-Filha, tu sabes que é o único jeito, nós podemos pagar as dívidas e restaria dinheiro para mudarmos de vida!!_ disse Sra.White.
-Todavia, nem sabemos se serei uma eleita. Duvido muito que de tantos nomes, justo o meu sejas sorteado_Lua não parava de andar de um lado ao outro, repentinamente pareceu que o mundo fora contra ela, até sua mãe houvera surtado com essa ideia de eleição.
-Lua não pode participar!_proferiu Zara, tão cansada quanto a sua irmã sobre tal assunto.
-Essa não é uma decisão sua pirralha. Lua não está no direito de escolha_Sara já se encontrava com os nervos à flor da pele, afinal quem aquela garota minúscula pensava que era, para contrariá-la? Pobre Zara, se soubesse da verdade e dos mistérios que cercavam sua vida.
-Mas mãe..._ e no mesmo instante em que proferira tais palavras, levou um tapa sobre a face, o que fez Zara cair no chão. Tamanha foi a surpresa de Lia e Lua. Era aceitável que Sara não gostasse da sua filha mais nova, mas bater por um motivo tão bobo, isso era demasiada.
-Nunca...nunca mais, se refira a mim como ''mãe'' novamente, sua garota estúpida.
-Zara! Oh, Zara!_ disse Lua enquanto ajudava a pequena a se levantar.
-Eu odeio tu, és a pior mãe que existe, existiu ou existirá nesse mundo!_disse Zara com a voz embargada. As lágrimas gritavam em sair, mas ela jamais daria o gosto a Sara de vê-la chorar.
Ela não compreendia, como a própria mãe poderia odiá-la de um modo tão absurdo. Já era muito rejeitada pelas pessoas por sua pele ser negra, se já não bastasse as pessoas a acharem estranha por saber ler, e ter uma inteligência muito além da idade, agora mais do que nunca sua mãe a rejeitara de maneira demasiada insignificante.
-Não se preocupe pirralha, o sentimento é recíproco. Não percebes como és inútil para mim?!_ disse Sara lançando um olhar assustador a Zara. De maneira imediata as pernas da garota se encontravam a bambear. Aquela mulher poderia ser tudo, um monstro, um ser sem sentimentos, ou até mesmo uma mulher raivosa, contudo não era sua mãe. Ao menos era o que Zara viera a querer no momento.
-Mamãe, basta, está agindo de forma estúpida!_Lua já não aguentava mais os maus tratos a sua irmã.
-Eu não queria que as coisas fossem assim..._ disse Zara e saiu disparada casa a fora.
A pequena White só gostaria de entender o que se passava com sua mãe. Aquela mulher deve, de fato, ter algum passado desgostoso. Talvez a própria Zara fizesse parte desse passado desgostoso...mas isso presentemente não era de tamanha importância para ela, a mesma só queria que Sara a amasse assim como ama Lua e Lia. Até mesmo sua prima tinha um espaço no coração da Sra.White. Era doloroso saber que sua mãe não lhe amava. A pequena já se encontrava cansada dos dramas de sua vida, se encontrava cansada de saber que Lua era a filha predileta, se encontrava cansada de saber que sua prima Lia era mais amada pela sua mãe do que ela, se encontrava cansada de saber que grande parte do seu sofrimento era causado pela própria mãe, se encontrava cansada das pessoas julgarem seu tom de pele escuro. Se encontrava tão cansada de sua vida, e a mesma era só uma criança. Deveria sofrer de maneira tão contínua como sofria? Ela só queria que as coisas fossem um pouco menos assustadoras, talvez assim saberia lidar melhor com a vida.
O coração da pequena Zara encontrava-se destruído, quebrado, sem esperança alguma que as coisas um dia dariam certo, todavia, enquanto a garota corria pelas ruas da cidade de Vennia, a mesma se perguntava como seria sua vida se sua mãe a amasse, se as pessoas não a achasse estranha...contudo antes de pensar nessas ideias, a mesma já se encontrava na ponte de um rio, e pensamentos assombrosos lhe vieram à mente. E se ela acabasse com tudo? E se houvesse uma maneira tão simples para acabar com seu sofrimento? Obviamente que era um pensamento obscuro, mas Zara não tinha mais forças para pensar, ela não sabia o sentido da vida, ou ao menos qual era o propósito de sua existência num mundo em calamidades. Certamente se seu pai não tivesse vindo a falecer, a mesma saberia o quanto sua vida era importante. Ele teria mostrado isso a ela, teria guiado sua filha e lhe mostrado O Verdadeiro e Eterno Amor, e todas as noites lhe diria o quanto sua vida tinha um importante significado, porém ele não estava lá, e ninguém houvera ensinado tais coisas a Zara. Ela só queria que tudo tivesse um fim, seria doloroso talvez, mas seria um fim.
