O desejo de Beatriz era claro: beijá-lo, abraçá-lo!Ela traçou delicadamente o contorno de seus lábios com a ponta da língua. Era um beijo suave e prolongado.Ela estava muito envolvida, então tomou a iniciativa de abrir os lábios dele e entrelaçar sua língua com a dele.A respiração de ambos se misturava lentamente, e ela sentiu os braços fortes de Daniel a levantarem do chão.Suas mãos firmes apertavam as curvas dela, e ela, naturalmente, envolveu suas pernas ao redor da cintura atlética dele.Ele a ergueu, e agora era ele quem inclinava a cabeça para corresponder ao beijo.O beijo entre eles se intensificava cada vez mais, tornando-se difícil separar-se. Mas, eventualmente, Daniel recuperou a razão e soltou os lábios dela.Seus olhos transbordavam um desejo profundo, e sua voz estava rouca. — Chega de brincadeiras.Ela acabou ficando presa em uma posição comprometedora.Ela podia sentir claramente a dureza e o calor daquilo, pressionando-a perigosamente.Ele fez menção de colocá-la
Se Afonso machucasse Beatriz, mesmo que um pouco, ela imediatamente recuaria, sem ousar dar mais um passo à frente. A recuperação levaria muito tempo e exigiria muita paciência.— Beatriz, você sabe por que eu fui escolhido para ser um agente infiltrado?— Por quê?Beatriz estava confusa, não entendendo como a conversa havia chegado a esse ponto.— Porque eu sou paciente o suficiente, só puxo a linha quando o peixe morde completamente a isca. Ou eu não faço nada, ou eu faço até o fim, não há desafio que eu não possa superar.Ele a olhava com determinação. Beatriz ficou um pouco envergonhada sob seu olhar.— Eu... posso não ser tão fácil de conquistar...— Veremos.Nesse momento, a enfermeira bateu na porta. — Uh... vocês terminaram? Preciso entrar para trocar o soro, depois disso vou embora.Beatriz, como um coelho assustado, rapidamente saltou para fora dos braços de Daniel.Ela foi para a cama num ímpeto, cobriu-se com a colcha e começou a mexer em tudo ao seu redor. Quando as pessoa
Ao ouvir isso, a mente de Beatriz explodiu, como se uma bomba tivesse sido detonada. Sua mente ficou em branco, e seus ouvidos zuniam, incapazes de entender o que Willian dizia a seguir.Suas mãos tremiam segurando o celular.‘Quem abusou de você naquele barco foi o Policial Dias…’Daniel... como poderia ser Daniel.— Você está mentindo, quer nos separar, se vingar do Daniel? Você não vai conseguir, Daniel jamais faria algo assim, ele nunca.— Você acha que ele é um santo? Quando estava infiltrado, até se envolveu com minha irmã, os dois tiveram um caso, e se casaram no Triângulo Dourado. Ele faria qualquer coisa para alcançar seus objetivos. Você sabe o que aconteceu com minha irmã? Ela levou um tiro por ele, salvando sua vida, mas ele friamente a mandou para a cadeia. Minha irmã enlouqueceu, virou uma demente. Ela, Beatriz, é um aviso para você.— Impossível, impossível... — Beatriz repetia descontroladamente.— Se não acredita, por que não pergunta a ele diretamente?Willian, parece
Caminhava pela rua, descalça e vestindo roupas de hospital, murmurando para si mesma enquanto as pessoas a olhavam.Alguns pensaram que ela estava louca e chamaram a polícia rapidamente. Logo, um policial local a encontrou.— Cunhada?Manuel a reconheceu de imediato. Ao ver Manuel, a primeira reação de Beatriz foi fugir.Manuel correu atrás dela: — Cunhada, o que houve? Por que você está correndo?— Me larga, me larga...Beatriz se debatia freneticamente, como se estivesse em pânico, e devido à intensa emoção, sua visão escureceu, e ela desmaiou.Manuel imediatamente ligou para Daniel. Quando Beatriz acordou, estava de volta ao quarto de hospital familiar. Ela olhava fixamente para o teto, com um olhar vazio.— Bia, o que houve? Não me assuste, por favor? — Daniel a olhava preocupado.Ao ouvir essa voz familiar, as lembranças na cabeça de Beatriz se abriram como uma porta. Era exatamente a mesma voz que ela ouviu quando foi violada no navio.— Bia... — Daniel segurou sua mão.Ele queri
