— Então, ele tinha uma arma, dessas bem poderosas?— Sim, ele era incrivelmente preciso, capaz de acertar um alvo a cem metros de distância.— Beatriz começou a inventar histórias sem perder o fôlego.Os olhos do menino brilhavam de admiração, esquecendo-se completamente do medo anterior. — Ele pode se tornar invisível?— Sim, ele pode se mover pelos telhados e retirar objetos de longe sem nenhum esforço!— E ele pode lançar teias? Como o Homem-Aranha?— Ele não lança teias, mas pode fazer chamas surgirem das palmas das mãos, é incrível.Daniel havia se ausentado por mais de dez minutos, e Beatriz havia passado todo esse tempo exagerando suas qualidades. Daniel se aproximou dela sem que percebesse, continuando a tecer suas histórias animadamente.O menino estava maravilhado.— Beatriz, sua habilidade de mentir está cada vez mais aprimorada.Beatriz se sobressaltou ao ouvir a voz de Daniel, sentindo-se imediatamente culpada, e virou-se para olhá-lo. Ele a observava de cima, com os braço
O menino estava um pouco tímido, se fosse apenas com Beatriz, seu sorriso seria genuinamente radiante.Mas agora, com o senhor policial presente, ele não sabia como sorrir, por isso, forçou um sorriso, abrindo a boca e fazendo o sinal de V com os dedos.— Você pode se mover um pouco para o lado.Daniel posicionou-se ao lado de Beatriz, indiferentemente deslocando o menino para o lado. Beatriz lançou-lhe um olhar reprovador, mas logo depois abraçou o menino, aproximando-se para um sorriso suave.— Mana, posso te dar um beijo?— Claro que pode.O menino sorriu feliz e deu um beijo na bochecha dela. Beatriz pegou o celular, pronta para capturar o momento, mas, quando pressionou o botão para tirar a foto, Daniel, que estava ao lado, também se aproximou.Ela foi pega de surpresa e capturou a imagem. Na foto, ela exibia um sorriso radiante, e eles estavam beijando suas bochechas, um de cada lado.Ela olhou para Daniel com uma expressão estranha, realmente era fácil causar um mal-entendido, p
— Beatriz, você encontrou um lixo e agora julga todos os homens severamente,— Daniel finalmente falou depois de um longo tempo.— Talvez, mas... eu simplesmente não tenho coragem mais.Daniel ouviu isso e silenciosamente apertou os punhos.Ele só lamentava não ter chegado antes, estava em uma missão quando soube do problema com a família Rocha e voltou o mais rápido que pôde.Ele chegou um dia tarde demais! Afonso já havia estendido sua mão para ela.Ele a viu secretamente uma vez, três anos atrás; Beatriz ainda era inocente e pura, olhando para Afonso como se ele fosse um deus, cheia de admiração e amor.Como policial, ele protegeu muitas pessoas, mas perdeu a única que mais queria proteger.Ele sabia que não tinha mais chance, sinceramente desejava o melhor para Beatriz, mas não queria que ela fosse ferida por Afonso.Essa vez, ele chegou na hora certa, ela estava presa no navio de carga, e foi ele quem a salvou.Ele pensou que Beatriz o trataria como um deus, entregando-se de corpo
Beatriz estava internamente frenética, ele sabia o quanto isso era provocativo? Seu sangue fervia, respiração acelerada, orelhas ardendo.Ele era uma pessoa de intensa atração física, segurando sua perna, acariciando-a suavemente...Beatriz sentiu seu corpo amolecer. Ela retirou a perna em pânico.Daniel levantou os olhos, confuso: — O que houve? Te machuquei?— Sua mão estava muito pesada, eu posso fazer sozinha.— Então me avise, eu posso ser mais leve.Seu dedo se aproximou, tocando suavemente sua canela. Ela rapidamente recuou novamente.— Melhor eu mesma fazer, não estou acostumada.— Seu rosto, por que está tão vermelho?— Estou... Cansada, quero descansar.— Certo, então descanse.Daniel se afastou, e ela finalmente conseguiu respirar aliviada. Ela ajustou sua respiração, expirando muita tensão.Ela ficou muitos dias no hospital, mudando de ambiente, e agora que estava de volta ao seu quarto familiar, com sua cama preferida, abraçou seu ursinho de pelúcia, adormecendo rapidament
