O abraço rodeado de emoções durou por volta de alguns longos minutos. Nenhuma pessoa presente no salão se atreveu a interromper o singelo momento. Contudo, isso não durou muito tempo. De repente Hilary surgiu acompanhada de Ector. Ambos riam demasiadamente. Pareciam distraídos conversando sobre algum assunto deveras engraçado.
-Como tu podes não se lembrar Hilary? Tu tinhas, cinco anos. Tu nem sequer imaginou que aquela coisinha vermelha era uma pimenta. Depois que comestes, começou a gritar e correr por todo o palácio. Os empregados ficaram desesperados sem saber o que estava acontecendo _ dizia Ector rindo.
-Não me lembro, mas tenho absoluta certeza de que a imaturidade pode ser minha defensora. Afinal eu tinha apenas cinco anos, Ector!_ disse Hilary fazendo
Depois do tão esperado chá gelado, as moças partiram para o passeio pelo castelo. Durante o chá nenhuma palavra fora proferida por Lua e tão pouco no passeio. Hilary não parava de ser elogiada por Sara e Lia se perdia em pensamentos sonhadores, maravilhada pelo castelo ser tão deslumbrante. Por fim já se encontravam no jardim do fundo do castelo:- A senhorita me parece muito inteligente princesa Hilary!_ disse Sara enquanto caminhavam pelo jardim.-Ah! Obrigada!_ respondeu Hilary pela décima vez. Ela percebera quem Sara era desde o momento do chá. Ela não lhe pareceu o tipo de pessoa tão amável como demonstrava, mas o chá não fora um desperdício, afinal por mais que a mulher não parasse de falar um instante, em alguns momentos, Hil
Izaac abraçava Zara fortemente. A garota tinha os olhos arregalados e sua respiração estava mais profunda e rápida que o comum, parecia que a qualquer momento seu coração explodiria de tão rápido que batia. -Prí-Príncipe Izaac...o que está acontecendo?_ sussurrou Zara. -Precisamos sair daqui. Iremos agachados. Tente não fazer muito barulho _ disse Izaac e a menina somente confirmou com a cabeça. Ambos se afastaram alguns centímetros e passaram a engatinhar um ao lado do outro. -Precisamos ir para os esconderijos subterrâneos. Estaremos seguros lá _ continuou Izaac _ Talvez consigamos encontrar algum guarda real. Eles poderão nos informar melhor. Imagino que estejam colocando todos em alguma área do subterrâneo. Só não imagino qual seja.... -Tem alguma ideia do que es
Daqui há_15 anos_13 de março de 1889Prezada rainha Helena Violet, do reino de Florence.A guerra vem nos atormentando. Infelizmente muitas vidas foram tiradas. Tenho a impressão de que esse tempo de guerra ainda durará muito tempo, todavia Deus vem nos amparando, compreendo que esse tormento que vem acontecendo não é por culpa dEle, na verdade acredito que não estamos em situação pior, porque o Senhor vem nos dando forças.Respondendo a pergunta de sua carta a qual me enviou, sim, o papai se encontra melhor agora. Sei que a senhora deve estar apavorada com o que aconteceu, contudo não se preocupe, ele está sendo medicado da melhor maneira possível e, suas dores recentemente, começar
Assim que chegaram ao subterrâneo, o herdeiro e a pequena White se entreolharam e sorriram. Sentiram um alívio imenso e rapidamente começaram a correr. Logo que atingiram uma certa distância do salão, cinco guardas desesperados apareceram.-Graças a Deus vós apareceram. Venham, vossas famílias estão desesperadas. Alteza, tens de entrar agora mesmo!!_ disse um deles pegando Jaspian enquanto outro pegava Zara, os levando ao salão.-Não, espere, Zara..._ ordenou Jaspian, porém os guardas não deram atenção alguma ao mais novo. Eles estavam alegres pela chegada dos mais novos e o que mais queriam no momento eram entregá-los a suas famílias&nbs
Dois meses depois -Então o senhor gostas de cavalgar?_ perguntou Zara surpresa.-Deveras! Me sinto tão livre. É como se o mundo por um breve momento se desligasse..._ respondeu Izaac com um grande sorriso, colocando o livro que acabara de ler, para a garota, na prateleira.-A Sara nunca me deixou cavalgar...Lua e Lia sim...mas eu não...-E por que ela não deixaria?-Porque é uma coisa que eu gosto...apesar de nunca ter feito..._ A tempos Izaac vinha observando o comportamento de Sara em relação a filha mais nova. Es
Aqueles corredores já não eram mais tão atrativos aos olhos do príncipe. Izaac Lordien passara grande parte da vida em um castelo e o que não passara nele, passara em um orfanato. Saber que a qualquer momento os revoltosos poderiam novamente ataca-lo, o assustava e o preocupava. Entretanto, sabia ele que de nada adiantaria sofrer com antecedência. Zara e sua família estavam em proteção total e Breamfox, principalmente a capital estava demasiada a guardas. Ele estava feliz por Zara...e ao mesmo tempo intrigado com os fatos que a garotinha havia lhe revelado. Seu irmão, Jaspian, andava mais ansioso. Izaac sabia que o pequeno príncipe era somente um garotinho de dez anos, mas a mente de seu irmão ia muito além da idade. Lua estava diferente também. Muito diferente. Ela parecia muito mais leve e ela e Hilary pareciam mais próximas do que nunca. Na realidade Hilary estava mui próxima de Ector també
Amélia, Zara e os príncipes já se encontravam nos estábulos, juntamente com o restante da família real. Todos estavam animados para aquela noite. Seria longa e divertida, todos sabiam disso.-Minha nossa, vós são Zara e Amélia?_ perguntou Mila não contendo sua animação, levando o esposo a um riso nasal.-Sim, sou a Zara White. Essa é minha prima Amélia!_ respondeu a garota enquanto fazia uma reverência para a princesa.-Tu és estranha Zara. Tu fazes reverência para o meu irmão, e até mesmo para Mila...mas não para mim. Eu sou um príncipe, sabia?_ questionou o pequeno príncipe revirando os olhos.-Nã
Depois de alguns minutos de tortura, lá estava a pequena White, gemendo, encolhida no canto de sua cama com os olhos banhados a lágrimas. Ela estava com medo, assustada, apavorada, mas nenhuma dessas palavras e seus sinônimos seriam o suficiente para descrever o que a garota estava sentindo naquele momento. Sua mãe já tinha feito coisas horrendas com ela, todavia era a primeira vez que a garota se encontrava tão machucada, tão vulnerável e atordoada. Suas costas estavam todas marcadas. O chicote usado por Sara era grosso. Zara ainda conseguia sentir ele cravando em suas costas. Conseguia sentir ele se afundando em sua pele. No instante em que sua mãe atravessou a porta para se retirar do quarto, contudo, antes lhe lançou um olhar maléfico e um sorriso satisfatório, a menina soube que aquela não seria a primeira e tampouco a última vez. Contar para Lu