Ele socou a mesa de cabeceira com força, fazendo seu punho ficar imediatamente vermelho, como se não sentisse dor. — Ela realmente estava com Daniel, como isso é possível...— Provavelmente a Srta. Rocha se sentiu profundamente magoada por você e quis se vingar escolhendo o Sr. Dias.— É mesmo? — Afonso franziu a testa, duvidoso.A secretária rapidamente respondeu: — A Srta. Rocha ainda o ama, por isso fez isso. Ela queria ver sua reação, se você se desesperasse, estaria fazendo exatamente o que ela queria.Ao ouvir isso, a raiva no rosto de Afonso começou a desaparecer gradualmente. Ele riu sarcasticamente: — Ela realmente não mede esforços. Ela acha que agindo assim eu vou voltar? É ridículo. Enquanto eu não me importar, Beatriz não terá como me atingir. Mas Daniel... ele realmente concordou, provavelmente também está tentando se vingar.No passado, sua mãe não aprovou seu relacionamento com Débora, e ele se tornou um desordeiro, entregando-se à bebida e tendo inúmeras namoradas.A i
— O que aconteceu?— O zíper travou, pode chamar o vendedor para me ajudar?— Eu faço isso.— Isto... não é apropriado, não é?— Beatriz, somos um casal legalmente casado, você sempre me faz sentir como se estivéssemos tendo um caso.Beatriz corou, afinal, era apenas um zíper.Daniel entrou no provador, que parecia menor devido à sua presença dominante. O silêncio era quase palpável, apenas o som do zíper descendo lentamente.Seu dedo mindinho acidentalmente tocou as costas dela. Sua pele era suave e impecável.Uma pele como a dela deveria ser pintada. Usando a água do corpo dela como meio, mergulhar o pincel e pintar uma vibrante imagem de peônias. Ao pensar nisso, seus olhos se aprofundaram em complexidade.— Você terminou? — Beatriz sentiu uma ansiedade intensa, como se fosse a presa de um falcão.Ela se moveu um pouco, acidentalmente tocando abaixo da cintura dele. Inicialmente, ela não percebeu e o apressou, sugerindo que se ele não conseguisse, ela mesma tentaria. No entanto, Dan
Os dois se separaram, e o olhar do homem estava repleto de agressividade e desejo, Beatriz sentiu que no próximo segundo ele poderia devorá-la viva.Mas rapidamente, o desejo em seus olhos desapareceu, como se nunca tivesse existido.— Desça, o baile está prestes a começar.Beatriz se acalmou. Depois que Daniel saiu do carro, cavalheirescamente abriu a porta para ela, e ambos subiram no cruzeiro, apresentando seus convites.Imediatamente, alguém se aproximou para cumprimentar Daniel, notando Beatriz ao seu lado.— Sr. Dias, quem é esta?— Olá, meu nome é Beatriz Rocha, sou estilista, aqui está meu cartão. — Beatriz rapidamente se promoveu.Ao entregar o cartão, sentiu que talvez não fosse apropriado, lançou um olhar preocupado para Daniel, temendo sua reação.— Por favor, dê uma atenção especial aos negócios dela.— Claro, claro.Ao ouvir isso, Beatriz suspirou aliviada, tornando-se mais entusiasmada e animada.Foi então que alguém gritou. — Sr. Silva e sua noiva chegaram.Muitos olhos
Uma mulher nas mãos de sequestradores, qual será o seu destino? Beatriz Rocha estava vivenciando esse pesadelo. Aquele grupo queria transformá-la em uma prostituta.Ela estava vendada e com a boca selada por fita adesiva, amarrada em um canto como um animal. Seu corpo estava coberto de cicatrizes, sem um pedaço de pele intacto. A corda que a prendia era curta, tinha menos de um metro. Se ela se movesse um pouco mais para a frente, a corda apertaria seu pescoço. Várias vezes, Beatriz lutou inutilmente, ficando sem ar, o rosto roxo, a voz sufocada.Ela não podia escapar...Do lado de fora, ela ouvia os sequestradores xingando furiosamente. Eles tentaram violentá-la, mas ela reagiu mordendo a garganta de um deles. Se tivesse um pouco mais de força, teria quebrado sua traqueia, matando-o.Por isso, Beatriz foi brutalmente espancada e amarrada ali. Drogada, sua resistência foi reduzida a quase nada.De repente, lá fora, algo aconteceu. O barco em que estavam colidiu violentamente, e ela cai
