Com o amanhecer, Medson estava pronta para iniciar o dia, apesar da chuva, o ar estava agradável. Ela colocou um vestido que marcava bem sua pequena barriga e começou a se maquiar, com tudo que aconteceu ela deixou um pouco a vaidade de lado e só agora sentiu vontade de se cuidar como antes. Ela segura o batom levemente rosados e passa em seus lábios, por alguns segundos ela fica segurando o batom, seus pensamentos eram perturbadores, por algum motivo ela se culpava pelo que Miguel fez e agora carregando um filho suas dúvidas vinham, entre elas duas não saía da sua cabeça. E se ela não souber ser mãe e se não conseguir proteger o filho de pessoas como Miguel? Caio entrou e viu as inúmeras dúvidas pairando sobre ela. Medson sorri sentindo sua presença se aproximar.— Bom dia, carinho. Pronta para ouvir pela primeira vez o coraçãozinho do seu bebê?— Bom dia, Caio. Estou mais que pronta.— Por quê sinto que está ainda com dúvidas em relação a gravidez? Se for isso que está tirando sua
Miguel permaneceu escondido no Texas, desde então tenta se aproximar a qualquer custo de Medson, sempre contratando um homem ou uma mulher diferente, mas Fabrício não abre brechas na segurança dela. Os meses foram passando Medson entrou no sexto mes. Por mais que ele tentasse, Miguel não tem muitas informações sobre ela, Caio e Fabrício estão empenhados a protege-la de tudo e todos. Lorena estava disposta a se vingar de Medson, ela chegou a cogitar mata-la. Miguel mais uma vez mostrou que quem manda é ele. Sua obsessão por ela é tão doentia que se Medson chegar morrer ele diz que tem que ser por suas mãos. O pessoal da máfia aliada a de Miguel souberam que logo nascerá o herdeiro da família Bonanno. Sua ambição e sua ganância só aumentaram, ele mata por prazer, por controle e por poder. Miguel se sente invencível, como se estivesse acima de qualquer lei ou moral. Ele se tornou um verdadeiro monstro, disposto a tudo para conseguir o que quer. — Falhamos mais uma vez, Miguel,
Camila arregala os olhos, surpresa com a revelação.— Como assim ele está vivo? Mas... mas por que ele fingiu estar morto?Talles suspira, olhando para o chão por um instante antes de responder.— Não sei, pode ter ligação com a minha contratação.— Qual foi essa ordem? Quem ele quer que você mate?— Camila pergunta encarando os olhos de Talles com medo de suas desconfianças seja verdade.— Dois homens, um será um pouco mais difícil de alcançar sendo ele quem é, Fabrício Gutierrez, ou Leon como é conhecido no meio da máfia. Esse vai me dar um pouco de trabalho. Mas o outro... Caio Cesarini Bianchi será fácil, tudo que sei é que ele apenas um homem comum sem muitas informações, só um homem rico que preserva a imagem.— Não...— ao ouvir isso Camila senta no banco que havia próximo deles.— Você não pode matar eles, Caio principalmente.— ela sussurra colocando as mãos sob as dele.— Por favor Talles, sei que não tenho direito de te pedir nada. Mas não machuque ele.— Você o conhece?— Talles
Camila sobe para o apartamento suspirando. Por um tempo, ela chegou a acreditar que não merecia ser feliz. Talvez ela não tenha pagado pelo que fez com Medson, mas ela estava disposta realmente a tentar conquistar a confiança e o perdão dela. A noite que ela ficou com Vinícius, a expressão de decepção no rosto de Medson e a do pai nunca saíram da sua cabeça. Todos os dias ela se tortura.Conhecer Talles foi algo que ela jamais imaginou, principalmente pelas circunstâncias que aconteceu.Ela olha na sala e ouve a voz de Caio vindo do escritório. Em passos mansos, ela se dirige para seu quarto para não atrapalhar a conversa, mas então lembra da conversa com Talles. Caio tem os ouvidos aguçados e atentos, o mínimo soar é o suficiente para ele ouvir. Assim que percebe que alguém chegou, ele muda de assunto. Caio conversava com Luana e estava morrendo de ciúmes porque ela iria sair com os amigos.Camila bate na porta e, mesmo contrariado, Caio se despede de Luana e levanta para ver quem er
