Beatriz só veio a descobrir depois que, mesmo sem ir até o último passo, era possível alcançar o clímax, voar alto e então ser derrubada de volta à realidade.No início, ela mordia o lábio, recusando-se a emitir qualquer som, achando-se demasiadamente libertina e envergonhada. Mas ele sempre encontrava uma maneira, pacientemente a acalmava, fazendo-a se soltar aos poucos.Ele até a encorajava.— Você tem um gemido muito bonito.— Beatriz, você fica especialmente linda assim.— Não fique tão tensa, relaxe um pouco, senão não vai se sentir bem.— Siga meu ritmo.— Beatriz, você nunca me chamou de 'amor', certo?— De repente, ele fez uma pergunta fora de contexto.— Ah...— Ela respondeu vagamente, coberta de suor, ofegante. O prazer trazia consigo ondas de tremores.— Chama de 'amor', vamos?Beatriz travou ao ouvir isso. Chamar de 'amor' era mais embaraçoso do que seus gemidos de prazer?A relação deles era bastante complicada, como se fossem parceiros casuais, mas não completamente.— Nã
Ela dobrou a gravata cuidadosamente e a guardou na gaveta.Levantou-se e foi até o banheiro, olhando para si mesma no espelho.Ainda com as bochechas coradas, eles nem tinham chegado ao último passo, e ela já se sentia quase destruída. Ela nem queria pensar se tivessem ido até o fim...Ela mal teve esse pensamento e apressou-se em lavar o rosto com água fria, tentando interromper seus devaneios.Daniel não queria ir até o fim com ela, a única vez que ele tomou a iniciativa de falar foi porque ela estava prestes a tornar pública a sua situação.Ele disse que, ao se tornar verdadeiramente a Sra. Dias, ele se responsabilizaria por ela ao longo da vida. Era seu senso de dever, acreditava que, tendo-a em seus braços, tinha a responsabilidade e a obrigação de protegê-la.Na verdade, ele resistia muito internamente, até mesmo no ápice, ele recuava vários passos, não querendo que ela se aproximasse.Os dois eram como um homem e uma mulher com necessidades normais, buscando conforto um no outro
Beatriz sentiu-se envergonhada ao ler a mensagem.Ela não foi forçada, depois acabou consentindo, não podia culpar Daniel. Hesitante, ela respondeu à mensagem.【Eu só estou um pouco ocupada no estúdio, não é nada mais. Você não precisa ficar na empresa, pode voltar para casa à noite.】【Tudo bem, então jantamos juntos à noite.】As têmporas de Beatriz pulsaram, ela realmente não queria jantar... Mas se recusasse, Daniel certamente pensaria que o incidente da noite anterior havia se tornado um obstáculo entre eles.Ela teve que concordar, mesmo contrariada.【Às seis da tarde, eu passo para te buscar.】【Eu posso estar um pouco ocupada à noite, não sei a que horas vou terminar.】【Não tem problema, eu espero por você.】Dito isso, Beatriz também não tinha muito mais o que dizer.Neste período, o estúdio ficou visivelmente mais ocupado, Débora fez um pedido público de desculpas, e com o seu renome de designer internacional, o outrora desconhecido estúdio tornou-se conhecido em todos os lares.