Aquele era um clube que Afonso frequentava, onde ele costumava beber com os amigos.A razão dizia para Beatriz não acreditar nas palavras do chefe dos sequestradores, que tudo era mentira. Mas seu corpo, fora de controle, queria verificar. Ela esteve ao lado de Afonso por três anos e sabia o número da sala privativa que ele frequentava. Foi diretamente para lá.— Afonso perdeu, o que vai ser, verdade ou desafio?— Verdade.— Então, quem é a mulher que você mais ama no seu coração?— Isso ainda é uma pergunta? Claro que é Débora.Beatriz estava do lado de fora, ficando cada vez mais pálida. Suas pernas ficaram pesadas como chumbo, e suas mãos pairaram no ar, incapazes de bater na porta por um longo tempo. Depois, parece que eles começaram outra rodada do jogo. Desta vez, Débora foi quem perdeu.— Cunhada perdeu, então, você escolhe verdade ou desafio?— Desafio.A voz da mulher era suave como água.— Então beije um dos homens aqui por três minutos.— Ah, não brinque assim.Débora estava
Daniel estendeu a mão, com dedos bem definidos e a palma larga. Ao ouvir a voz dele, Beatriz ficou paralisada no lugar, incapaz de se mover.Nesse momento, o delinquente, embriagado, correu em direção a eles. — Você é cego? Não vê que estou aqui? Acredita se eu disser que vou te bater...Daniel não disse nada. Apenas passou o guarda-chuva para ela e chutou o delinquente.Ele pegou o celular e fez uma ligação, e a polícia local chegou imediatamente.— Este homem estava assediando uma mulher. Provavelmente é um criminoso habitual. Levem-no para a detenção para um aviso.— Claro, claro, vamos cuidar disso.Os policiais foram muito educados e levaram o homem embora.Nesse meio tempo, Beatriz deveria ter corrido, mas suas pernas não obedeciam, e ela permaneceu paralisada. — Posso te levar para casa?— Quem é você, afinal? — Ela perguntou, tremendo.— Sou um ex-colega de escola do Afonso. Éramos bastante próximos. Agora, estou aposentado, sem emprego fixo.— Você era policial antes?Daniel
Daniel estava ao telefone e não a notou.— Certo, vou fazer compras com você no fim de semana.— Estou dirigindo agora, não posso falar ao telefone...— Sim, sim, tudo do seu jeito.Daniel tinha uma imagem muito rígida, falava de maneira direta e cheia de vigor. Mas, naquele momento, ele falava de maneira gentil e até sorria, o que suavizava a aura intimidadora que emanava. Ele provavelmente estava falando com uma garota de quem gostava, e como alguém que respeitava muito a lei após se aposentar, não falava ao telefone enquanto dirigia.Beatriz sentiu como se tivesse encontrado um salvador e começou a bater freneticamente na janela do carro.Daniel franziu a testa e abaixou o vidro.— Hm? — Um leve tom de dúvida. — Vou desligar agora, algo surgiu. Na próxima vez, você decide o castigo.Pareceu que ele acalmou a outra pessoa antes de finalmente desligar.Daniel apenas olhou para ela de dentro do carro, sem abrir a porta.— Algum problema?— Você poderia me levar a um hotel? Não é fácil
Beatriz ficou aterrorizada e imediatamente chamou socorro médico. A pessoa que estava bem e almoçando agora estava sendo levada às pressas para a UTI.A casa de repouso ligou freneticamente para a família. Beatriz esperava ansiosamente do lado de fora do quarto. Após mais de uma hora, alguém chegou apressadamente.— Policial Dias?— O que você está fazendo aqui? — Daniel franziu a testa.Ana apressou-se em explicar: — Ela é uma voluntária em nossa casa de repouso, e Avô Fernando gosta muito dela. Nos últimos dias, o Velho Senhor tem se queixado de falta de ar e acorda frequentemente durante a noite. Não esperávamos que isso acontecesse tão rápido...Daniel nem teve tempo de conversar com Beatriz, preocupado em saber sobre o estado de seu avô.Foi então que ela soube o nome completo do avô - Fernando Dias.Mais tarde, o avô foi levado às pressas para a sala de cirurgia. Após quatro horas, foi trazido de volta, esperando que o efeito da anestesia passasse e ele acordasse, o que só acont