- Médera, me perdoe! Eu fui egoísta quando sugeri que criassemos vida aqui, que tivéssemos um filho. - Krakor percebia o sofrimento do amor de sua vida, ali, prestes a parir e se arrependia de ter colocado a vida dela em risco, fazendo algo com ela que ninguém já havia feito antes, pelo menos não no nível dela.
- Meu amor... Quando você quis criar vida em um planeta apenas para que eu fosse feliz, não imaginei que poderia existir... Existir maior prova de amor. - Médera conseguia falar por um momento, apenas com leves gemidos de dor, agora que os picos de dores haviam diminuído. Mas sabia que assim que as contrações voltassem, não conseguiria sequer pensar, quanto mais falar. Sua gestação já durava 12 meses e não imaginava que poderia ser possível não ser finalmente o momento do nascimento. Ela nunca teve filhos em sua primeira vida, mas imaginava que nenhuma gestação em Erulen pudesse ser como aquela sua.Quando viu Krakor pela primeira vez, praticamente um Deus todo poderosoDespertou com pequenas gotas caindo em seu rosto, mas era algo que causava um efeito calmante.Levantou e olhou para os lados, não fazendo a mínima ideia de onde estava. Admirou a beleza daquele lugar. Estava no meio de uma floresta, com árvores altas, de copas vastas, mas vem afastadas umas das outras, carregadas de frutos muito coloridos. Podia ver o céu, de um azul royal que permitia a visualização das estrelas com bastante clareza, mesmo com a luz de um Sol bem forte. Haviam mais corpos celestes, satélites, que se moviam de uma forma rápida, sem padrão, não pareciam orbitar o planeta, pareciam até naves. Abaixou o olhar novamente e continuou a reparar na vegetação, na quantidade de flores diferentes que formavam um lindo colorido disforme. Mais à frente haviam outras árvores altas, mas bem diferentes das anteriores que demonstravam que a natureza ali era diversa e completamente sem padrões. Os perfumes começavam a ficar mais evidentes ao seu olfato e também se confundiam
Adwig despertou e percebeu que estava presa. Não enxergava direito. Ouviu vozes desesperadas dizendo ela tinha acordado, que deveriam seda-la novamente. Tomou uma picada e em poucos segundos apagou.De volta no corpo que estava acompanhando como se estivesse de passageira, sentiu fome. Precisava comer. Sentou e alimentou-se com frutas, algumas plantas e um caldo fumegante e muito saboroso que recuperou sua energia. Tomou uma bebida roxa e refrescante. Em seguida usou o banheiro, despiu-se e entrou na pequena cachoeira aquecida, imaginou que poderia estar mais quente e percebeu que ela se aquecia como se tivesse mexido em algum botão.- Que estranho! - falou consigo mesma. Ficou por algum tempo deitada, apreciando a água viajando por sua pele. Ao lado viu que havia uma barra arredondada e pegou, era um sabão que usou para se lavar. Quando decidiu sair percebeu que não tinha outras roupas, olhando pelo aposento viu algumas peças de roupas na cama. Levantou, se enxugou e fo
Ele a olhava atento a cada movimento. Ela decidiu que gostaria de tomar um banho na belíssima cachoeira que havia, saindo da trilha tradicional na floresta, que ligava a cidade ao deserto Kroe. Saturne explicou que lá provavelmente seria o local mais despovoado como ela queria, mas provavelmente o mais perigoso. Ela teria que estar muito confiante na continuidade da capacidade dela de ter algum mecanismo anti Golfens. Dessa confiança dependeria também a vida dele próprio e de Drevuz. Alice respirou fundo e assumiu o risco. Pensava nisso enquanto flutuava no lago. A água esquentava com uma fonte térmica que ficava abaixo do leito e ao mesmo tempo esfriava com a queda da cachoeira gelada. O choque causava uma sensação deliciosa em seu corpo.Drevuz, que ainda não tinha realmente notado Alice num primeiro momento e apenas percebido mais sobre ela depois de ter sido requisitado por seu Rei para acompanhá-la, agora, com ela semi-nua, banhado-se de natureza, estava hipnotizado. E