Foi então que Carlos a chamou.— Bia, tenho uma pergunta que quero te fazer há muito tempo.— Pergunte.— Na sua opinião, quem é mais bonito, eu ou o Daniel?Beatriz se engasgou com a comida, tossindo incessantemente, até lágrimas brotarem de seus olhos. Que pergunta mortal era essa.— Come mais devagar, ninguém vai tirar seu prato.— Daniel a ajudou a se acalmar.Depois de se recuperar, ela apressadamente disse: — Vocês dois são bonitos, cada um tem seu charme!Não pensava em ofender ninguém.Carlos sorriu ainda mais, apoiando o rosto na mão enquanto continuava.— Mas escolha um que você acha mais bonito.— Carlos... essa pergunta é muito superficial...— Vamos lá, eu também quero saber.— Daniel também falou, sua voz era grave e rica, muito agradável de ouvir.Ele a olhava calmamente, como se dissesse: mesmo que você ache Carlos mais bonito, não vou me zangar.E Carlos, com um sorriso no rosto, parecia dizer: você não me escolher não vai me deixar chateado, fale sem medo.Beatriz desej
— Vamos para casa, estou cansada.Beatriz desviou o assunto, sem querer falar sobre isso.Daniel olhou para ela, resignado, e dirigiu para casa. No caminho, ela fingiu estar dormindo para evitar mais constrangimento.Quando chegaram à mansão, ela foi direto para o quarto, e não deixou que ele entrasse para dormir.No dia seguinte, ela propositalmente ficou na cama até tarde, perdendo o momento de sair com Daniel. Quando desceu, viu os empregados decorando a sala de estar.— O que está acontecendo?— Daqui a alguns dias é o aniversário do senhor, estamos preparando uma surpresa para ele.Beatriz bateu na própria cabeça, ela realmente tinha esquecido, nem lembrava mais do aniversário de Daniel no final do mês.— Como é que costumam celebrar?— A Sra. Bruna costuma encomendar um bolo, preparar pessoalmente um jantar especial e dar presentes...— Você se casou com meu irmão e não se importa tanto assim com ele?— A voz de Bruna ecoou do andar de cima. Ela continuou com seu sarcasmo: — Meu i
Não havia ninguém na cozinha preparando a comida, talvez fossem jantar fora?Ela estava pensando nisso quando ouviu o som da buzina de um carro lá fora, para sua surpresa, Bruna e Daniel chegaram juntos.Bruna, sempre animada e falante, estava agora surpreendentemente quieta, parada obedientemente atrás dele.— Daniel, você voltou, vamos jantar fora? O bolo deve ir conosco?Daniel parou, olhando fixamente para o bolo sobre a mesa com um olhar sombrio.— Você que preparou?— Ele disse friamente.— O que houve?Beatriz instintivamente deu um passo para trás, sentindo um arrepio, seu olhar agora era assustador.Bruna rapidamente falou: — Irmão, a cunhada acabou de chegar, ela não sabia, não fique bravo com ela. Cunhada, meu irmão foi sequestrado durante uma festa de aniversário quando era criança, quase morreu, desde então ele nunca mais comemorou seu aniversário.Ouvindo isso, Beatriz empalideceu.Era Bruna quem havia dito para preparar o aniversário para Daniel. Ela não esperava...Não é
— Você ainda me bate? Vocês estão todos mortos, por acaso? Venham me ajudar.— Beatriz chamou por ajuda em desespero.Os empregados, claramente leais a Bruna, se aproximaram. Eles pareciam não usar muita força, mas Beatriz sabia que eles estavam secretamente usando técnicas dolorosas, apertando seu braço e beliscando sua carne.Ela sentia dor por todo o corpo, com pessoas apertando suas coxas e a carne macia ao redor de sua cintura... lugares que estavam cobertos por roupas. Alguém até mesmo a espetou secretamente com uma agulha.Era óbvio que esses empregados haviam sido bem treinados por Bruna. Agora, suando frio de dor, Beatriz sabia que precisava sair dali.Consciente de sua desvantagem, Beatriz sabia que se fosse pega, teria inúmeras feridas inconfessáveis.Ela agiu rapidamente, pegando uma faca de frutas da mesa de centro e a colocando contra o pescoço de Bruna.— Não se aproximem, ou eu a ferirei.Beatriz nunca teve a intenção de realmente machucar Bruna; ela só queria sair dali.
— Daniel, agora você vê minha verdadeira natureza. Não sou uma boa pessoa. Desde o início, estar com você foi uma forma de vingança contra Afonso. Eu destruí a reputação da Débora, tudo para me vingar de um casal indigno. Até mesmo arriscar a minha própria vida. Você viu, eu faria qualquer coisa para alcançar meus objetivos. Agora, não importa se você vai chamar a polícia ou se quer o divórcio, não tenho nada a dizer.Daniel franzia a testa, apertada. — Os empregados chamaram a polícia, mas eu consegui abafar o caso. Isso é uma questão familiar, acredito que foi um acidente, você não tinha intenção de matar Bruna. Mas você nunca deveria ter usado uma faca!— Então o que você quer que eu faça? Devo pedir desculpas a Bruna? Deixe-me dizer-lhe, sou uma pessoa que tem orgulho, pedir desculpas está fora de questão!— A voz de Beatriz elevou-se.— Eu sabia que seria essa a resposta.— Daniel olhou para ela com uma expressão complexa, cheia de decepção.Beatriz encarou-o de volta, sem desviar o