Ao ouvir isso, Daniel apertou os punhos com força. Ele levantou os olhos, encarando-a diretamente, sem um pingo de arrependimento.— Eu não vou me divorciar, a não ser que eu morra!— Daniel... — Ela tremia de raiva: — Você não pode me impedir, e também não pense em usar seu avô contra mim. Ele é seu avô, não o meu, por que eu deveria considerar um estuprador em tudo o que faço?Beatriz pensou em como ela se esforçou, apesar de doente, para manter a empresa funcionando, mas no final, ele cooperou estreitamente com a polícia. Se não tivesse deixado o emprego, provavelmente receberia mais uma medalha.Todos estavam atuando, apenas ela estava sinceramente envolvida. Ela desejava poder cegar seus próprios olhos inúteis por acreditar em homens novamente.Daniel levantou-se lentamente, olhando para ela de cima. — Você entendeu errado.Sua voz era calma e suave, como sempre. Mas seus olhos profundos pareciam esconder um abismo sem fim, sugando qualquer um que nele caísse.Ela o encarou, e sua
— Eu disse, não me provoque sem necessidade, você não faz ideia de quem eu realmente sou. Beatriz, eu já te poupei várias vezes, desta vez você veio até mim, não tenho razões para te perdoar. Eu disse, tenho muita paciência, algumas coisas ou não se faz, ou se faz bem feito. Não tenha medo, daqui para frente, coisas assim serão comuns.Após falar, Daniel se virou e saiu, sem olhar para trás.Quando ele se foi, Beatriz finalmente se deixou cair na cama, completamente atordoada. Suas roupas estavam encharcadas de suor.Que tipo de pessoa ela havia provocado? Alguém que parecia justo e decidido, mas na realidade... obsessivo, sombrio, aterrorizante.Beatriz não ousava pensar mais nisso.Ela percebeu que havia guardas ao seu redor, tornando impossível deixar o hospital.Enquanto estava desesperada procurando uma saída, ela encontrou Bruna. Bruna também estava no mesmo hospital, sua ferida de bala na perna ainda não havia cicatrizado, precisando de uma cadeira de rodas todos os dias.Ao ver
Beatriz estava cheia de ressentimentos contra Bruna. Ela não hesitou em arrancar cabelos e dar tapas, sem nenhuma cortesia. Bruna, com sua mobilidade reduzida, não tinha forças para resistir e acabou gritando de dor.Depois de um tempo, a porta do elevador se abriu, e Beatriz saiu calmamente, batendo palmas levemente. Bruna encolhida no canto, com o nariz e o rosto inchados, cabelos em desalinho. Ela, sentindo-se injustiçada, pegou o celular, tremendo, e ligou para Daniel.— Irmão, a Beatriz me intimidou, ela... ela me bateu!Ela estava chorando, quando de repente Beatriz se virou, mostrando seus punhos e a silenciando de medo.Meia hora depois, Daniel chegou ao hospital, já tendo visto o vídeo no carro. Desta vez, Bruna não tinha provocado Beatriz, mas acabou apanhando brutalmente.Ele massageou as têmporas, sem saber se deveria estar irritado ou rir.Primeiro, foi consolar Bruna.— Irmão... — Bruna o viu e começou a chorar, apontando para o próprio rosto. — Irmão, a Beatriz me bateu,
— Então, você fez bem.Ao dizer isso, ele se aproximou, e seu caloroso hálito foi soprado no rosto dela. O coração dela acelerou, as orelhas ficaram vermelhas, e ela recuou imediatamente. Por alguns segundos, seu cérebro parou, pensando que Daniel poderia tentar beijá-la.Ele a olhou seriamente, com um olhar ardente. Não havia mais disfarces, seu olhar era intensamente sedutor, como se quisesse devorá-la por inteiro.Beatriz sentia seu coração bater rapidamente, como se fossem tambores. Ela rapidamente desviou o olhar dele: — Daniel, você está sendo fiel à sua profissão? Você sabe que está infringindo a lei, não tem medo...— Medo de quê? — ele perguntou, arqueando uma sobrancelha: — Você pode me denunciar por assédio, eu admito minha culpa. Desde que você vá denunciar!— Você acha que eu não teria coragem? — Beatriz disse, irritada.Daniel permaneceu em silêncio, apenas observando-a, e de repente a pegou no colo.— O que você está fazendo, me solte...Por mais que ela se debatesse, Da