Fabrício murmurou baixinho, quase inaudível, mas foi o suficiente para ela ouvir. Medson se virou, ficando de frente para ele.— Sabe? Como você sabe? — ela pergunta, sem entender.— Eu não sei se esse é o momento, mas eu preciso te contar a verdade. — Fabrício diz, com um tom de nervosismo na voz.Medson não consegue esconder o olhar de confusão. Ela podia sentir a ansiedade no ar, a expectativa pairando entre eles.— Me fala, estou ficando preocupada. Por que sinto que está nervoso? — ela pergunta, com a voz suave e preocupada.Fabrício respira fundo, tentando reunir coragem para dizer o que estava guardado há tanto tempo em seu coração.— Medson, eu... eu sou o seu melhor amigo, o seu primeiro amor. Sou eu... Sei que não deveria ter ficado em silêncio sobre isso, mas por medo não consegui te dizer antes. Preciso que saiba que eu nunca deixei de te amar, mesmo depois de todos esses anos.Medson fica paralisada, sem palavras. Ela sente o coração disparar, a emoção invadir sua alma. E
Medson se assusta com o que ouviu e, dando passos para trás, acaba esbarrando em um vaso que estava na mesa do corredor. Ela tenta sair rapidamente, mas acaba caindo no chão.— Nem para ouvir atrás da porta você presta...— Ela diz para si mesma, apertando a mão que se cortou no pedaço dos cacos.Fabrício, ao ouvir o barulho do vaso se quebrando, corre em direção à porta. Quando vê Medson com as mãos sangrando, ele se desespera.— Amor, meu Deus.— Ele diz ajoelhado no chão e rasgando a manga da sua camisa para enfaixar a mão dela.— Vamos para o hospital.— Não quero!— Como não quer, sua mão está sangrando. Segura no meu pescoço, vou te ajudar a levantar.Medson faz o que ele pede, porém está com o semblante irritado.— Medson, você precisa de um médico.— Caio diz segurando sua mão com preocupação.Ela fecha a cara ignorando os pedidos deles. Medson se vira de frente para Caio e, com firmeza, o confronta.— Até quando vocês vão ficar escondendo coisas importantes de mim? Não sou uma cr
Ao ouvirem tais revelações, Medson fica em choque; ela não consegue acreditar que Camila não é filha do seu pai e, muito menos, que ela e Caio são irmãos do homem que ela mais odeia.Camila arregala os olhos, sentindo que não havia ouvido direito: tudo o que Caio disse parecia ser apenas uma ilusão.— O quê? Isso é loucura! — Camila exclama. — Como pode ser possível?— Parece que nosso mundo virou de cabeça para baixo. — Medson comenta, tentando processar a informação.Mauro, que estava no meio das filhas, leva as mãos ao rosto, como se tentasse acordar de um pesadelo; a dor no corpo e na alma o consumia.— Como isso é possível? Como nunca desconfiei de nada? — ele sussurra.— Pai... Eu juro que eu não sabia. — Camila diz de cabeça baixa, incapaz de encarar os olhos do pai.— Eu sei, filha. Sua mãe nos enganou com falsas promessas e falsas boas ações.— Pai, não me importo de quem sou filha. Eu nasci e cresci ao seu lado, aprendi a andar e a falar com você. Por favor, não me rejeite..
Fabrício ficou o resto da manhã com Medson, eles almoçaram juntos, ele reuniu alguns dos seus homens para protege-la. O prédio parecia cena de filme aos olhos dos outros moradores: homens de terno, fortemente armados, com olhos atentos e sem sequer perder o foco.E assim um mês se passou. Medson estava no sétimo mês de gestação e hoje Antonella estava agitada, mexendo e chutando sem parar.— Essa bebezinha só pode estar pendurada em um dos ossos da minha costela, não é possível doer tanto assim com seus chutes. — Medson brinca e Mauro sorri acariciando a barriga da filha.— Puxou a mãe, você era assim, não parava, dava para ver seu corpinho mexendo dentro da barriga da sua mãe, quando ouvia minha voz era ainda mais eletrizante. — Mauro recorda com um sorriso nos lábios.— Tenho que ligar para o Fabrício. Ele vai entrar em reunião com o pai dele e com os outros homens da cúpula. É uma pena ele não poder estar comigo na consulta.— Sim. Ele estava tão animado, mas um dos homens resolveu