Antes de desligar a chamada com Marcos, Adrian pediu um último favor. Seu coração já estava focado em outra missão, tão importante quanto derrubar Alana: encontrar Grace. Ele precisava saber como ela estava, ver com seus próprios olhos que ela estava bem. E, acima de tudo, matar a saudade que o corroía há mais de um mês. — Marcos, consegue rastrear o número de Grace? — A voz de Adrian saiu firme, mas ansiosa. Houve um silêncio do outro lado da linha, enquanto Marcos, sempre cauteloso, considerava o pedido. — É arriscado, Adrian. Se Alana descobrir que você está procurando por ela... — Eu sei — interrompeu Adrian, com uma mistura de determinação e urgência. — Mas eu preciso fazer isso. Por favor, me ajude. Depois de alguns minutos de espera que pareciam uma eternidade, Marcos retornou com a localização aproximada de Grace. Ela estava em uma pequena cidade chamada Vermont Valley, longe do caos de São Paulo. Adrian agradeceu rapidamente, desligou e se preparou para seguir em frente.
Grace havia acabado de chegar do trabalho. A pequena cidade de Vermont Valley estava silenciosa, com as ruas escuras e o vento frio da noite soprando suavemente. Ela estava cansada, como sempre, mas sua rotina agora era sua única companhia. Despiu-se rapidamente e entrou no chuveiro, deixando a água quente correr por seu corpo, tentando aliviar o cansaço acumulado. Ao sair do banho, vestiu uma camisa masculina que havia comprado há algum tempo, mais por conforto do que por qualquer outro motivo. A camisa era larga, confortável, e ela gostava de como o tecido macio envolvia sua pele. Combinou com um short simples e desceu para a cozinha. A pequena cozinha da casa tinha um charme rústico. Enquanto o café passava na cafeteira, o bolo que ela havia colocado no forno começava a soltar um aroma doce pelo ar. Grace se permitiu um raro momento de tranquilidade. Por um breve instante, quase conseguia esquecer de tudo o que havia deixado para trás. Foi nesse momento que ouviu batidas na port
A noite já se instalava, e a pequena casa de Grace em Vermont Valley estava mergulhada em uma calma quase surreal. No interior, o cheiro doce de bolo recém-assado se misturava ao aroma do café quente. O ambiente era acolhedor, com luz suave iluminando a mesa de madeira onde Adrian e Grace estavam sentados. Adrian observava Grace com um olhar misto de alívio e preocupação. Depois de tanto tempo longe dela, vê-la ali, na sua frente, parecia um milagre. Grace cortava o bolo com delicadeza, enquanto era admirada por Adrian. O silêncio entre eles não era desconfortável, mas carregava a tensão do que precisava ser dito. Grace, em silêncio, colocou uma fatia de bolo no prato de Adrian e serviu o café em sua xícara, mantendo o movimento suave e cuidadoso. Ela queria prolongar aquele momento de paz, queria segurar aquele instante antes de encarar a realidade que sabia estar à porta. Adrian, por sua vez, ainda observava cada movimento dela, mas sua mente estava dividida entre o presente e os
O beijo entre Adrian e Grace, inicialmente suave e cheio de carinho, rapidamente começou a intensificar-se. Adrian sentiu uma onda de desejo percorrer seu corpo, como se todo o tempo longe de Grace tivesse acumulado uma energia que agora explodia de uma só vez. Ele a puxou para mais perto, envolvendo seus braços ao redor dela, enquanto o calor entre eles crescia, e ele fazia questão de que ela sentisse o quanto ele estava completamente duro para ela. Sem parar o beijo, Adrian levantou Grace do chão, segurando-a firmemente em seus braços com cuidado. Grace entrelaçou suas pernas ao redor da cintura dele, sentindo a força do corpo de Adrian contra o dela. Seus lábios nunca se separaram, e ambos estavam imersos na sensação do toque, no sabor do beijo e na proximidade um do outro. Adrian começou a caminhar pela casa, segurando Grace no colo. Não era difícil encontrar o caminho até o quarto, já que a casa era pequena, com apenas quatro compartimentos: sala, cozinha, quarto e banheiro.
