— Você venceu, Beatriz, depois eu volto para te ver.Afonso não teve escolha a não ser sair primeiro. Se Débora realmente o encontrasse ali, seria difícil de explicar. Melhor evitar mais problemas.Daniel imediatamente entrou, mas a cama estava vazia, Beatriz havia retirado a agulha do soro, e desaparecido.— Beatriz?Ele procurou apressadamente, abrindo a porta do banheiro, Beatriz estava tentando escalar a janela do banheiro.Seu coração afundou, isso era o décimo andar! Ele correu até ela, agarrando seu pulso firmemente, puxando-a de volta.— O que você está fazendo! Quer morrer?Beatriz também ficou assustada, ela pensou que poderia usar a unidade externa do ar-condicionado para pular para o banheiro do quarto ao lado.Ela até arrancou a cortina do chuveiro, enrolando-a em sua cintura, e a outra extremidade na torneira, como precaução.Mas assim que começou a escalar, vendo as pessoas lá embaixo reduzidas a pontos, ela sentiu seus olhos escurecerem, percebendo que não valia a pena
Bruna fez beicinho, injustiçada: — Irmão, isso já passou, eu nem estou mais levando em conta, por que você ainda pergunta? Independente do que eu fiz, não justifica ela me atacar com uma faca, não é? Isso é tentativa de homicídio, muda tudo!— Os empregados me contaram tudo.— Disse Daniel, com um olhar frio e distante.Bruna se assustou. Seu olhar vacilou por um momento, mesmo que rapidamente tenha se estabilizado, Daniel já tinha entendido o suficiente.Ele não perguntou aos empregados, se investigasse seriamente, com certeza descobriria algo útil. Mas ele queria ouvir a confissão de Bruna.Porque ela era sua irmã.— Irmão, eu admito que a maltratei, disse a ela para comprar um bolo para o seu aniversário, foi só uma brincadeira, como eu ia saber que ela ficaria tão brava...— Bruna, até quando você vai continuar com essas infantilidades!— Daniel estava profundamente decepcionado. — Você tem certeza de que foi só isso? Você incitou os empregados a serem cruéis com ela. Por que você se
— O que você quer dizer?— Bruna percebeu algo de errado, franziu a testa severamente, um pouco irritada.— Eu tenho nossas conversas gravadas, e se o senhor souber...— Você ousa me ameaçar?Bruna não esperava que Camila tivesse a audácia de ameaçá-la.Camila, na verdade, também não tinha coragem, mas ela havia se esforçado tanto para se tornar a governanta dos empregados, com um salário anual de centenas de milhares.Agora sendo expulsa pela família, seria ainda mais difícil encontrar outro emprego. Ela estava fazendo isso para ajudar Bruna, portanto, naturalmente, Bruna deveria assumir a responsabilidade.— Srta. Bruna, eu acabei nesta situação por estar fazendo um favor para você. Você tem que me ajudar, caso contrário, só me restará pedir ao senhor.— Está bem, eu assumo a responsabilidade!— Bruna disse entre dentes.Ela realmente tinha se enganado sobre Camila, pensando que ela era uma das antigas empregadas da família Dias, tratando-a como se fosse sua própria filha, mas acabou..
