ela estendeu a mão e gentilmente tocou seu rosto, sentindo saudades de Daniel.Suas mãos suavemente percorreram suas sobrancelhas, nariz e os lábios finos e sensuais.Seus dedos permaneceram em seus lábios por alguns segundos, prestes a se mover para baixo, quando, ine
Após um passeio, os dois se cansaram e decidiram parar para comer um sorvete, observando as outras pessoas gritarem de alegria.— Amanhã, que tal eu te levar ao zoológico?— Hum.— Depois de amanhã, vamos acampar.— Ok.— Vamos ao cinema...— Como quiser.Dani seguia seus planos com os olhos brilhantes.Beatriz, vendo que ele não mostrava resistência, começou a pensar em outras coisas.Ela achava que o último psicólogo que visitaram era muito competente. Ela havia pesquisado que através de uma hipnose profunda, seria possível despertar a personalidade dominante. Ela precisava encontrar uma maneira de levar Dani para tentar.No dia seguinte, ela levou Dani ao zoológico.Ao ver os animais, Dani não mostrou felicidade, mas sim irritação.— Por que eles têm que ficar presos? Eles não pertencem à floresta? Eu vou comprá-los e soltá-los de volta à natureza.Dani estava impulsivo, querendo até encontrar o responsável pelo parque. Beatriz rapidamente o deteve. — Muitos destes animais são prote
— Beatriz, você... você sabe que tem gente que vive por você... eu... eu sou...A última frase foi pronunciada em voz tão baixa que Beatriz não conseguiu entender.Desta vez, Dani havia realmente desmaiado. Beatriz suspirou aliviada, sentindo-se um pouco mais tranquila.Ela não podia se compadecer com um distúrbio. Ela queria um Daniel humano, consciente e controlado, à frente de tudo.Dani era como uma bomba-relógio, imprevisível, e Beatriz não queria arriscar.Beatriz o levou para casa, onde ele estava verdadeiramente bêbado.Ela precisava de ajuda e chamou Lucas.— O que você disse? Transtorno dissociativo? Daniel nunca me falou sobre isso...— Se nem você sabia, então provavelmente ninguém mais sabe. Daniel escondeu isso muito bem, agora me sinto impotente, sem saber como ajudá-lo.Lucas falou apressadamente. — Precisamos trazer o Daniel de volta, o Grupo Dias ainda precisa dele.Beatriz olhou para Dani deitado na cama, sem um pingo de compaixão.— Lucas, me ajude a contatar este p
Pouco depois, o psicólogo chegou.Ele também tinha algum conhecimento médico, mediu sua temperatura, coletou sangue para exames e prescreveu medicamentos para reduzir a febre.— Este quarto não é bom, não tem ventilação adequada. Sugiro trocar.— Ok, vamos trocar.Beatriz já havia redecorado o quarto de hóspedes.O médico olhou para o quarto e acenou com a cabeça: — Este quarto está muito bom, o conforto do ambiente também pode influenciar na recuperação do paciente.Beatriz mudou de quarto, e Dani não saía de seu lado, com uma expressão ansiosa no rosto. Ele se importava muito com ela.O médico prescreveu um remédio, especialmente amargo. A cada vez que ela o tomava, sentia a raiz da língua amargar, era tão ruim que quase não queria mais viver.— Que horrível...— É remédio, claro que é ruim. Toma isso.Dani, como se fizesse mágica, tirou um bolinho de morango do bolso.— De onde você tirou isso?— Eu mandei alguém comprar.Beatriz deu uma mordida, ainda era o sabor que lembrava, da s