Capítulo 08

༺ Oliver Mourett ༻

Após minha brincadeira no banheiro com Mia, estou terminando de me enxugar com a toalha enquanto ela me observa de maneira maliciosa. Dou apenas uma risada baixa e vou até o closet pegar uma cueca. Ela continua passando seu hidratante e me observa curiosa. Decido alfinetá-la.

— Por que você está me olhando assim? Quer repetir a dose, é isso? Se quiser, pode vir, saiba que estou aqui com todo gás!

— Às vezes, eu me surpreendo com todo esse fogo que você possui, principalmente pela sua idade! — olho para ela confuso, sem entender o que ela quis dizer, e pergunto.

— Não entendi o que minha idade tem a ver com isso. Você acha que, por eu ser 19 anos mais velho que você, não posso ser um homem viril? Saiba que você está enganada. Meu pai, até os seus 75 anos, era bastante viril. Então, isso vem de família. E treparemos muito…

— Nossa, se for assim, bom, pelo menos sei que não vou ficar sem sexo tão cedo! — ela dá uma risada provocativa. Na mesma hora, me sinto desafiado e me aproximo dela, puxando-a para mim e segurando sua nuca de forma dominante.

— Ah? Então você está colocando em dúvida minha masculinidade e virilidade? Espero que esteja pronta para um segundo round, cherry. Vai se arrepender de ter me desafiado dessa forma.

Puxo sua toalha e a empurro sobre a cama, enquanto ela ri. Logo, me junto a ela, devorando seus lábios de maneira faminta. Tínhamos a noite toda para aproveitar, e seria extremamente prazerosa.

Na manhã seguinte, acordo revigorado, dou um beijo em Mia e afirmo que preciso sair. Não daria tempo de tomar café, pois tinha uma reunião de negócios logo cedo. Chego à minha empresa e minha secretária me informa que Lúcia estava me esperando. Com tantas coisas acontecendo, acabei esquecendo dessa mulher. Assim que entro, vejo que ela está sentada na minha cadeira, com as pernas para cima na minha mesa. A observo seriamente e digo:

— Não acha que está abusada pelo modo como se comporta aqui dentro? Tire os pés da minha mesa imediatamente.

Ela dá um sorriso cínico, me observando, e se levanta, arrumando suas roupas de forma provocante. Percebo que ela está se insinuando com a intenção de me seduzir.

— Calma, por que toda essa formalidade entre nós? Quantas vezes você já não me pegou em cima dessa mesa. Ah, se eu fosse lembrar, foram muitas.

— Lúcia, agora sou um homem comprometido, prestes a me casar. Eu não quero que você atrapalhe minha vida. Não pense que engulo essa história de que você precisa de um emprego. Certamente você está aprontando algo, e se voltou, provavelmente tem alguma intenção por trás disso. — ela continua me observando de forma provocativa e responde.

— Posso ter omitido algumas coisas, mas realmente preciso de um emprego para recomeçar aqui em Los Angeles. Eu pretendia ficar mais perto da minha tia Lupíta antes dela falecer. Ainda tive contato com ela, e ela me disse que se sentia muito só na mansão, afirmando que você havia abandonado.

— Sobre isso, eu e Lupíta não estávamos bem, principalmente porque ela não aceitava meu relacionamento com Mia devido aos meus irmãos. — revelei isso seriamente, pois não me importava em dizer a verdade.

— Talvez minha tia estivesse certa. Você está mudando por causa dessa mulher. Eu sei que sua relação nunca foi das melhores com seus irmãos. Mas matá-los, você não acha que a mão de Deus também pode pesar sobre você?

— Olha, até onde sei, isso não é da sua conta. Você era apenas sobrinha da minha governanta. Eu tinha muito carinho por Lupíta, mas não admito que ninguém se meta na minha vida. Vou dizer o mesmo que disse a ela: entre mim e eles, eu escolho a mim, porque não pretendo morrer tão cedo, especialmente agora que sou pai. — ela parece assustada com minha reação ao tratá-la dessa forma. E responde:

— Nossa, mas você não precisa me tratar com tanta ignorância, falando assim comigo, Oliver. Nós já tivemos um passado juntos. E você gostava desse passado.

