Não havia ninguém na cozinha preparando a comida, talvez fossem jantar fora?Ela estava pensando nisso quando ouviu o som da buzina de um carro lá fora, para sua surpresa, Bruna e Daniel chegaram juntos.Bruna, sempre animada e falante, estava agora surpreendentemente quieta, parada obedientemente atrás dele.— Daniel, você voltou, vamos jantar fora? O bolo deve ir conosco?Daniel parou, olhando fixamente para o bolo sobre a mesa com um olhar sombrio.— Você que preparou?— Ele disse friamente.— O que houve?Beatriz instintivamente deu um passo para trás, sentindo um arrepio, seu olhar agora era assustador.Bruna rapidamente falou: — Irmão, a cunhada acabou de chegar, ela não sabia, não fique bravo com ela. Cunhada, meu irmão foi sequestrado durante uma festa de aniversário quando era criança, quase morreu, desde então ele nunca mais comemorou seu aniversário.Ouvindo isso, Beatriz empalideceu.Era Bruna quem havia dito para preparar o aniversário para Daniel. Ela não esperava...Não é
— Você ainda me bate? Vocês estão todos mortos, por acaso? Venham me ajudar.— Beatriz chamou por ajuda em desespero.Os empregados, claramente leais a Bruna, se aproximaram. Eles pareciam não usar muita força, mas Beatriz sabia que eles estavam secretamente usando técnicas dolorosas, apertando seu braço e beliscando sua carne.Ela sentia dor por todo o corpo, com pessoas apertando suas coxas e a carne macia ao redor de sua cintura... lugares que estavam cobertos por roupas. Alguém até mesmo a espetou secretamente com uma agulha.Era óbvio que esses empregados haviam sido bem treinados por Bruna. Agora, suando frio de dor, Beatriz sabia que precisava sair dali.Consciente de sua desvantagem, Beatriz sabia que se fosse pega, teria inúmeras feridas inconfessáveis.Ela agiu rapidamente, pegando uma faca de frutas da mesa de centro e a colocando contra o pescoço de Bruna.— Não se aproximem, ou eu a ferirei.Beatriz nunca teve a intenção de realmente machucar Bruna; ela só queria sair dali.
— Daniel, agora você vê minha verdadeira natureza. Não sou uma boa pessoa. Desde o início, estar com você foi uma forma de vingança contra Afonso. Eu destruí a reputação da Débora, tudo para me vingar de um casal indigno. Até mesmo arriscar a minha própria vida. Você viu, eu faria qualquer coisa para alcançar meus objetivos. Agora, não importa se você vai chamar a polícia ou se quer o divórcio, não tenho nada a dizer.Daniel franzia a testa, apertada. — Os empregados chamaram a polícia, mas eu consegui abafar o caso. Isso é uma questão familiar, acredito que foi um acidente, você não tinha intenção de matar Bruna. Mas você nunca deveria ter usado uma faca!— Então o que você quer que eu faça? Devo pedir desculpas a Bruna? Deixe-me dizer-lhe, sou uma pessoa que tem orgulho, pedir desculpas está fora de questão!— A voz de Beatriz elevou-se.— Eu sabia que seria essa a resposta.— Daniel olhou para ela com uma expressão complexa, cheia de decepção.Beatriz encarou-o de volta, sem desviar o
Daniel concordou e em seguida pegou uma faca de frutas sobre a mesa.— Sou o marido dela, eu falhei em discipliná-la, não consegui controlar suas ações, eu também sou culpado. Vou sofrer em seu lugar, a punição será dobrada, vou me autolesionar com dois cortes.— Irmão!Bruna se desesperou, mas já era tarde demais para impedir. Daniel ergueu a faca e fez dois longos cortes em seu braço esquerdo, o sangue não parava de escorrer. Os cortes eram profundos, não dava para saber se tinham atingido algum nervo.— Médico, rápido, um médico...Daniel, com veias saltadas na testa, suportava a dor sem emitir um som.— Já chega? Se não for suficiente, posso cortar mais duas vezes. Os erros dela, eu suporto.— Já chega, já chega... Médico, rápido, por favor...Bruna chorava ainda mais.O médico chegou às pressas e tratou de enfaixar Daniel. Por sorte, o tratamento foi rápido e não afetaria o uso de sua mão esquerda.Bruna, em lágrimas, disse: — Irmão, ela realmente vale tudo isso?O sangue havia pa