— Não... não me toque...Beatriz sentiu sua mão grande segurando seu pulso, tentando afastar sua mão para ver a lesão.As palmas de suas mãos tinham calos espessos, marcas de treinamento constante.Ela se lembrou do sonho, essas mãos tocando cada centímetro de sua pele, podia sentir o contraste do áspero dos calos e sua pele macia, cada toque trazendo arrepios.Ela recuou vários passos como um pássaro assustado.— Eu estou bem, não se preocupe comigo... eu estou bem...— Ela repetia, apressando-se a passar por ele e descer as escadas.Daniel, preocupado, quis seguí-la, mas ela o impediu.— Eu só vou tomar um pouco de ar, não me siga, eu... eu só quero ficar sozinha por um momento.Beatriz apressou-se para fora, como se estivesse fugindo de algum perigo iminente.Daniel ficou confuso, se perguntando se havia feito algo para deixá-la chateada.Descendo as escadas, Beatriz chegou ao jardim.A brisa suave a fez sentir-se imediatamente mais confortável, o calor em seu corpo lentamente se dis
Daniel deu dois passos para trás, olhando para ela com um olhar complicado.Beatriz ficou ainda mais animada, esse olhar tinha um quê de ressentimento?Quanto mais Daniel tentava se esquivar, mais ela se excitava. Nos sonhos anteriores, Daniel era sempre o dominador, deixando-a sem forças para resistir.Mas agora, ele havia mudado de estilo, e ela gostava disso.— Existe alguma parte do seu corpo que eu não possa tocar?— Beatriz, você bebeu?— Daniel perguntou, confuso.Por que ela estava sendo tão ousada?— Eu não bebi, isso é o meu sonho, eu não posso comandar? Vem aqui, deixa eu cuidar de você.— O seu sonho?— Não é?— Então, no seu sonho, o que você quer fazer comigo?Daniel apertou os punhos, tentando controlar as emoções complexas que sentia. Ele queria saber, no sonho, o que Beatriz faria com ele.Ele sabia que estava brincando com fogo, mas ainda assim avançava como uma mariposa para a chama.— Isso foi você quem disse...Quando ele se aproximou, Beatriz o puxou para a cama, d
Ultimamente, Beatriz também não sabia o que estava acontecendo com ela, estava irritada e incapaz de se acalmar. De fato, as mulheres, quando chegam a uma certa idade, também têm suas necessidades.Enquanto ela estava perdida em seus pensamentos, a porta do banheiro se abriu de repente.Beatriz levou um susto e se afundou na banheira, abraçando o próprio corpo.— Você... o que você está fazendo?— Eu pensei um pouco, e não posso ir.— Ah?Daniel avançou em sua direção: — Desde sempre, foi você que cuidou das minhas necessidades, e agora que sei, não posso simplesmente ignorar.— Eu também posso cuidar das suas.— Não precisa! Eu dou um jeito, compro um brinquedinho, contrato um modelo masculino...— Modelo masculino?— A expressão de Daniel escureceu.— Não, não... eu estava apenas dizendo qualquer coisa... nunca faria isso. Vou comprar um brinquedinho...Mas já era tarde demais, Daniel já tinha entrado na banheira. Era uma banheira de duas pessoas, então era especialmente grande, com e
Beatriz só veio a descobrir depois que, mesmo sem ir até o último passo, era possível alcançar o clímax, voar alto e então ser derrubada de volta à realidade.No início, ela mordia o lábio, recusando-se a emitir qualquer som, achando-se demasiadamente libertina e envergonhada. Mas ele sempre encontrava uma maneira, pacientemente a acalmava, fazendo-a se soltar aos poucos.Ele até a encorajava.— Você tem um gemido muito bonito.— Beatriz, você fica especialmente linda assim.— Não fique tão tensa, relaxe um pouco, senão não vai se sentir bem.— Siga meu ritmo.— Beatriz, você nunca me chamou de 'amor', certo?— De repente, ele fez uma pergunta fora de contexto.— Ah...— Ela respondeu vagamente, coberta de suor, ofegante. O prazer trazia consigo ondas de tremores.— Chama de 'amor', vamos?Beatriz travou ao ouvir isso. Chamar de 'amor' era mais embaraçoso do que seus gemidos de prazer?A relação deles era bastante complicada, como se fossem parceiros casuais, mas não completamente.— Nã