— O que aconteceu?— O zíper travou, pode chamar o vendedor para me ajudar?— Eu faço isso.— Isto... não é apropriado, não é?— Beatriz, somos um casal legalmente casado, você sempre me faz sentir como se estivéssemos tendo um caso.Beatriz corou, afinal, era apenas um zíper.Daniel entrou no provador, que parecia menor devido à sua presença dominante. O silêncio era quase palpável, apenas o som do zíper descendo lentamente.Seu dedo mindinho acidentalmente tocou as costas dela. Sua pele era suave e impecável.Uma pele como a dela deveria ser pintada. Usando a água do corpo dela como meio, mergulhar o pincel e pintar uma vibrante imagem de peônias. Ao pensar nisso, seus olhos se aprofundaram em complexidade.— Você terminou? — Beatriz sentiu uma ansiedade intensa, como se fosse a presa de um falcão.Ela se moveu um pouco, acidentalmente tocando abaixo da cintura dele. Inicialmente, ela não percebeu e o apressou, sugerindo que se ele não conseguisse, ela mesma tentaria. No entanto, Dan
Os dois se separaram, e o olhar do homem estava repleto de agressividade e desejo, Beatriz sentiu que no próximo segundo ele poderia devorá-la viva.Mas rapidamente, o desejo em seus olhos desapareceu, como se nunca tivesse existido.— Desça, o baile está prestes a começar.Beatriz se acalmou. Depois que Daniel saiu do carro, cavalheirescamente abriu a porta para ela, e ambos subiram no cruzeiro, apresentando seus convites.Imediatamente, alguém se aproximou para cumprimentar Daniel, notando Beatriz ao seu lado.— Sr. Dias, quem é esta?— Olá, meu nome é Beatriz Rocha, sou estilista, aqui está meu cartão. — Beatriz rapidamente se promoveu.Ao entregar o cartão, sentiu que talvez não fosse apropriado, lançou um olhar preocupado para Daniel, temendo sua reação.— Por favor, dê uma atenção especial aos negócios dela.— Claro, claro.Ao ouvir isso, Beatriz suspirou aliviada, tornando-se mais entusiasmada e animada.Foi então que alguém gritou. — Sr. Silva e sua noiva chegaram.Muitos olhos
A garçonete ainda estava por perto, aparentemente procurando por ela, e ao vê-la, se aproximou com um objetivo claro. Sua bandeja continha uma taça de champanhe.— Senhora, gostaria de um copo de vinho?— Não estou com vontade de beber agora, mas gosto de ver os outros bebendo. Que tal você beber este copo, e eu te dou cem mil por isso?O garçom sorriu nervosamente: — Eu não ousaria, este é o vinho para receber convidados importantes, como eu teria a dignidade de bebê-lo? Além disso, meu estômago é fraco... Se eu beber, vou sentir dor...— Eu te dou um milhão.— Sério? — Os olhos do garçom brilharam, já estava quase se deixando convencer.— Sim! Você vai beber?— Ok, eu bebo.Desta vez foi a vez de Beatriz ficar confusa, o que teriam colocado naquele vinho, para até o garçom não saber, caso contrário ela não teria essa expressão. Será que era algum tipo de droga, ou...Ela estava ponderando, quando uma mão grande segurou a taça de champanhe antes dela e a bebeu de um gole. — Sobre o qu
— Não olhe para mim, vai sujar seus olhos.— Ah?— Use suas mãos... me ajude... não olhe, não é uma visão bonita... — A voz de Daniel estava rouca, quase inaudível.Ela percebeu um vislumbre de vergonha. Daniel também estava envergonhado.Ela tocou algo. Ele segurou sua mão, guiando-a lentamente....Não se sabe quanto tempo passou, mas finalmente acabou.Ela não sujou suas roupas, nem seu corpo. Ela sentou obediente na cama, ouvindo o som da água do chuveiro. Ela queria remover a venda dos olhos, mas Daniel não permitiu, então ela teve que obedecer.Depois de cerca de dez minutos, Daniel saiu, acompanhado pelo som de roupas sendo vestidas. Ele parecia estar limpando o local, seguido por uma toalha úmida limpando suas mãos.— Esqueça o que aconteceu. — O homem disse com uma voz de comando.— Ok. — Ela acenou com a cabeça.Ela não se sacrificou. O dano a ambos foi minimizado, um resultado que satisfazia a ambos.Por fim, a venda nos olhos foi removida, e ela recuperou a clareza. Daniel,