— Você disse bem, tivemos um passado juntos, mas acabou quando descobri que você estava envolvida com meu irmão Mauro. Ou sua memória falha quanto a esse dia?

— Oliver, você sempre me disse que não queria compromisso. Então, pensei que eu pudesse ficar com qualquer um e que você não se importaria. Não entendo por que está jogando isso na minha cara. São ressentimentos? — passei a mão na barba, controlando a raiva, porque essa mulher estava conseguindo me estressar. Nunca sentiria ciúmes de alguém tão safada como ela e respondi.

— Não são ressentimentos e muito menos ciúmes. Entre mim e você, era apenas sexo, simples assim. Mas eu não esperava que você se envolvesse com meu irmão. Queria que você entendesse meu lado e meu ponto de vista. E mais uma coisa: tivemos algo forte no passado, mas não chega nem perto do amor que sinto por Mia. Você sabe muito bem que nenhuma mulher jamais despertou um sentimento em mim a ponto de querer ter filhos e se casar. Você se lembra disso, por que foi por isso que foi embora daqui uma vez, certo?

Eu sabia que, ao dizer aquilo, a machucaria. Mas era a maneira de mostrar o monstro que eu era quando alguém achava que poderia me desafiar ou, principalmente, dizer algo para me ferir. Ela rapidamente deu uma risada, me observando, e disse amargamente:

— Eu não vi nada de mais nessa garota que a fizesse chamar sua atenção. Além disso, ela é muito nova. Não sabia que agora você gosta de cuidar de garotinhas.

— Pois é, nem eu pensava assim, sabe. Mas Mia tinha algo que eu desejava e continua tendo. Além disso, ela é uma mulher jovem, bonita e chama atenção por onde passa, diferente de outras. Vou repetir: se você veio atrás de mim para conseguir um emprego, tudo bem, mas se atravessar meu caminho, terá o mesmo destino dos meus irmãos. — digo isso de maneira ameaçadora, pois jamais permitirei que alguém entre na minha vida para trazer o inferno novamente. Ela responde de maneira desafiadora.

— Oliver, não se esqueça que cresci com você. Sei de todas as suas fraquezas e, principalmente agora, sei onde te atacar. Eu estava pensando no que Esteves faria se soubesse onde sua mulher está escondida.

Na mesma hora, fiquei furioso e avancei sobre ela, apertando seu pescoço e jogando-a contra a parede. Lúcia me observa com os olhos arregalados, talvez jamais esperasse essa reação, mas eu não estava brincando. Digo, apertando seu pescoço:

— Não sei o que você ganha voltando para infernizar minha vida. Mas vou te avisar pela última vez: fique longe da minha mulher e do meu filho. Se você se unir a Esteves, pode ter certeza de que morrerá com ele. Não brinque comigo, Lúcia. Sabe que não sou o tipo de pessoa que faz promessas vazias. Eu já sabia que você estava considerando fazer algo, porém fui mais rápido e retirei meu filho e minha mulher daquele apartamento.

— Você está me sufocando desse jeito. Meu pescoço está doendo e vai acabar ficando roxo. Já entendi que você não quer que ninguém mexa com sua mulher. Eu estava apenas brincando, ultimamente você está muito sério. — segurei seu pescoço por mais alguns segundos e a soltei, fazendo-a cair no chão e levar a mão ao pescoço, tossindo. Respondi:

— Espero que isso sirva de exemplo para você. É bom você não se meter no meu caminho, Lúcia, ou vai se arrepender. Agora, se você está procurando emprego, passe no RH e fale com a gerente. Ela vai te auxiliar da melhor maneira. Diga que fui eu que mandei. Se não tem mais nada para falar comigo, pode se retirar da minha sala.

Ela me olha por um momento, completamente ofendida e magoada. Percebo que ela ficou bastante machucada com minhas palavras, mas não me importo. Ela sempre soube como sou, um monstro, principalmente com quem ousa me ameaçar, e com ela não seria diferente. Porém, mandarei Derick ficar de olho nessa mulher, pois sinto que ela está aprontando algo, e logo descobrirei o que é.

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