A garotinha resmungava mentalmente, ainda assim, Zara não se conteve e se perdeu em um mar de lágrimas. Não entendia o porque se permitia chorar, por causa de sua mãe que só a rejeitara. A pequena White sem ao menos perceber como, já se encontrava na e beira da ponte, a de vista ficava a muitos metros acima da água. Olhou para o céu e por um breve momento se despediu das estrelas. Ela amava observar as estrelas, aqueles pequenos pontinhos no céu ganharam a admiração de Zara, sempre que ela se permitiu observar. Pulou a grade de proteção, e apoiou-se na mesma para que não caísse de imediato na água. Fechou os olhos e lembranças aterrorizantes lhe vieram sobre a mente.
(...Antes que o Sr.Simmons tocasse na pequena Zara, a mesma correu o mais rápido que pode, e se perguntou se sua mãe não percebestes o olhar malicioso, que o homem malvado lançara em direção a ela. Não percebeu o que Sr. Simmons estava prestes a fazer? Pobre Zara, se ao menos soubesse da verdade. Logo que chegou em sua casa, olhou pela janela e viu Sara juntamente ao homem malvado. Ela não compreendia o que estava ocorrendo, mas seu coração disparado lhe fizera entender que não era algo bom. Correu para seu quarto e escondeu-se em um baú .
-Zara sua estúpida, onde tu estás??_ Sara estava dentro da casa, e procurava loucamente pela filha mais nova, que se encontrava em desespero no baú e cochichava baixinho.
-Por favor, não me ache, por favor não me ache...
-Eu estou aqui, estou bem aqui _ uma voz suavemente graciosa lhe respondeu, mas como era possível se ela estava sozinha naquele baú? Bom, de certo que não tinha-se uma resposta para aquilo. Quem dera se a pequena tivesse uma intimidade com o dono daquela voz. Contudo a voz foi suficiente para acalmar, por hora o coração de Zara.
-Quem és tu?_ Ela perguntou novamente em forma de cochicho, todavia, não obteve resposta, somente ouvistes o homem malvado a chamar.
-Zarinha, onde tu estás? Não tenhas medo querida!
-ZARA!!!_Gritou Sra. White, obviamente raivosa pela situação. Afinal prometera ao Sr.Simons que lhe venderia Zara e receberia um bom dinheiro por tal venda. No momento Lua e Lia estavam em mais um dos bailes da família Jones, e como o esperado Zara não fora, a mesma não se sentia à vontade em bailes, principalmente quando se tratava daquela família. E que momento melhor do que aquele seria para bolar um plano? Zara seria vendida, e logo após quando Lia e Lua retornassem Sra.White faria um mero teatro, dizendo que perdera a filha na multidão da feira, enquanto faziam as compras.Fingiria abalo por alguns dias, e depois usaria o dinheiro da venda de Zara, para se mudarem e recomeçar uma nova vida. Sabe-se lá o que aconteceria com a pequena White, contudo o homem se enfureceu com Sara e a espancou, dizendo todos os tipos de xingamentos possíveis, Zara se encontrava em desespero no baú, e depois de algum tempo os gritos de Sara cessaram .
-Não quero mais a sua filha, fique com aquela garotinha estúpida!_ e Sr.Simmons foi-se embora.
Mas tarde naquele dia, Sara inventou uma história para Lua e Lia, onde tinham tentado sequestrar Zara enquanto estavam na feira,, todavia ,Sara como uma mãe desesperado fez de tudo para salvar a filha, e com isso fora espancada, e com algumas ameaças de sua mãe, Zara confirmara toda a história...)
Zara despertou de suas lembranças, que já tinham alguns meses, todavia ainda a atormentava por hora, e a frase lhe veio à mente novamente''Eu estou aqui, estou bem aqui''. Era uma simples frase, mas obtinha um grande tremor na garota. A mesma pensou por um breve momento que não importasse de quem vinha aquilo, ela só queria um fim, e aquele momento seria o fim.