Não podia mais esperar passivamente, por que deixar Daniel julgá-la?Se necessário, ela chamaria a polícia. Mesmo presa, pelo menos teria comida, não seria torturada assim.Ela se levantou, usando as paredes como apoio.Primeiro, encheu o estômago com água para ganhar alguma força, e então dirigiu-se à varanda.Já era tarde da noite, e os empregados estavam todos dormindo. Ela lançou um olhar para a estrutura externa; ao lado, havia a unidade externa do ar-condicionado.Se ela conseguisse escalar a grade, pular para a unidade externa do ar e, em seguida, descer cuidadosamente pelo cano, talvez conseguisse aterrissar em segurança.Se... se por um acaso ela caísse, os empregados certamente não brincariam com uma vida, e a levariam para receber cuidados médicos.Ou então morreria de fome ali mesmo, ou tentaria algo arriscado, talvez houvesse uma chance.Ela não queria ficar à espera da morte!Olhou para baixo e viu o que parecia ser um abismo escuro sem fim, habitado por feras selvagens p
Depois de tanto esforço para sair da mansão, ela iria cair em outra armadilha?Beatriz lutava com todas as suas forças, movida por um instinto de sobrevivência. Mas a diferença de força entre homens e mulheres era grande, e ela não conseguia superá-lo.— Me solte!— Ela estava desesperada, quase chorando.— Fique tranquila, o tio vai cuidar bem de você. Deus realmente sentiu pena de mim, te trazendo até aqui!O homem exibia um sorriso ganancioso e lascivo. Beatriz sentiu nojo.Ela conseguiu pegar uma pedra e a lançou contra ele com força. Não sabia onde tinha acertado, mas o homem soltou-a de dor.Aproveitando a oportunidade, Beatriz correu para fora.Se ela fosse arrastada para dentro do prédio abandonado, não haveria mais volta.— Merda...— O motorista xingou enquanto a seguia.— Tem alguém aí? Socorro... alguém me ajude... Estão tentando me violentar, socorro!Ela só podia gritar por ajuda, esperando que alguém passasse por ali e pudesse salvá-la.De repente, ela sentiu uma dor surda
Ele era um solteirão velho, tomado por desejos ao vê-la, pensando em levá-la para um lugar deserto para estuprá-la. Mal sabia ele que Afonso, voltando de uma viagem de negócios e pegando um atalho para casa, cruzaria com eles naquele momento.— Conseguiram informações sobre a mansão da família Dias?— Sim, descobrimos que a Srta. Rocha quase matou Bruna por acidente, e o Sr. Dias, como punição e para dar uma explicação a Bruna, a colocou em confinamento solitário. Os empregados da mansão cortaram sua comida e água, pegaram seu celular e a trancaram num quarto. Ela ficou vários dias sem comer, sobrevivendo apenas de água da torneira, até que conseguiu fugir à noite. Como estava em confinamento, nenhum empregado verificou o quarto dela, então ainda não sabem que ela desapareceu. Mas eu imagino que não conseguirão manter isso em segredo por muito mais tempo.Afonso deu uma risada fria: — Daniel faz tanto teatro de que se importa com ela, mas no fim das contas é isso aí.Ele olhou para Bea
— Beatriz, o homem que você gosta não é lá essas coisas,— Afonso zombou sem piedade.— É, senão por que eu teria me envolvido com você?Afonso: — …Depois que se separaram, ela realmente trouxe muitas sensações diferentes para ele, fazendo-o sentir amor e ódio, indeciso.Nesse momento, o celular de Afonso tocou, e ele olhou para o visor com uma expressão séria. — Eu preciso atender essa ligação.Ele se afastou de Beatriz, e ela imediatamente entendeu que era Débora ligando.Afonso foi para o corredor externo.— Afonso, o que você tem feito ultimamente, que não atende minhas ligações?— Eu ainda estou em viagem de negócios, muito ocupado. Tente entender.— Você disse que voltaria ontem para ficar comigo.— Querida, espere por mim.Afonso mentiu instintivamente, acalmando o humor de Débora.Depois de desligar, ele percebeu o que havia feito e franziu a testa, sentindo que isso não estava certo, mas sem encontrar uma solução melhor.Ele temia que Débora fizesse um escândalo, então era mel