Um grande tumulto transformou a comemoração que se iniciava pela cura em conflito. Muitos gigantes queriam agredir seu líder por ele ter sido omisso durante toda a crise. Outro grupo, mesmo pensando o mesmo, tentava impedir a ofensiva por acharem que não era momento pra isso. Houve troca de socos, empurrões, um gigante foi arremessado longe por outro, o que gerou a destruição da parede de uma casa, que criou uma nova confusão. Amerer foi agarrado e seria espancado não fosse Adwig usar uma rajada de vento, jogando todos pra longe, separando-os.
No meio de todo esse caos, Adwig percebe uma movimentação estranha junto a sua equipe de ajuda. Aparentemente um grupo de fadas estava sequestrando alguém que estava desacordado. Pode perceber que não se tratava de um elfo. Tentou se aproximar da situação, mas não teve tempo. Rapidamente já tinham adentrado à floresta.- O que aconteceu? - Perguntou, ela ao grupo. - Um grupo de Fadas atirou um dardo no rapaz que também eraA floresta lembrava muito o local onde Adwig passou os últimos anos. Com uma fauna e flora bastante diversificada, principalmente de pássaros, insetos e pequenos animais. Árvores frondosas repletas de frutos e árvores rasteiras que dificultavam muito o caminhar. O grupo era muito grande e diverso. Os maiores não conseguiam passar por trechos estreitos e precisavam tentar destruir e cortar árvores galhos. A floresta parecia ser viva e aparentemente respondia. Era como se as árvores atacassem de volta, com quedas de troncos e buracos camuflados. Os menores ficavam presos, precisavam ser carregados constantemente. Alguns sugeriram a Adwig que utilizasse seus poderes e abrisse um caminho na floresta, mas ela explicou que não era certo em situação nenhuma destruir qualquer ser vivo se não fosse o último recurso. Seria ainda pior estar em um território que era preservado por outros a tanto tempo e simplesmente destruir para conseguir passar. Fadas viviam ali há séculos e a natureza sempre
Existia uma primeira muralha de ataque, com lançadores de pedras gigantes, as quais Adwig havia destruído e havia uma segunda muralha, essa sim, muito alta que ia desde as estruturas rochosas do oceano ao final da praia até um horizonte a se perder de vista do outro lado.A Rainha tinha receio de que existissem armadilhas em cima da muralha e que não só os Pégasos mas mais membros do grupo se ferissem gravemente. Existia um único acesso, uma enorme rampa que passava por baixo dela, em um determinado ponto. A estrutura repleta de mecanismos que se fechavam e se abriam era complexa e admirável. O acesso à essa rampa se dava por meio de um pedido que podia ser feito por uma pequena passagem de som.Frempor sugeria à Rainha que usasse os Coraces que seguiram com eles como interlocutores para solicitar e acesso, mas Adwig imaginou que entrar de surpresa com todo aquele grupo, enganando-os, seria uma demonstração de guerra e o conflito não era a primeira opção dela.Resolve
Frempor começou a ficar preocupado com a demora e quando decidiu subir atrás de sua Rainha, o Magnata surgiu.- Chegamos num ótimo acordo e a Rainha decidiu que agora que conquistou todo o planeta irá permanecer aqui por um tempo. Enquanto ela permanecer, serei seu porta-voz. Ela pediu para trazer algumas coisas do Reino dos Elfos e eu vou repassar a lista. Ela está descansando, pois desde que começou nessa empreitada ainda não tinha parado. Nossos objetivos estão alinhados e eu continuarei no comando dos Coraces sob às ordens da Rainha Adwig. Fiquem à vontade para usufruírem da nossa hospitalidade, faremos uma comemoração. Meus empregados em breve começarão a preparar tudo. Na entrada as senhoras Vantis, as três irmãs que são minhas governantas, indicarão para vocês onde poderão descansar antes da festa e poderão oferecer
