Século XIX Soluthur Isabelle já estava morando debaixo do mesmo teto que seu noivo. Embora não dormissem juntos; não era isso que todos pensavam. A cozinheira que havia sido contratada recentemente, estava determinada a espalhar boatos por onde quer que fosse parecendo querer destruir de algum modo a presença de Isabelle na casa. Uma situação bastante embaraçosa; Isabelle era ignorada onde quer que fosse. Giocondo estava preocupado com a situação. Ele tinha medo de perder a fábrica, mesmo tendo recursos guardados para eventualidades. Porém , seu patrimônio não poderia estar entregue a um estranho. Se Johann tivesse retornado a tempo, poderia revogar o documento que Giocondo assinara. Sendo ele um segundo herdeiro, certamente não permitiria essa situação tendo que assumir uma posição na fábrica no lugar do irmão.Isabellle fala com a cozinheira-Senhora, não me leve a mal, mas preciso fazer-lhe umas perguntas: está aqui há algum tempo, não a vejo fazer menção à sua família! Não tem n
Século XIX, SoluthurnIsabelle estava muito nervosa pelas insinuações do Heringer ao encontrá-la na saída da modista; para evitar contrariedades não contaria nada ao noivo. Diante dos últimos acontecimentos decide que viajar, seria uma oportunidade de estar com seu amado livre de pessoas maldosas. Visitaria lugares que nunca havia estado antes. Viajariam de trem, desfrutando de todas as belas paisagens. Se a sociedade já os julgava sem provas; dessa vez eles seriam queimados em praça pública.Isabelle chega à mansão...-Ernesto, por favor diga para a cozinheira servir o almoço. Logo descerei com Giocondo.- Isabelle fala ao jardineiro.-Sim, senhora.Na biblioteca- Como está, sente-se melhor hoje?-Sim, estou bem. E você, saiu sem a senhora Anna?-Estive na modista; não quero essa mulher atrás de mim, algo nela não me inspira confiança. -Você sabe que não deve sair sozinha. Eu poderia ter pedido ao Ernesto para trazer os vestidos.-Não vou aceitar ser refém em minha própria cidade, d
Século XX, Ano 1990, Solothurn-Entre Lucciano, a casa é sua! Chloé recebe o herdeiro da Mansão à porta.-Olá Chloé, confesso que esta casa se parece mais com você.- risos-Então, se for esse o caso, dê-mea de presente.-Vou pensar nisso com muito carinho.- risos – Mas... diga-me: os Meys já estão aqui?-Sim, eles estão na Sala de Jantar com Richard e Amelie conversando. Chegaram um pouco antes de você.- Por favor, leve- me até eles. Estou curioso para conhecê-los.“Chloe leva Lucciano e o apresenta. Os Meyes ficaram encantados com a presença do representante legal da histórica da Mansão Ruchels.-Lucciano, você acredita em coincidência ou destino? Porque soubemos que sua vinda aqui não foi de propósito.-Sr. Frederick, não sou um cético nem tão pouco focado no destino. Mas acredito que ele é mutável. Eu sabia da existência dessa casa há muitos anos e não tinha intenção de me envolver nessa história. Queria deixá-la para trás; acreditando que sendo algo do passado não deveria trazer
Século XX, Soluthurn ano de 1990 Duas semanas se passaram desde o jantar na Mansão. Lucciano visitou algumas vezes o Centro de Pesquisa da Mente, tendo como fundadores Emma e Frederick. Richard estava envolvido nos procedimentos legais para a posse definitiva do Lucciano, pois sua mãe Mirna, queria que ele tivesse todos seus direitos reconhecidos. Amelie ajudou a Chloé fazer as malas para se mudar por um tempo para a antiga casa de campo de Isabelle. Lucciano não sabia dos seus planos de deixar a Mansão tão brevemente. Ele precisava de seu apoio. Chloé era indispensável. Não havia motivo para que ela deixasse a casa; Lucciano não tinha intenção de abrir as portas para o público em sete ou oito meses. Haveria todo um processo para converter a mansão em um museu. Mas Chloé, já sentia um nó na garganta e sua presença ali ao lado de Lucciano, só aumentaria sua paixão. Ela não conseguia mais suportar viver sem esse amor. Era difícil de entender. Ela participava dos eventos no centro uma