Depois disso, Afonso não apareceu mais.Ela ficou no hospital por cinco dias, sua saúde gradualmente melhorou, e não sentiu mais aquela sensação de leveza ao andar. As várias contusões pelo corpo também começaram a desaparecer lentamente.Ela arrumou suas coisas para sair do hospital e foi até a mansão pegar seus pertences pessoais.Nesses dias, ela mal falou com Daniel, que visitava todos os dias, às vezes chegando de madrugada devido a compromissos.Daniel frequentemente parecia hesitante em falar. Seus olhos profundos pareciam esconder sentimentos insondáveis, que ela não conseguia entender, nem queria tentar.Quando ela recebeu alta, Daniel a buscou de carro e a levou de volta à mansão.Para sua surpresa, ao entrar, viu uma fileira de empregados com uniformes uniformizados, todos rostos desconhecidos.Eles a cumprimentaram com respeito e sinceridade: — Bom dia, senhora.Beatriz ficou surpresa.— Isso é...— Empregados novos, que seguirão apenas as suas ordens.— Ele falou, com a voz
Com isso, todas foram levadas, e só então Beatriz sentiu que a ordem foi restaurada.Ela não é nenhuma santa; por que trataria bem essas criadas mal-intencionadas?Ela olhou para Daniel, reconhecendo sua própria maldade. Será que ele se arrepende de ter se enganado a respeito dela? Se ele pedisse o divórcio agora, ela aceitaria sem hesitar.No entanto, Daniel olhava para ela intensamente, sem um pingo de repulsa em seus olhos, apenas admiração.O que ele queria dizer com isso?— Descanse um pouco aqui, vou subir para pegar algo.— Como quiser.Rapidamente, Daniel desceu.— Meus pertences já foram todos para o quarto de hóspedes, que fica trancado, você provavelmente não os verá. Não vou mais morar aqui, você pode fazer o que quiser com o lugar, até derrubar, se desejar. Os empregados estão sob suas ordens, o dinheiro fica por minha conta. Se algo não lhe agradar, sinta-se livre para dispensá-los e contratar novos.— O que você quer dizer?Beatriz ficou atônita. Ela pensou que seria ela
Lucas estava um tanto ansioso, pois sabia que, se Beatriz falasse, pedindo a Daniel que cuidasse de sua saúde, ele certamente o faria.Depois de uma reunião, Daniel já estava com febre baixa, mas continuava trabalhando.Lucas não podia mais ver aquilo e foi falar com Beatriz.Beatriz estava ocupada em seu estúdio resolvendo algumas questões.— Cunhada, Daniel está se desdobrando em trabalho, nem almoça e à noite só dorme quatro ou cinco horas. Mesmo sendo resistente, isso vai acabar afetando sua saúde. Você não precisa ir vê-lo, apenas mande uma mensagem ou faça uma ligação pedindo para ele descansar e não se sobrecarregar. Ele com certeza irá ouvir você.— O corpo é dele, se ele não cuida, qual é a minha relação com isso? Lucas, não me coloque em um pedestal, minha relação com Daniel é bem comum.Ela mordeu o lábio, sentindo-se um pouco culpada ao dizer isso.— Você pode ir agora, estou ocupada.— Cunhada...— Até logo, não vou acompanhá-lo.Lucas teve que sair decepcionado. Ao voltar
Beatriz não esperava encontrá-lo aqui. Lucas estava na recepção fazendo alguns procedimentos e não notou sua presença, logo após, partiu apressadamente.Beatriz congelou, Lucas havia mencionado que Daniel estava doente, a situação não era das melhores, esperava que ela fosse visitá-lo. Mas ela ainda estava aborrecida, recusando-se a vê-lo.Nos últimos dias, Lucas não a procurou, ela pensou que Daniel apenas tivesse algo leve e já estivesse recuperado, mas agora ele estava no hospital, será que isso indicava que Daniel ainda estava internado?— Bia, por que você parou?— Carlos... Você pode descobrir uma coisa para mim? Daniel está nesse hospital? Ele está se sentindo mal? É grave?— Claro, vou perguntar por você.— Não diga que fui eu quem perguntou, está bem?— Tudo bem, eu entendo.Carlos sorriu ao concordar, mas quando se virou, seu sorriso se tornou amargo. Se Beatriz soubesse o que ele sentia, entenderia o quanto essa tarefa aparentemente simples o afetava profundamente.Rapidamen
Beatriz pensou rapidamente, desejando poder se esconder em um buraco naquele momento.— Eu... Sou a cuidadora que Lucas contratou para cuidar de você à noite.— Beatriz, sou um policial, sua tentativa de disfarce é facilmente desmascarada aos meus olhos.Beatriz corou, esquecendo-se de que Daniel era um profissional. Ela tirou a máscara, irritada.— Sou eu, e daí? Vim ver se você tinha morrido.— Ela tentou parecer ameaçadora. — Já que não morreu, estou indo embora...Beatriz correu para a porta, mas assim que tocou a maçaneta, ela caiu. A porta estava quebrada, impossibilitando sua saída.— Tem alguém aí? Abra a porta, socorro...Por mais que Beatriz chamasse, não havia movimento algum do lado de fora.Ela, furiosa, deu um forte chute na porta, machucando o dedão do pé. A dor fez com que ela cerrasse os dentes, quase chorando.Ao ver a cena, Daniel, sem se importar com o soro que estava tomando, arrancou a agulha e apressou-se em sua direção.— Está tudo bem? Machucou o osso?— Não é d