Um pouco afastado da ponte encontrava-se o Príncipe Izaac e o herdeiro do trono Jaspian. Eles andavam a pé, e observavam a cidade de Vennia. Cidade essa, que Izaac vivera uma parte de sua vida, em um orfanato perto da praça do centro. Naquele dia em especial, o mesmo completava seus 22 anos, e como presente, seus pais adotivos o rei Roberto Lordien e sua esposa rainha Eliz Lordien, deixaram que seu filho visitasse sua cidade natal, juntamente a seu irmão de dez anos, o príncipe Jaspian. E no momento os irmãos encontravam-se em uma pequena discussão;
-Todavia, não compreendo, tu és mais velho que eu Zac, não precisam esperar que eu atinja idade, tu mesmo podes herdar o trono e se tornar rei!_ disse Jaspian.
-Irmão, não compreendes? Deixe-me lhe dizer então. Não está nos planos de Deus que eu assuma o trono, tão pouco nos meus. De certo que antes de teu nascimento os planos de nossos pais eram me tornar o herdeiro, afinal nossa mãe não conseguia ter filhos, o qual era um grande sonho de nossos pais, porém eles tentaram durante anos, e não conseguiram. Com isso eles adotaram eu e minha irmã gêmea Mila. Como sou mais velho que Mila, a intenção era eu herdar o trono, todavia anos depois tu nasceu, o que foi um milagre, levando reino inteiro à festança. Então compreendas, tu podes ser filho mais novo, mas é filho legítimo e biológico, se fosse dos planos de Deus que eu me tornasse rei, Ele não permitiria o milagre do teu nascimento. Estás nos planos de Deus o teu reinado, e mesmo que não o entenda agora, certamente entenderá quando for maior.
-Tu tens razão, outrora , eu não havia pensado por esse lado. Obrigado por abrir-me os olhos.
-Wow! Tu estás com febre irmão? Me agradeceste. Raramente faz isso. Me sinto honrado por tamanho ato vindo de ti!_ disse Izaac brincalhão enquanto fazia uma reverência ao mais novo.
-Pois sinta-se honrado então, todavia, se contares a alguém, fingirei que não te conheço!_Jaspian entrara na brincadeira enquanto ria demasiado, levando o mais velho ao mesmo ato. Contudo os risos de Jaspian se cessaram, o que a garota do outro lado estava fazendo tão na beira da ponte? Será que estava a procura de algo que perdera no rio? E mesmo que fosse isso, aquilo era muitíssimo perigoso.
-Zac, precisamos ajudar aquela..._Porém não houve tempo de terminar a fala, a garota se jogara da ponte sem mais nem menos _EI! ESPERE!!!_ Jaspian saiu a disparadas, e Izaac o seguiu e logo que se aproximaram da ponte Zac perguntou;
-O que houve, para que tamanho desespero?
-Pare de tagarelar. Uma garota se jogou da ponte, precisamos ajudá-la!_disse Jaspian aflito e estava prestes a pular da ponte para salvar a mesma, quando de repente o mais velho pulou e orou a Deus para que encontrasse a menina.
Um tempo demasiado a demora já se passava, e Jaspian orava desesperadamente para que Izaac estivesse a salvo junto a garota. Quando repentinamente Zac apareceu com a garota em seus braços.
-Obrigado Deus!!!_agradeceu com um longo sorriso enquanto corria em direção ao mais velho._Vós estão bem?
-Espero que sim, a garota engoliu muita água!_ disse Izaac enquanto pressionava o peito da garota, a procura de que a água esvaísse seus pulmões. O que não foi de demora, pois a garota acordou tossindo.
-O que...o que... houve??
-Tu se jogastes da ponte! Tem senso ao saber o quanto isso é perigoso?_ perguntou Jaspian.
-Não pedi que me salvastes...não era pra ter me salvado!!_ disse a garota demasiado a raiva.
-Espera...a senhorita...a senhorita tentou matar-se?_ perguntou Zac surpreso.
-Do que isso importa? Acaso tu se importas comigo? Nem ao menos me conhece. E pelo que percebo, nem a própria morte gostas de mim, já que me encontro viva.
-A senhorita não deveria dizer tantas tolices, sua vida é de grande importância. Se por acaso nós não nos importassemos, teríamos a salvo?_ disse Jaspian um tanto quanto chateado.
-Vós são uns estúpi..._ a garota teria terminado sua frase se não houvera percebido algo naqueles que estavam em sua frente _ Vós são os príncipes!!_ realmente ela não planejava ser salva, principalmente por dois príncipes, e soubera naquele instante que se tratavam dos príncipes. Já havia visto eles pelos jornais _ Vós são dois príncipes encantados!!