A madrugada estava tranquila, com apenas o som suave do vento balançando as cortinas do quarto. Grace dormia profundamente, envolta nos braços de Adrian, seus corpos ainda relaxados após a noite anterior. No entanto, a tranquilidade foi interrompida quando o celular de Adrian começou a vibrar insistentemente no criado-mudo. Adrian despertou com o som, mas não se moveu bruscamente. Ele olhou para o lado, certificando-se de que Grace ainda dormia tranquila, e com o máximo de cuidado, soltou-se do abraço suave dela, saindo da cama sem fazer barulho. Pegou o celular e, ao ver o nome de Marcos na tela, sabia que aquele era o momento decisivo. Ele saiu do quarto em silêncio, fechando a porta suavemente atrás de si e atendeu a ligação. — Marcos? — sussurrou Adrian, mantendo a voz baixa. — Adrian, é isso. Passei todas as provas ao delegado — a voz de Marcos estava carregada de urgência, mas também de alívio. — Alana será presa esta noite. O plano é invadir o clube, fechar o lugar e prender
Já era noite quando Adrian se olhou no espelho, ajustando a jaqueta de couro preta em seu corpo. Ele respirou fundo, sentindo o peso daquela noite. Tudo estava em jogo. Alana seria finalmente pega, pensou enquanto saía do quarto e pegava as chaves do carro sobre a mesa. Ele sabia que essa era sua chance de acabar com ela e o clube de uma vez por todas. Ao entrar no carro, o silêncio da noite foi rompido pelo som do motor. Adrian dirigia pelas ruas de São Paulo, as luzes da cidade passando rapidamente pela janela enquanto sua mente rodava, antecipando os acontecimentos. Ele se preparava mentalmente para qualquer coisa. Sabia que Alana era esperta e que não seria uma captura fácil. Mas ele estava pronto. Quando chegou perto do clube, a movimentação já era visível. Policiais disfarçados, o delegado e sua equipe estavam espalhados pela área, se preparando para a operação. O clima era tenso. Adrian estacionou o carro a uma distância segura e desceu, ajustando a jaqueta uma última vez ant
A luz suave da manhã invadiu o quarto, e Grace despertou com os primeiros raios de sol. Ela estendeu a mão, procurando por Adrian ao seu lado, mas a cama estava vazia. Seu coração apertou de imediato. Não era para menos, depois de tudo o que Adrian havia compartilhado sobre Alana e seus segredos sombrios. Ele havia deixado claro que iria acabar com ela, mas Grace não conseguia afastar o medo crescente. E se algo tivesse dado errado? Ela suspirou profundamente e se levantou, tentando afastar os pensamentos ruins. O dia seria longo, e ela tinha trabalho a fazer. Ao longo do dia, enquanto realizava suas tarefas, sua mente permanecia em Adrian. Será que ele estava bem? Ela só queria que tudo aquilo acabasse, para que pudessem viver em paz, longe dos perigos e das ameaças que Alana representava. Quando a noite finalmente chegou, Grace já estava de volta a sua pequena casa. Tomou um banho quente, tentando relaxar os músculos tensos, e se preparou para o dia seguinte. Ela tinha uma consult
A noite caía sobre São Paulo, mas a estrada estava cercada de luzes azuis e vermelhas piscando. Carros de polícia bloqueavam o caminho, e vários oficiais estavam em posição, armas prontas. Alana estava encurralada. Depois de horas de perseguição, ela não tinha mais para onde correr. O carro preto que ela usou para tentar escapar foi interceptado a poucos quilômetros da cidade. Adrian saiu do carro com os punhos cerrados, o coração batendo forte no peito. Ele sabia que aquele era o momento que tanto esperou. Ao se aproximar, viu Alana sendo retirada do veículo por dois policiais, suas mãos algemadas nas costas. Ela estava com o rosto marcado pela raiva, mas mantinha aquele sorriso frio e calculista que Adrian conhecia tão bem. Ele parou diante dela, os olhos fixos nos dela. O silêncio entre os dois era pesado, cheio de ressentimento e ódio. Adrian estava pronto para explodir. — Finalmente — disse Alana, quebrando o silêncio, o sorriso perverso ainda em seus lábios. — Achei que você