Valéria subiu às escadas e sem explicação, a porta se fechou sozinha. Ela desceu para tentar abri-la, porém, não tinha maçaneta.
— Que droga! — reclamou. — Qual o problema das pessoas deste mundo com as maçanetas?
Não havia outro jeito, tinha que continuar. Andando pela extensa galeria, ela analisou a planta mais um pouco, havia um X marcado em determinado ponto, seria para lá que ela teria que ir.
A porta tinha o número cento e doze, felizmente, tinha maçaneta. Ela a abriu com vagareza e deparou-se com um quarto escuro, parecia que havia pegado fogo, tudo estava queimado.
Na outra extremidade existia outra porta, a passagem qual Valéria deveria trespassar para continuar o seu percurso se não fosse pela imagem bizarra de uma mulher torta em pé e carbonizada no meio do quarto.
Valéria sentiu o coração bater
Valéria abriu os olhos depois de várias piscadelas, flutuava diante de vinte e cinco pessoas trajadas de preto com as três estriges mestras, ao virar o rosto para o lado, percebeu que estava numa fila, ombro a ombro, todos flutuavam com ela, depois desceram com vagareza. Ela era a primeira da fila, olhou para o cordão no seu pescoço e viu que o pingente de cristal estava vermelho.O pessoal à sua frente começou a aplaudir e a gritar e a comemorar.— Parabéns! — congratulou Ézyan. — Vocês passaram na prova, mostraram que merecem estar nesta facção e que estão participando dela por prazer, por vontade, por escolha, procuramos ver até onde vocês iriam para continuarem conosco. Estou orgulhosa! Foram quatorze validados, mais do que esperávamos. Aí estão vocês, quase prontos para o combate, depois disto, nossos planos são de aumentar o grau de magia de cada um, não haverá mais provas, vocês já estão integralmente ratificados. A partir de agora não serão mais simples feiticeir
Valéria abriu a sua mala, retirou o seu bastão de dentro, se despediu de Bahadur e atravessou um portal espelhado dentro de um quarto na cabana abandonada.Algo aconteceu com ela que nunca acontecera antes, ficou flutuando no espaço cósmico e demorou mais que cinco minutos até pousar na sala de aula, ficou um pouco preocupada, não entendeu o que estava acontecendo. Era a única presente no momento. Levou as suas malas consigo.Passaram-se alguns minutos até que a Mestra Ézyan apareceu.— Valéria? Quanto tempo está aqui?— Há poucos minutos.— Venha comigo.Mestra Ézyan levou Valéria para algum lugar do bosque.— Tenho que me acostumar com tanto mato na minha vida — comentou Valéria. — Por que estamos indo a pé mesmo?— Para que você se lembre do caminho, pode acontecer de você ficar sem o seu bastão. Como atravessará portais, como chegará aos lugares?— Não havia pensado nisso. Mas eu não preciso apenas saber que o lugar
Valéria estava sonolenta às dez horas da manhã, não saiu do quarto.Alguém bateu na porta.— Entra — elaa havia colocado o travesseiro no rosto novamente depois de falar.Entraram Alejandro e Helena.— Não desceu para comer, o que houve? — perguntou Alejandro.— Trouxe comida de casa — Valéria estava pusilânime.— Valéria, você está bem?— Não está óbvio? Ela não conseguiu dormir — explicou Helena.— Não sei como vocês conseguem, a barulheira à noite é terrível, parece que os bichos estão dentro do meu quarto acasalando, brigando e caçando ao mesmo tempo.— Estamos acostumados — disse Helena.— E você nunca iria querer uma criatura da noite em seu quarto, dê graças que s