Soluthurn, século XX ano de 1990Uma semana depois ...Chloé estava apaixonada, mas sentia-se solitária. Ela não saía da cabana nem para comer; pedia que lhe trouxessem comida vinda do restaurante. No final da tarde, de vez em quando; assistia o pôr do sol junto aos outros turistas. Seu livro já estava bem adiantado. As páginas fluíam como um programa de computador. Comentara com Amelie que a história vinha num fluxo rápido demais. Parecia uma inspiração divina. Ela também dissera, que sentia seu peito cheio de amor quando pensava em Giocondo; chegando a ter uma conversa através de sua tela mental pedindo paciência e um pouco mais de tempo para organizar a reunião na mansão. Parecia que ela estava evitando sair da cabana. Depois de terminar sua conversa com Amélie foi tomar um banho com sais de lavanda que era o seu preferido. Chloé sentiu seu peito se encher de amor por si mesma. Ela pensou em sua infância, em sua família e no vazio que à assombrava. Aquela banheira por um momento,
Século XX, ano de 1990Soluthurn Chloé... Eu perdi muito tempo imaginando coisas sem sentido. Lucciano estava comigo o tempo todo à sua maneira, mas estava. Hoje, tive a nítida impressão de que me protege. Ele é mais do que um homem que me satisfez na cama, se preocupa comigo; por isso veio até aqui. Sei que haverá resistência por parte de Richard, ainda espera me conquistar; não nego que a tarde que passamos em meu quarto foi diferente. Richard foi voraz, intenso e me envaidece como mulher. Sendo muito sedutor, sabe como agradar na cama... Mas, houve um lado que não me agradou: seu modo extremamente possessivo. Não estou aqui para ser manipulada... Quero um amor saudável. Lucciano estará de volta amanhã. Eu voltarei com ele, preciso ir à reunião semanal com os Meyes. Tenho perdido algumas palestras, meu problema ainda não acabou. Ficarei na Mansão por dois dias e depois voltarei para o chalé. [...] Lucciano abre seu coração -Sabe Chloé; quando decidi vir a Soluthurn, realmente
Século XX, ano de 1990Na Mansão Tudo estava pronto para a reunião na mansão. Os Meyes sabiam que seria de extrema importância realizar essa tarefa. Talvez fosse necessárias outras reuniões. Aquela casa estava mergulhada na tristeza. Houve uma morte que não fora solucionada; alguns membros da família sofreram, adoeceram e morreram. Não se sabe ao certo, o que ocorrera no passado com essa família da alta sociedade. Seus herdeiros carregaram um forte peso de um passado distante, com mortes inexplicáveis;um fato recentemente descoberto pelo historiador: Lucciano descobriu que essa mansão antes de ser a residência dos Ruschels, outros os antecederam: fora um tribunal por mais de setenta anos, sendo parcialmente destruída por volta de 1820. Depois disso, uma família muito rica a reconstruiu em 1825 permanecendo lá até 1828. Ninguém mais quis morar na mansão. Ela ficou fechada por dezenove anos. Quando os Ruchels vieram da Itália, fizeram uma reforma completa em 1847, quando seu filho b
Século XX ano de 1990Continua os trabalhos da noite A expectativa das revelações que viriam reinava na biblioteca; pelo menos os vivos estavam em silêncio. Os espíritos estavam agitados vendo na figura daquele homem ilustre, seu antigo carrasco. O espírito de Giocondo começou a dizer:"Me chamo Giocondo Ruschels, antigo morador desta casa. Esta mulher que aqui se encontra como criada; a reconheçi na figura de Ana de Berna, tia de meu irmão Johhan que não está presente, mas ainda o poderei encontrar. Essa senhora está vestida com um vestido novo; ou seja, com um corpo diferente e vêm com arrependimentos. Essa é a mais pura verdade. Mas ela, participou de alguma forma da minha passagem para outro plano. (Todos os presentes estavam assustados com tamanha revelação. Amelie chorava sem parar.) Lembro-me bem agora; eu estava dormindo. A figura da minha cozinheira, me acordou para que eu fosse ao porão por está ouvindo barulhos estranhos, sentia muita tontura, não sei se por causa d