KURT— Espera. Antes de você me mandar à merda, deixa eu aproveitar um pouco você, o seu cheiro.— Amor, nós temos que conversar — Ela disse e colocou a mão diminuta em meu rosto — Eu quero ir embora do bando. A pontada de dor no meu peito foi horrorosa. Eu estava sufocando. Ela… Ela estava me deixando! — Não...— Kurt, calma. Kurt! Respira! — Eu a ouvia ficando cada vez mais distante. Os lábios dela tocaram os meus. Primeiro, gentilmente, até que eu a senti ficando por cima de mim, montando no meu corpo. Minhas mãos foram para a cintura dela e eu consegui focar no rosto dela. Ela estava chorando. Não! Eu tinha feito ela chorar de novo! “— Faça algo, seu inútil!” — Thorin estava mais do que irritado comigo. “— Ela está em sofrimento!” — Kurt!— Não me deixa — Foi o que eu consegui dizer. Ela deitou a cabeça no meu peito. — Eu não estou cortando laços com você. Eu só... Eu não quero ficar aqui com Giselle. Eu senti a raiva subindo, ela borbulhava e subia pela minha cabeça, toman
KURTEu tinha um pressentimento ruim sobre o tal “plano” de Rosa, mas eu a ouviria, como ela pediu. Eu sempre a ouviria. — Claro, meu amor. Pode falar. Ela sorriu de leve e segurou o meu rosto. — Eu vou ficar aqui enquanto você não casa com a Giselle. Vou treinar para ficar forte. E, caso você não resolva as coisas com o Rei e tenha que se casar com ela, eu vou morar na cidade mais próxima. Eu não vou correr de você, porém, nós não seremos amantes. Eu precisei de um momento. Ela seria minha enquanto eu estivesse “disponível”, mas se eu me casasse, apesar de estar perto de mim…— Se eu tiver que me casar, por ordem real, você vai ser minha...?— Amiga. Friendzone. Eu nunca havia sentido isso. Ela estava… Ela estava me colocando na friendzone! — Amor… Amigos? — Eu repeti, sem acreditar. — Sim. Eu segurei a cintura dela e a prendi a mim. Ela tremeu. Meu nariz encostou no pescoço dela e eu a lambi de leve ali, bem na curva com o ombro e ouvir o gemidinho de Rosa me fez sorrir. Tr
KURT— Como assim? Eu, é claro! Como se eu fosse deixar algum macho ficar perto dela enquanto ela usa roupas apertadinhas! Finn riu, revirou os olhos e eu apertei os olhos para ele. Ele levantou o rosto para me encarar, rindo. — Você é realmente muito superprotetor com ela. Muito mais do que foi com... — Ele limpou a garganta, desviando o olhar — A outra. — Sim, porque o meu relacionamento com Alexandra foi apenas movido pela ligação do destino, algo totalmente fora do nosso controle. Mas com Rosa… Não, eu e ela temos uma conexão diferente. — Eu sei. É mais do que perceptível, Kurt. Mas... Posso te dar um conselho?— Claro — Eu disse, levantando os ombros. — Não fique por aí exibindo a Rosa. Ela ainda não é a Luna, não está marcada e você sabe que ela é um alvo fácil, não é?Sim, eu só me dei conta da seriedade daquilo noite passada. Até então, eu apenas me enganei de que estava tudo sob controle. — Eu vou ter mais cuidado, Finn. — Ótimo. Apesar de ela ainda não ser a Luna, eu
ROSAEu perguntei, vendo um espelho em uma das paredes, mas fora isso… Olhei para o teto e havia alguns ganchos. Kurt foi para uma das paredes e abriu uma porta que eu nem tinha visto! Realmente, aquele era o sentido de uma porta secreta, não é mesmo? Ele voltou segurando alguns halteres e colchões, além de um saco de boxe. — Kurt…— Hora de você, minha delícia, treinar — Ele falou e colocou tudo com cuidado no chão. Eu me aproximei e peguei um dos halteres e caramba, aquela coisinha pesava! E pensar que Kurt estava segurando tudo aquilo como se não fosse nada… — Eu… — Senti meus olhos ficando nublados, embaçados. Eu estava chorando… Ah, eu detestava ficar tão boba!— Amorzinho, o que foi? Você não quer? — Eu ouvi aflição na voz de Kurt e levantei os olhos para ele. Sim, ele estava com medo e preocupado, também. — É que… Obrigada! — Eu pulei no pescoço dele e Kurt imediatamente me segurou pela cintura, abraçando-me forte — Você realmente fez isso… Você levou em consideração o que