Valéria pousou na sala de aula a torcer para que ninguém estivesse lá, por sorte não havia. O que ela faria naquela sala seria bem rápido, porém, teve que bolar aquele plano para que as pessoas não desconfiassem dela.Ela foi para a carteira do Nicolas, como tinha adivinhado, o livro que ele ganhou da Mestra Azaryn que revelava sobre a língua mágica dos feitiços estava na mochila, ela o furtou e quando prestes a ir embora, lembrou-se do livro de Biatriz. Voltou para as carteiras e remexeu nos pertences da garota, lá estava o livro sobre os segredos dos portais."Dois coelhos numa cajadada."Ela saltou num portal para o seu quarto, guardou os livros debaixo da cama e voltou para o bosque, a sua intenção era estudar os livros, destacar partes importantes e depois devolver, já se envolveu em encrencas de mais e estava cansada de ouvir que a Mestra Ézyan n&
Toc, toc, toc.Alguém bateu na porta de Valéria, era umas oito horas da manhã, mas Valéria não sabia, estava sem noção de tempo há semanas. Ela havia acordado cedo, então pegou um dos livros para ler, ela se assustou com a batida na porta e guardou o livro debaixo do travesseiro imediatamente.— Quem é? — perguntou Valéria, mas a pessoa não respondeu, apenas abriu a porta e entrou.Era a Helena e Valéria pôde respirar.— Desculpa! Você peguntou quem era? Acabei entrando, força do hábito — Helena se sentou na cama. — Por que perguntou desta vez?— Estava lendo um dos livros que roubei, ontem a Mestra Ézyan prometeu acabar com a raça de quem fez isso, não com estas palavras, sou exagerada.— Nossa! Então os roubados denunciaram.— Sim, mas eu me safei, disse que fui roubada também.Helena deu risadas.— Muito esperta. Sinceramente, não imaginei que estivesse acordada uma hora
Valéria vacilou mais uma vez.— Não tenha medo, assim como as suas mestras, o monstro interior está bem controlado.— Como você me achou? — perguntou Valéria de imediato.— Você é mal-educada, não sabe agradecer?— Nunca tive bons modos.— Percebe-se!— Vai me dizer alguma coisa útil?— Sim! Você é louca?— Como é?— Por que está coberta de pó-de-lichia-de-dragão? Não sabe que isso deixa os répteis loucos?— Pó de quê?— Isto explica que não sabe. Pó-de-lichia-de-dragão é uma mistura de substâncias que afeta os sentidos dos répteis fazendo com que eles fiquem transtornados e ataquem qualquer coisa que contenha o p&oa
Valéria estava sozinha numa área perto da Casa dos Cem Amaldiçoados, o combinado foi de se encontrarem às cinco da tarde e esperarem por trinta minutos a quem ainda não aparecesse. Valéria esperou por muito tempo até ver os últimos raios de sol sumir no horizonte e o crepúsculo dar indícios da sua vinda. Enquanto isso, ela brincava com a magia controlando a areia ao seu redor, fazendo com que se movesse como uma serpente.— Não acredito que fiquei para trás — ela seguiu caminho sozinha e a pé, pensando no que dizer quando se encontrasse com o seu pessoal.A porta dos fundos da Mansão de Lidarred, a passagem clandestina, estava totalmente aberta, ela entrou e depois se transportou para a entrada, sentiu o ar a sua volta pesar, também sentia que fizera muito esforço com os portais. Alguma coisa acontecia e ela não tinha ideia do que era.Suspirou quando viu a noite caindo, precisava se apressar.Ela não enxergava quase nada, o céu estava escurecendo e a
O tempo se passava na caverna da Grande Harpia.— Me diga uma coisa, Elok... Posso te chamar de Elok?— Não.Valéria arqueou as sobrancelhas.— Ok, Elokventa — ela pronunciou o nome do pássaro com sarcasmo. — Para quê que serve o Primevo da cura ou da ressurreição se você pode dar a imortalidade?— Ser imortal ou ser curado não significa não adoecer nunca mais, por isto a necessidade da cura. Ser imortal pode significar não morrer, mas se antes a pessoa já estiver morta, de quê servirá a imortalidade? Aí vem a ressurreição.— Eh! Faz sentido. Agora me responda por que o seu nome se parece com o nome de um feitiço?— Bem observado, o meu nome e o das outras Criaturas Primevas foram atribuídas a nós por Zamenhof, o mesmo criador da língua usada nest