Não podia mais esperar passivamente, por que deixar Daniel julgá-la?Se necessário, ela chamaria a polícia. Mesmo presa, pelo menos teria comida, não seria torturada assim.Ela se levantou, usando as paredes como apoio.Primeiro, encheu o estômago com água para ganhar alguma força, e então dirigiu-se à varanda.Já era tarde da noite, e os empregados estavam todos dormindo. Ela lançou um olhar para a estrutura externa; ao lado, havia a unidade externa do ar-condicionado.Se ela conseguisse escalar a grade, pular para a unidade externa do ar e, em seguida, descer cuidadosamente pelo cano, talvez conseguisse aterrissar em segurança.Se... se por um acaso ela caísse, os empregados certamente não brincariam com uma vida, e a levariam para receber cuidados médicos.Ou então morreria de fome ali mesmo, ou tentaria algo arriscado, talvez houvesse uma chance.Ela não queria ficar à espera da morte!Olhou para baixo e viu o que parecia ser um abismo escuro sem fim, habitado por feras selvagens p
Depois de tanto esforço para sair da mansão, ela iria cair em outra armadilha?Beatriz lutava com todas as suas forças, movida por um instinto de sobrevivência. Mas a diferença de força entre homens e mulheres era grande, e ela não conseguia superá-lo.— Me solte!— Ela estava desesperada, quase chorando.— Fique tranquila, o tio vai cuidar bem de você. Deus realmente sentiu pena de mim, te trazendo até aqui!O homem exibia um sorriso ganancioso e lascivo. Beatriz sentiu nojo.Ela conseguiu pegar uma pedra e a lançou contra ele com força. Não sabia onde tinha acertado, mas o homem soltou-a de dor.Aproveitando a oportunidade, Beatriz correu para fora.Se ela fosse arrastada para dentro do prédio abandonado, não haveria mais volta.— Merda...— O motorista xingou enquanto a seguia.— Tem alguém aí? Socorro... alguém me ajude... Estão tentando me violentar, socorro!Ela só podia gritar por ajuda, esperando que alguém passasse por ali e pudesse salvá-la.De repente, ela sentiu uma dor surda
Ele era um solteirão velho, tomado por desejos ao vê-la, pensando em levá-la para um lugar deserto para estuprá-la. Mal sabia ele que Afonso, voltando de uma viagem de negócios e pegando um atalho para casa, cruzaria com eles naquele momento.— Conseguiram informações sobre a mansão da família Dias?— Sim, descobrimos que a Srta. Rocha quase matou Bruna por acidente, e o Sr. Dias, como punição e para dar uma explicação a Bruna, a colocou em confinamento solitário. Os empregados da mansão cortaram sua comida e água, pegaram seu celular e a trancaram num quarto. Ela ficou vários dias sem comer, sobrevivendo apenas de água da torneira, até que conseguiu fugir à noite. Como estava em confinamento, nenhum empregado verificou o quarto dela, então ainda não sabem que ela desapareceu. Mas eu imagino que não conseguirão manter isso em segredo por muito mais tempo.Afonso deu uma risada fria: — Daniel faz tanto teatro de que se importa com ela, mas no fim das contas é isso aí.Ele olhou para Bea
— Beatriz, o homem que você gosta não é lá essas coisas,— Afonso zombou sem piedade.— É, senão por que eu teria me envolvido com você?Afonso: — …Depois que se separaram, ela realmente trouxe muitas sensações diferentes para ele, fazendo-o sentir amor e ódio, indeciso.Nesse momento, o celular de Afonso tocou, e ele olhou para o visor com uma expressão séria. — Eu preciso atender essa ligação.Ele se afastou de Beatriz, e ela imediatamente entendeu que era Débora ligando.Afonso foi para o corredor externo.— Afonso, o que você tem feito ultimamente, que não atende minhas ligações?— Eu ainda estou em viagem de negócios, muito ocupado. Tente entender.— Você disse que voltaria ontem para ficar comigo.— Querida, espere por mim.Afonso mentiu instintivamente, acalmando o humor de Débora.Depois de desligar, ele percebeu o que havia feito e franziu a testa, sentindo que isso não estava certo, mas sem encontrar uma solução melhor.Ele temia que Débora fizesse um escândalo, então era mel