KURTEu estava observando Rosa enquanto ela corria, mas ao mesmo tempo, tinha que prestar atenção ao Delta. Em um momento em que ele me mostrou algo em seu celular, eu acabei desviando totalmente meus olhos de Rosa, porém, eu senti o vento soprar diferente quando a bola voou na direção dela. Eu olhei, preocupado, e vi Rosa entregando pegando a bola para Gareth. Esperei que ele se afastasse, mas não. Ele continuou ali. Eu não podia ver o rosto dele, apenas o dela e ela sorriu para ele. Droga! Eu não queria que ela sorrisse para mais ninguém, e Thorin também não queria aquilo! Mas eu ainda estava me controlando, até o momento em que aquele lobinho miserável estendeu a mão. Não pensei duas vezes e me posicionei entre os dois, mirando Gareth que, incrivelmente, não pareceu se sentir incomodado comigo. Nem um pouco, na verdade. O desgraçado estava sustentando o meu olhar, e aquilo era um claro desafio, uma afronta! Ele tentou tocar na minha fêmea, todos sabiam que ela era minha. Ele pod
KURTEu cheguei até ela, olhando para o macho, e a abracei por trás. Ela sorriu para mim e aceitou o meu beijo. — O que faz aqui com essa legging sensual? — Eu perguntei e coloquei a mão no bumbum dela. Ela tentou retirar, mas eu não deixei — O quê? Não posso mais tocar no que é meu?Ela estava suada, sim, mas o cheiro natural de Rosa era como uma droga para mim! Eu a queria, e queria logo. Outro macho ali estava me deixando com o instinto de marcar a bela pele dela ainda mais aflorado. Então, recebi um aviso de Finn pela conexão mental. O Conselho estava ali! Eu não podia acreditar que eles tiveram o atrevimento de baixar aqui no meu bando para ter o descaramento de exigir que eu me afastasse de Rosa e me casasse imediatamente com Giselle! — Não — Foi a minha resposta, enquanto observava as expressões de susto deles.— Alfa, isso é uma ordem direta do Rei! — Ele sempre envia uma carta, com selo e tudo. Eu não recebi nada. Portanto, não é uma ordem direta dele. Ver como o Ancião
KURTA voz dela era baixa e eu vi a expressão de dor dela. A beijei novamente. — Nada de ruim vai acontecer. O Delta e o Gamma te ajudarão na minha ausência. O Finn tem que ir comigo. Ela mordeu o lábio e me puxou para ela. Eu não resisti e subi em cima dela. — Deixa eu abraçar você mais um pouco — Ela pediu, meio tristonha. Eu não gostei porque parecia até que era uma despedida. — No máximo amanhã estarei de volta, amor. Ela atracou as pernas ao meu redor e eu a puxei para mais perto. A vontade de marcá-la era imensa. Mas ela precisava do lobo dela. Marcar um lobisomem sem lobo podia causar problemas futuros, pois assim que o lobo dela aparecesse, sendo que não estaria marcado pelo meu lobo, ainda havia uma chance de ela me rechaçar por ter outro macho. Em alguns casos, a parte humana enlouquecia e, mais tarde, o lobo também.Nós nos acariciamos um pouco, eu a provei e ela a mim, antes que eu tivesse que ir embora. A sensação estranha que antes Rosa mencionou ter sentido, agora
KURTZachary nunca encontrou a fêmea dele… Talvez por isso fosse tão desagradável. Falta de amor. E de mais alguma coisa, se me entendem. Nós o seguimos castelo adentro. Eu não estava prestando atenção nos outros lobos em volta, apesar de sentir os olhares. Inclusive das fêmeas, afinal, sabendo que eu talvez viesse a ser o sucessor do Rei, elas queriam mais do que tudo ter uma chance para me seduzir. É triste falar como muitas lobas visavam apenas o poder. Mas… Era uma característica da nossa espécie: nós éramos atraídos por poder.Não, não quero soar como se eu fosse cheio de mim. Era tudo relacionado à minha posição, não à minha pessoa. Eu teria que ser um idiota para não saber isso. Até que o Rei finalmente passasse da idade, eu era apenas um João Ninguém. Elas me olhavam de cima a baixo com nojo, como se eu fosse menos. Isso, antes. Agora, eu podia ouvir risadinhas afetadas. Elas que pensassem duas vezes… Andamos até chegarmos à sala do trono. Era uma sala ampla, imensa, de verd