Beatriz soltou sua mão com força e saiu sem olhar para trás, enquanto a Sra. Pacheco, indignada, se aproximava: — Débora é muito boa com você, deixa você fazer o que quer. Mas se fosse comigo, eu te mostraria, vou te ensinar uma lição...Quando a Sra. Pacheco colocou a mão no ombro de Beatriz, ela a agarrou e a jogou por cima do ombro com facilidade. A Sra. Pacheco gritou de dor.Os outros três ficaram aterrorizados.Esse judô limpo e eficaz, completamente inesperado que Beatriz, com seu corpo esguio, pudesse derrubar a robusta Sra. Pacheco.— Já chega, você desperdiçou toda a minha manhã, e eu ainda não acertei as contas com você. Agora, peça desculpas, você sabia que não tinha tempo, mas mesmo assim me chamou aqui, para brincar comigo! Rápido, peça desculpas.— Você... é assim que seu estúdio trata os clientes, com essa arrogância? Não sabe que o cliente é rei?— Desculpe, mas aqui, eu que sou o rei!— Você... eu vou postar isso na internet, para todo mundo ver sua verdadeira face. Q
Ela chutou o peito delas e deu um tapa no rosto de Débora. Ela fingiu perder o controle, continuando a atingir Débora.Débora quanto mais tentava separar a briga, mais apanhava, ao passo que a Sra. Pacheco, exceto por parecer um pouco desgrenhada, não tinha grandes ferimentos.— O que todos estão fazendo aqui, transformando meu lar em quê?Foi então que a porta foi aberta com um chute. Afonso entrou, o rosto pálido de raiva.Débora correu para ele como quem vê um salvador, chorando copiosamente. — Afonso, ela me maltratou.— Beatriz, é você novamente? — Afonso franzia a testa, seu olhar para ela era complexo.Ela que sempre fora tão frágil e doce, como um coelhinho manso que precisava de seu cuidado e companhia. Mas agora, ela se mostrava feroz como um tigre.Ele sabia que seu tipo era mais como Débora, mas por algum motivo, ver Beatriz dessa forma também despertava seu interesse. Ele nunca havia realmente conhecido a verdadeira Beatriz!Essa sensação de desconforto apertava seu coraçã
Afonso observava sua silhueta com uma complexidade em seu olhar, surpreso por ela estar disposta a se humilhar por Daniel.Ele apertou os punhos silenciosamente, com uma fúria ardente em seu coração.Beatriz voltou ao quarto, onde algumas mulheres já haviam se arrumado, mas ainda pareciam desalinhadas. A Sra. Pacheco tinha uma marca de mão no rosto, e Débora segurava a barriga, visivelmente abalada.— O que você quer agora, vai nos bater de novo?Elas tremiam, encolhidas juntas.— Eu fui precipitada... não deveria ter recorrido à violência, Sra. Pacheco. Espero que a senhora possa me perdoar, esquecer essa ofensa.A surpresa foi geral, ninguém esperava que Beatriz se rendesse tão rapidamente.— Você... está falando sério? — A voz da Sra. Pacheco tremia.— Sim, agi sem pensar nas consequências, me desculpe. — Ela se curvou sinceramente em pedido de desculpas.A Sra. Pacheco ajeitou a roupa, erguendo-se com dignidade.— Então agora você pensou nas consequências, sabendo que o tio do meu
Daniel não tinha nem um pingo de poeira em si, o que mostrava o quão fácil tinha sido lutar contra eles.A expressão de Afonso era de extrema insatisfação.— Sr. Dias, sua chegada é mais que oportuna. Sua esposa realmente precisa de disciplina, e eu estava apenas tentando, com toda a boa vontade, dar-lhe uma lição.Ao ouvir isso, Daniel puxou Beatriz para perto de si, encarando Sra. Pacheco com um olhar que ela não ousava retribuir. Era evidente que o olhar de Daniel era intimidador e frio.— Minha esposa não está sob sua jurisdição para ser disciplinada.— Ela me atacou!— Bia, foi assim mesmo?— Não, ela que começou. Eu deveria apenas ficar parada e apanhar? Desde o início, foi ela quem me provocou, unindo-se a outras para me intimidar. Ela me atacou primeiro, e eu apenas reagi.Beatriz não sabia por que, mas ao ver Daniel, sentiu um alívio imediato, como se tivesse encontrado seu porto seguro, esquecendo-se de que ainda estava zangada com ele e que ainda não o havia perdoado.— Se f