Beatriz tomou o drink de uma vez.— Vamos para lá. — Daniel a envolveu pela cintura e se afastaram.Após mais uma hora de navegação, finalmente chegaram à ilha. Todos juntos desfrutaram de um bolo de vários metros de altura, seguido da entrega dos presentes de aniversário.Para Beatriz, aquilo foi um verdadeiro espetáculo, uma celebração que durou até altas horas.Daniel ainda tinha assuntos a resolver, então ela decidiu retornar ao quarto para descansar. Estava prestes a fechar a porta quando uma grande mão a deteve.Beatriz se assustou, vendo Afonso entrar no quarto.Ela franziu a testa imediatamente. — O que você está fazendo aqui? O que as pessoas vão pensar se te virem?— O que você e Daniel fizeram no quarto? — Afonso perguntou, pausadamente.Beatriz não pôde evitar rir. Ela pensou que Afonso tinha mudado, mas viu que não era o caso.— Eu sou a acompanhante dele, esta noite vamos dormir juntos, o que você acha que fizemos? Diga à Débora que não precisam nos fornecer drogas para n
Afonso ficou sem palavras, sentindo-se sufocado. — Daniel, você vai se tornar inimigo por causa de uma mulher? Não esqueça, nossas famílias têm relações estreitas, muitos negócios juntos. Por uma mulher, não vale a pena. Além do mais, uma mulher que para sobreviver, faria qualquer coisa. Você sabe que ela se juntou a sequestradores, tudo para continuar viva? Seus pais nunca aceitariam alguém assim.— Isso é problema meu, não se preocupe.— Então, está bem. — Afonso respondeu com um sorriso irônico, olhando para ele sombriamente: — Então, eu vou ficar observando!Os dois se separaram, não muito amigáveis. Afonso se levantou e saiu. No caminho de volta, Daniel viu a mensagem que Beatriz havia enviado há dez minutos.【A lua está linda esta noite, fui ver o mar.】Daniel franziu a testa, concentrado na conversa com Afonso, nem havia notado a mensagem. Era tão tarde, por que ela iria ver o mar? E se algo acontecesse?Ele correu para o cais, o castelo antigo da ilha ficava a dez minutos do ca
Os cílios dela levemente tocaram a palma de sua mão.— Não olhe.— Morta... ela morreu? — A voz de Beatriz tremia, seu corpo rígido.Testemunhar a morte de alguém é um grande choque.— Vamos, não olhe para trás.— Aqui...— Não é da nossa conta, eu não sou policial, alguém virá. — Daniel só queria levá-la de volta.De volta ao quarto, ele ainda não estava totalmente tranquilo, verificando várias vezes se ela estava intacta antes de finalmente suspirar aliviado.— Ir à praia à noite? Você sabe o quanto isso me preocupa? — Daniel voltou a si, repreendendo-a. Ele parecia realmente bravo, o tipo que pode fazer alguém chorar de medo.Mas ao pensar que Daniel se preocupava com sua vida ou morte, ela não tinha mais medo de nada.— Você não queria que eu morresse, né?— Se você morre ou não... o que isso tem a ver comigo, eu ainda preciso de você para enganar meu avô. Se algo acontecesse com você, onde eu encontraria outra noiva para ele?— Entendi. — Beatriz sentiu-se um pouco desapontada, pe
— Tão curiosa assim? — O ambiente ao redor de Daniel esfriou de repente.Beatriz se sentiu inocente. Ela apenas fez uma pergunta; isso era algum crime?— Afonso me aconselhou a me afastar de você. Disse que você estava tentando me seduzir apenas para provocá-lo, e que eu não deveria ser usado por você. O que você acha, eu deveria permitir que me use? — Ele se aproximou de repente, fazendo-a recuar com um susto.Daniel a segurou pela cintura. — Se eu fosse você, usaria todos os truques possíveis para me fazer apaixonar perdidamente por você, tornando impossível viver sem você. Depois, você poderia se exibir para Afonso, provavelmente deixando-os verdes de raiva.— Eu... como eu teria tal habilidade?— Você não vai saber se não tentar. Que tal começar me seduzindo sinceramente, para ver se eu levo a sério?Essa conversa estava perigosamente flertante.— Seduzir— ... Essa palavra parecia especialmente provocante.— Talvez eu seja fácil de seduzir? — Ele se inclinou para perto, seus lábios