Ao atravessarem o portal, Adwig ficou abismada com o local onde saiu. Lembrava a Terra dos Elfos de Key, mas conseguia ser ainda mais bonita, melhorada, aprimorada provavelmente parecia a palavra mais correta. Não era uma cópia exata, mas lembrava muito.- Na verdade, quando criei Key e construí o que se tornou a Terra dos Elfos, que foi nossa primeira morada, reproduzi boa parte do planeta onde vivi meu nível 5, Nordok, o planeta dos Elfos primordiais. O que você está vendo aqui é o que de melhor eu tenho de memórias de lá, antes dele ser destruído. Melhorei muitos aspectos, adaptando nossa melhor estrutura de vida e agora, acho que consegui unir tudo que achei de melhor para nosso povo, levando em consideração a possibilidade de integrar muitas outras comunidades de elfos. - Krakor apresentava para a filha o planeta, como um artista fala a respeito de uma obra de arte. Mas se tratava de toda uma cidade.- Uma cidade não... Um planeta! Na verdade, planetas. Estamo
- Adwig! Filha... Espero que o choque já tenha passado... Será que podemos conversar? - Médera entrava vagarosamente pela sala onde Adwig havia se isolado. Algum tempo já havia se passado, o qual Adwig não saberia precisar. Depois de tanto tempo isolada numa caverna, perder a noção da passagem desse tempo já era para ela algo corriqueiro e, naquele planeta, era particularmente pior. Ela não respondeu, não se mexeu, não mudou seu olhar distante. O choque havia realmente passado. Ela estava anestesiada. Não pensava em absolutamente nada.- Imagino que deva ter passado por sua mente que eu pudesse ter desaparecido propositadamente. Que eu não quisesse ser encontrada. - Médera conseguia ser tão bonita e terna quanto a filha. A semelhança era realmente incrível, não fosse o fato dela não ser um elfo. Mas os
- Médera, me perdoe! Eu fui egoísta quando sugeri que criassemos vida aqui, que tivéssemos um filho. - Krakor percebia o sofrimento do amor de sua vida, ali, prestes a parir e se arrependia de ter colocado a vida dela em risco, fazendo algo com ela que ninguém já havia feito antes, pelo menos não no nível dela.- Meu amor... Quando você quis criar vida em um planeta apenas para que eu fosse feliz, não imaginei que poderia existir... Existir maior prova de amor. - Médera conseguia falar por um momento, apenas com leves gemidos de dor, agora que os picos de dores haviam diminuído. Mas sabia que assim que as contrações voltassem, não conseguiria sequer pensar, quanto mais falar. Sua gestação já durava 12 meses e não imaginava que poderia ser possível não ser finalmente o momento do nascimento. Ela nunca teve filhos em sua primeira vida, mas imaginava que nenhuma gestação em Erulen pudesse ser como aquela sua.Quando viu Krakor pela primeira vez, praticamente um Deus todo poderoso
Despertou com pequenas gotas caindo em seu rosto, mas era algo que causava um efeito calmante.Levantou e olhou para os lados, não fazendo a mínima ideia de onde estava. Admirou a beleza daquele lugar. Estava no meio de uma floresta, com árvores altas, de copas vastas, mas vem afastadas umas das outras, carregadas de frutos muito coloridos. Podia ver o céu, de um azul royal que permitia a visualização das estrelas com bastante clareza, mesmo com a luz de um Sol bem forte. Haviam mais corpos celestes, satélites, que se moviam de uma forma rápida, sem padrão, não pareciam orbitar o planeta, pareciam até naves. Abaixou o olhar novamente e continuou a reparar na vegetação, na quantidade de flores diferentes que formavam um lindo colorido disforme. Mais à frente haviam outras árvores altas, mas bem diferentes das anteriores que demonstravam que a natureza ali era diversa e completamente sem padrões. Os perfumes começavam a ficar mais evidentes ao seu olfato e também se confundiam
Adwig despertou e percebeu que estava presa. Não enxergava direito. Ouviu vozes desesperadas dizendo ela tinha acordado, que deveriam seda-la novamente. Tomou uma picada e em poucos segundos apagou.De volta no corpo que estava acompanhando como se estivesse de passageira, sentiu fome. Precisava comer. Sentou e alimentou-se com frutas, algumas plantas e um caldo fumegante e muito saboroso que recuperou sua energia. Tomou uma bebida roxa e refrescante. Em seguida usou o banheiro, despiu-se e entrou na pequena cachoeira aquecida, imaginou que poderia estar mais quente e percebeu que ela se aquecia como se tivesse mexido em algum botão.- Que estranho! - falou consigo mesma. Ficou por algum tempo deitada, apreciando a água viajando por sua pele. Ao lado viu que havia uma barra arredondada e pegou, era um sabão que usou para se lavar. Quando decidiu sair percebeu que não tinha outras roupas, olhando pelo aposento viu algumas peças de roupas na cama. Levantou, se enxugou e fo