Adwig despertou com algumas gotas de água pingando em seu rosto. Já imaginava que poderia estar num ciclo temporal, quando se deu conta que se lembrava de quem era ela. Estava debaixo de uma árvore e as gotas de orvalho pingavam em seu rosto. Levantou-se e, para seu alívio, reconhecia aquela floresta. Ela estava novamente no planeta Key. Aparentemente, olhando para seu próprio corpo, estava tudo no seu devido lugar. Levantou e, daí sim, notou uma grande diferença. Ela estava flutuando. Não que ela já não conseguisse voar antes, mas a gravidade para ela, agora, estava completamente diferente. Teve que realizar um tremendo esforço para ficar no chão. Aos poucos foi se adaptando, utilizando a pressão do ar ao seu favor, mas gastava energia para manter-se de forma normal ali.Estava próxima da casa de Mantelar. Isso, significava muita coisa, para ela. Ela tinha pensado, antes de morrer, naquele local em específico e foi para lá que acabou indo. Não pensou na caverna que viveu séculos
- Existe uma Deusa. Alguém muito acima de nós, alguém muito acima de qualquer um. Ela sabe de tudo, ela coordena tudo. Ela sabia que seríamos capturados. Fazia parte do plano dela. E se ela sabia e eu ainda estou vivo, meu verdadeiro objetivo nunca foi te capturar, mas te contar tudo que sei. - Dr. Ferne não parecia estar sendo interrogado, parecia conversar consigo mesmo.Estava amarrado em uma cadeira. Mantelar não tinha dado chance para os outros escaparem, colocou-os numa armadilha que se tentassem fugir, morreriam inevitavelmente. Precisariam de muito poder para se livrarem dali e não parecia ser o caso deles possuírem tal poder.- Dr. Ferne, o que essa deusa quer que eu saiba? Quando fui usada como cobaia, ela já sabia algo sobre mim? - Adwig tentava trazer o Dr. Maluco de volta pra frequência normal do diálogo com ela.- Não entende, o que você não entende? Imposs&ia
O processo agora já não era mais tão complexo. Dr. Ferne tinha uma mini maleta, que possuía uma tela e uma seringa. A tela era sensível ao toque e o Dr. tinha um mapa do Universo ali. Bastava ele selecionar uma localização que era sintetizado o soro correto. Adwig era praticamente imortal, quase imortal, mas sua morte havia causado transformações nessa fisiologia e, agora, ela não mais tinha essa característica. Apesar de ainda ser muito difícil sua morte, não era mais condicionada ao sacrifício por um bem maior. Não havia esse impedimento em seu cérebro, bastava apenas ela querer morrer. E foi isso que fez com o soro correndo em suas veias. Dr. Ferne carregava também uma espada em sua cintura. Enquanto Adwig desaparecia no ar, ele sacou a espada e com ela criou um portal de teletransporte pelo qual se foi, levando seus colegas e Mantelar. Mal desceram no planeta vermelho em local deserto e Dr. Ferne preparou outro soro, repetindo o mesmo processo anterior. Adwig morta, desa
Adwig tentava descobrir se era agora mais poderosa que Poseidon para atacá-lo. Sua análise era de que o mais provável era que no máximo ela conseguiria um equilíbrio de forças. Ela passou a pensar que talvez não tivesse sido uma boa ideia trazer Mantelar, pois ela teria a preocupação com ele como desvantagem. Mas não se arrependeu de ter seguido o Dr. Ferne. Ela estava mesmo mais evoluída agora e se não tivesse ido, não poderia tentar impedir os objetivos, que Elaryan e Poseidon poderiam ter. Ferne também estava em perigo e ele estava sendo usado, era alguém que precisava de ajuda.- Você foi a única pessoa até agora em quem o processo do Dr. Ferne funcionou. - O salão onde eles apareceram era realmente majestoso, com uma decoração robusta. Poseidon pegava uma bebida, numa espécie de adega que ficava atrás de uma p
Adwig e Mantelar ficaram deitados na grama, abraçados. Ele acariciava o cabelo dela, com uma sutileza que nem parecia ser possível vir das mãos de um homem tão grande. Ela vez por outra beijava a parte baixa da lateral de seu rosto e passava a mão em seu peito, como se dedilhasse seus músculos. - Por que passamos tanto tempo longe? Por mais que as coisas sejam diferentes hoje, podiam ser boas naquela época também, não podiam? - perguntou Adwig. - Se não foram, não podiam, Ad. Nossa mente permite apenas as coisas com as quais podemos lidar. Olhar para trás com nossa cabeça de hoje e julgar parece fácil. - Mantelar filosofava a respeito e Adwig sentia-se ainda mais atraída por ele. Um barulho estranho aconteceu no mato, acima e perceberam que havia mais alguém além deles. Levantaram-se, vestindo-se rapidamente e foram verificar. - Vocês! Vocês estavam com Poseidon! Foi ele que mandou vocês até nós? - perguntou Adwig, pronta para atacar se achasse necessário. A mulh