Beatriz não sabia, e tinha medo de responder.

— Deixe de lado as distrações, olhe para frente.

Beatriz respirou fundo, ajustou sua mentalidade e começou a se acostumar com o recuo. Desta vez, não errou o alvo, acertando na borda. Sua palma estava toda suada, quase não conseguia segurar a arma.

— Eu estou aqui, por que tão nervosa? — A voz de Daniel veio com um sorriso implícito, ela não conseguia distinguir se ele estava fazendo isso de propósito, seus lábios quase tocando o ouvido dela, o calor da respiração varrendo sua orelha constantemente.

— Não, não estou.

— Então por que suas orelhas estão vermelhas?

Assim que ele terminou de falar, ela respirou fundo, e Daniel mordeu-a suavemente, causando uma dor leve. Mas rapidamente, ele aliviou a força, sua língua parecendo aliviar a dor.

Esse gesto provocante foi rápido, e Manuel, ao lado, estava tão imerso na emoção de acertar o alvo que não percebeu o que acontecia aqui.

Beatriz ficou rígida, não sabendo se estava sendo ensinada ou provo