-Certamente que somos mui encantados. Mais do que qualquer um que possa imaginar!_ Disse Jaspian levando a conversa a outro rumo, já que o mesmo sabia que a garota não lhe diria o porquê de tentar a própria morte.
-Tu és convencido também...
-E como a senhorita está?_ perguntou Izaac e tentou ajudar a garota a se levantar, contudo a garota se recusou.
-NÃO FIQUE PERTO DE MIM!! É por causa de tu, que Lua entrará no sorteio para a eleição...isso não é justo!! TU ESTRAGAS-TE TUDO!!!!!!!...é tudo culpa sua....isso dói demais, estou cansada de tudo isso..._ A garota se encontrava perdida em lágrimas. Zac tentava compreender o que se passava na vida daquela pequena garota e de tão pouca idade, ao ponto de causar tanto sofrimento. Jaspian não suportou ver tanto sofrimento e logo aproximou-se e abaixou-se abraçando a garota, a princípio a mesma levara um breve susto, mas estava tão alarmada naquele momento, que se permitiu e retribuiu o abraço.
-Venham a mim, todos que estão cansados e sobrecarregados, e eu lhes darei descanso. Mateus 11:28._ Disse Jaspian em um sussurro, a garota se afastou um pouco, contudo ainda no abraço.
-Ele realmente me ama? Realmente se importa?_ A garota já ouvira falar de Deus algumas vezes. Grande parte das vezes eram coisas blasfemas e ruins em relação a Ele, já que o país de Breamfox, tinha uma lei que era contra qualquer ato de cristianismo, mas uma vez em um chá da tarde na casa de uns conhecidos, falaram de Deus e o quanto Ele ama seus filhos. Fora a única vez, pois sua mãe a havia proibido de voltar a outro chá daqueles, ou se direcionar aquelas pessoas novamente. Todavia, depois daquela experiência, ela conseguiu entender que um Deus que fizesse as coisas que fizesse, não seria um Deus de guerra, mas sim de amor. E nesse momento ela só queria a resposta para a sua pergunta. E o herdeiro a sua frente respondeu com toda a certeza que tivera.
- Mais do que tu possas imaginar, e mesmo que tu imaginasse, imaginasse, imaginasse, mesmo que viesse a imaginar um milhão de vezes, jamais conseguiria imaginar a profundidade, a imensidão e intensidade do amor dEle por ti!!
-Se Deus realmente me ama, porque Ele nos permite passar por sofrimento?_ Zara perguntou, por mais que ela, agora tivesse absoluta certeza que Deus a amasse, ela não entendia como um ser de amor poderia permitir tanto sofrimento.-As vezes Ele te deixará passar por sofrimento, e não pense que Ele não sofrerá junto a ti, ou que não se importa. Foi por amor a ti, que Ele sofreu naquela cruz, e é por amor a ti, que quando tu sofres, Ele sofres junto contigo. É por amor a ti, que Ele sofres. O fardo que tu carregas, não conseguirá carregar sozinha, por isso tu tens de ir até Ele, tens de se entregar a Ele, tens de confiar nEle...tu procuras descanso, vá até Ele, e Ele te dará...todavia, essa decisão vai vir de ti. Deus te ama tanto que não te prendes a Ele, Ele te dá o livre arbít
A princípio foi deveras difícil de Luara White concordar com a ideia demasiada de sua mãe. Sara White queria que sua filha fosse selecionada, e para isso a garota ao menos necessitaria participar do sorteio. Lua não estava com vontade alguma de colaborar, entretanto se pegou surpresa quando Zara também passou a insistir que a irmã participasse do sorteio. Justo a mesma que era contra.Quando fostes fazer sua inscrição ela não se encontrava nos seus melhores dias, e para complicar ainda mais, sua mãe e prima não fechavam a boca um único segundo, elas se encontravam mais animadas do que a própria Lua. Na verdade, Lua estava achando tudo aquilo um exagero de sua mãe. Afinal, como em centenas de garotas justo o seu nome seria sorteado? Todavia, ela havia sido elegida, e essa notíci
Luara se encontrava deveras encantada com o extenso jardim abundante a flores e todos os tipos de plantas possíveis. Jamais vira coisa igual aquilo. Seus olhos tinham um intenso brilho e seu rosto refletia um imenso sorriso. Sorriso esse que lhe era verdadeiro e revelava sua grande admiração.-Nunca vi olhos tão brilhantes _ disse príncipe Jaspian que estava parado a frente de Luara. O pequeno príncipe imaginava que a garota fosse gostar do jardim, contudo não imaginou que a moça teria tal reação. Ela já admirava o jardim a quase dez minutos.-Desculpe-me alteza. Eu jamais presenciei tal coisa. Esse jardim não lembra-te de um belo conto de fadas?_ disse luara ainda perdida no grandioso jardim.-F