Afonso estava furioso, sem palavras para responder.Beatriz nunca havia vindo aqui por vontade própria; sempre fora trazida contra a sua vontade. De fato, ele estava errado e não sabia o que dizer.Daniel, levando Beatriz consigo, saiu e entrou no carro. O clima dentro do veículo era tenso, e Beatriz se sentia tão sufocada que mal conseguia respirar.Daniel estava irritado? O que ele tinha para ficar irritado, se ela originalmente havia vencido a disputa? Se não fosse pela preocupação com as possíveis consequências para o Grupo Dias, ela jamais teria baixado a cabeça para admitir um erro. Ela sentia-se injustiçada no fundo do coração, então por que ele estava irritado?Beatriz tossiu levemente duas vezes, recuperando sua voz. — Daniel... você viu, eu sou uma fonte de problemas, é melhor você se divorciar de mim logo, quanto mais longe, melhor. Não conheço limites, tenho uma personalidade forte, não consigo tolerar injustiças, eu te aconselho...Enquanto ela falava, não esperava que Dan
Benício havia mencionado antes sobre brincar no campo de cavalos, mas Beatriz não havia levado a sério, contudo, ao ver o magnífico cavalo, seu interesse foi despertado.— Posso montar este?— Este não, este cavalo é muito selvagem, ainda está sendo domado. Se você quiser brincar, eu escolho um mais manso para você.— Ah, sim, por favor.Os olhos de Beatriz brilhavam. Benício a levou ao campo de cavalos, escolheu cuidadosamente um cavalo dócil para ela.Primeiro, ele ensinou Beatriz a montar, depois, segurando as rédeas, familiarizou-a com o animal.— Toque nele, fale com ele, crie um vínculo.— Tá bom.Beatriz acariciou a crina do cavalo, criando um laço com ele. Após algumas voltas, Beatriz já conseguia cavalgar sozinha.Ela também não ousava correr rápido, então, andava lentamente em círculos. O vasto pátio estava cheio, com outros também se divertindo.Foi nesse momento que Daniel apareceu.— Você chegou na hora certa, você pode segurar as rédeas para a Beatriz, tenho coisas para f
— Você está bem? — Ela perguntou rapidamente.— Estou bem.Ele a ajudou a se levantar com uma mão, enquanto a outra pendia ao lado do corpo, claramente deslocada.Benício correu para ajudar. — Venha comigo para o escritório, eu vou cuidar disso. Beatriz, você também deveria ir ao ambulatório, ver se tem mais algum problema.Daniel tinha o ombro deslocado, e o ambulatório não sabia como lidar com isso, mas Benício era habilidoso nesse aspecto.Ele examinou Daniel. Ao tirar a camisa, revelou uma grande área de contusões e inchaço nas costas.— Aguente firme, já vai passar.Benício segurou o braço de Daniel, girando-o suavemente, e então aplicou uma força súbita. O rosto de Daniel empalideceu instantaneamente, a testa coberta de suor.Antes de colocar o ombro no lugar, qualquer movimento era extremamente doloroso. Após o procedimento, o braço ficou adormecido.Ele soltou um suspiro profundo e balançou o braço levemente.— Não force esse braço por um tempo, para evitar um novo deslocamento
— Isso aí, é só mimá-la um pouco. Quando ela reclamar de você, apenas sorria escondido. Se um dia ela parar de reclamar, aí sim você terá motivos para chorar.— Benício, você realmente sabe como aconselhar as pessoas, mas talvez devesse falar um pouco menos.Daniel se levantou, pronto para ir ver Beatriz.Benício não sabia se estava sendo elogiado ou insultado.Beatriz, parada à porta, ouviu a conversa e imediatamente se afastou em silêncio. Ela só estava com um arranhão, que foi rapidamente tratado com iodo na enfermaria.Ela estava preocupada com a ferida de Daniel e queria ver como ele estava, quando ouviu aquela conversa.Então, Daniel tinha uma paixão antiga, por quem ele chamava mesmo em um estado delirante devido a ferimentos graves em uma missão, e mantinha a foto dela consigo.Isso era o passado de Daniel, ela não deveria se intrometer, especialmente porque ela estava determinada a se divorciar, o que tornava isso ainda menos relevante para ela.Mas, por alguma razão, ela sent