— Você venceu, Beatriz, depois eu volto para te ver.Afonso não teve escolha a não ser sair primeiro. Se Débora realmente o encontrasse ali, seria difícil de explicar. Melhor evitar mais problemas.Daniel imediatamente entrou, mas a cama estava vazia, Beatriz havia retirado a agulha do soro, e desaparecido.— Beatriz?Ele procurou apressadamente, abrindo a porta do banheiro, Beatriz estava tentando escalar a janela do banheiro.Seu coração afundou, isso era o décimo andar! Ele correu até ela, agarrando seu pulso firmemente, puxando-a de volta.— O que você está fazendo! Quer morrer?Beatriz também ficou assustada, ela pensou que poderia usar a unidade externa do ar-condicionado para pular para o banheiro do quarto ao lado.Ela até arrancou a cortina do chuveiro, enrolando-a em sua cintura, e a outra extremidade na torneira, como precaução.Mas assim que começou a escalar, vendo as pessoas lá embaixo reduzidas a pontos, ela sentiu seus olhos escurecerem, percebendo que não valia a pena
Bruna fez beicinho, injustiçada: — Irmão, isso já passou, eu nem estou mais levando em conta, por que você ainda pergunta? Independente do que eu fiz, não justifica ela me atacar com uma faca, não é? Isso é tentativa de homicídio, muda tudo!— Os empregados me contaram tudo.— Disse Daniel, com um olhar frio e distante.Bruna se assustou. Seu olhar vacilou por um momento, mesmo que rapidamente tenha se estabilizado, Daniel já tinha entendido o suficiente.Ele não perguntou aos empregados, se investigasse seriamente, com certeza descobriria algo útil. Mas ele queria ouvir a confissão de Bruna.Porque ela era sua irmã.— Irmão, eu admito que a maltratei, disse a ela para comprar um bolo para o seu aniversário, foi só uma brincadeira, como eu ia saber que ela ficaria tão brava...— Bruna, até quando você vai continuar com essas infantilidades!— Daniel estava profundamente decepcionado. — Você tem certeza de que foi só isso? Você incitou os empregados a serem cruéis com ela. Por que você se
— O que você quer dizer?— Bruna percebeu algo de errado, franziu a testa severamente, um pouco irritada.— Eu tenho nossas conversas gravadas, e se o senhor souber...— Você ousa me ameaçar?Bruna não esperava que Camila tivesse a audácia de ameaçá-la.Camila, na verdade, também não tinha coragem, mas ela havia se esforçado tanto para se tornar a governanta dos empregados, com um salário anual de centenas de milhares.Agora sendo expulsa pela família, seria ainda mais difícil encontrar outro emprego. Ela estava fazendo isso para ajudar Bruna, portanto, naturalmente, Bruna deveria assumir a responsabilidade.— Srta. Bruna, eu acabei nesta situação por estar fazendo um favor para você. Você tem que me ajudar, caso contrário, só me restará pedir ao senhor.— Está bem, eu assumo a responsabilidade!— Bruna disse entre dentes.Ela realmente tinha se enganado sobre Camila, pensando que ela era uma das antigas empregadas da família Dias, tratando-a como se fosse sua própria filha, mas acabou..
Depois disso, Afonso não apareceu mais.Ela ficou no hospital por cinco dias, sua saúde gradualmente melhorou, e não sentiu mais aquela sensação de leveza ao andar. As várias contusões pelo corpo também começaram a desaparecer lentamente.Ela arrumou suas coisas para sair do hospital e foi até a mansão pegar seus pertences pessoais.Nesses dias, ela mal falou com Daniel, que visitava todos os dias, às vezes chegando de madrugada devido a compromissos.Daniel frequentemente parecia hesitante em falar. Seus olhos profundos pareciam esconder sentimentos insondáveis, que ela não conseguia entender, nem queria tentar.Quando ela recebeu alta, Daniel a buscou de carro e a levou de volta à mansão.Para sua surpresa, ao entrar, viu uma fileira de empregados com uniformes uniformizados, todos rostos desconhecidos.Eles a cumprimentaram com respeito e sinceridade: — Bom dia, senhora.Beatriz ficou surpresa.— Isso é...— Empregados novos, que seguirão apenas as suas ordens.— Ele falou, com a voz