Os primeiros raios de sol já se encontravam presentes acompanhados de uma leve garoa que aos poucos se iniciava. Era início de primavera. As flores logo começariam a dar vida ao reino de Breamfox, principalmente a capital do reino. Lightsfull, ficava linda na primavera. O castelo ficava ainda mais banhado pelas flores e com um clima do qual, a rainha Eliz Lordien considerava perfeito. Ela realmente amava flores e os habitantes da capital concordavam com sua rainha. Afinal, era quase impossível não concordar. O reino, realmente ficava com um clima gracioso quando estabelecia-se a primavera.O dia anterior havia mudado todas as expectativas de Lua, ou quase todas, já que a mesma não tinha vontade alguma de conquistar o coração do príncipe Izaac. Todavia, desejava se aventurar na imensidão daquele castelo, p
Os segundos pareceram parar por um longo tempo para Izaac. Ector estava tão pasmo quanto ele e Lua se encontrava confusa com aquela situação. Izaac se perguntou várias vezes, por quais motivos, Hilary Rossi estaria justo em seu castelo. Eles raramente se viam. Na grande parte das vezes eram em bailes. No entanto,o príncipe chegou à conclusão de que, talvez, fosse algo relacionado aos pais de ambos. Hilary não havia mudado nada. Continuava sendo uma bela mulher e parecia estar mais elegante do que nunca.-O que a senhorita faz aqui?_ perguntou Izaac, de forma rígida e o sorriso, que outrora, se encontrava no rosto da srta.Rossi, aos poucos sumiu e suas bochechas se ruborizaram. Ela pigarreou e disse:-Meu pai, tem negócios a tratar com o Rei Lordien e mamãe achou uma b
Izaac tivera tido vários encontros durante a semana. Nenhuma das sorteadas fizera ele ter o coração disparado, as borboletas no estômago, ou até mesmo os arrepios na pele. Entretanto, havia se passado somente uma semana. Ele compreendia que isso exigia tempo. Ele não encontraria seu verdadeiro amor em uma semana. Esse tempo nem ao menos daria a ele a oportunidade de conhecer as 10 mulheres. Observar os pequenos detalhes. Conhecer suas verdadeiras personalidades e decidir qual seria sua esposa. De fato seria uma atitude muito impensada, caso fosse realizada. Portanto, lá estava ele, há cerca de cinquenta minutos esperando srta.Zoe Mckee, em frente a porta do quarto dela. O máximo que o distraía, eram os passos rápidos e desesperados que vinham de dentro do quarto. Obviamente deveriam ser empregadas.-Será que vai
O abraço rodeado de emoções durou por volta de alguns longos minutos. Nenhuma pessoa presente no salão se atreveu a interromper o singelo momento. Contudo, isso não durou muito tempo. De repente Hilary surgiu acompanhada de Ector. Ambos riam demasiadamente. Pareciam distraídos conversando sobre algum assunto deveras engraçado.-Como tu podes não se lembrar Hilary? Tu tinhas, cinco anos. Tu nem sequer imaginou que aquela coisinha vermelha era uma pimenta. Depois que comestes, começou a gritar e correr por todo o palácio. Os empregados ficaram desesperados sem saber o que estava acontecendo _ dizia Ector rindo.-Não me lembro, mas tenho absoluta certeza de que a imaturidade pode ser minha defensora. Afinal eu tinha apenas cinco anos, Ector!_ disse Hilary fazendo
Depois do tão esperado chá gelado, as moças partiram para o passeio pelo castelo. Durante o chá nenhuma palavra fora proferida por Lua e tão pouco no passeio. Hilary não parava de ser elogiada por Sara e Lia se perdia em pensamentos sonhadores, maravilhada pelo castelo ser tão deslumbrante. Por fim já se encontravam no jardim do fundo do castelo:- A senhorita me parece muito inteligente princesa Hilary!_ disse Sara enquanto caminhavam pelo jardim.-Ah! Obrigada!_ respondeu Hilary pela décima vez. Ela percebera quem Sara era desde o momento do chá. Ela não lhe pareceu o tipo de pessoa tão amável como demonstrava, mas o chá não fora um desperdício, afinal por mais que a mulher não parasse de falar um instante, em alguns momentos, Hil